Capítulo 22

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SEHER

Selim me convidou para almoçar com ele e os amigos, aceitei mesmo não querendo. Caminho de um lado para o outro sem notar ninguém que passa por mim. A única coisa que eu quero é confrontar Yaman e dependendo da respostar, apertar o pescoço lindo dele com minhas próprias mãos.

Tudo bem, eu não iria realmente apertar o pescoço dele, mas não custa nada fazer uma ameaça de leve e fantasiar sobre isso.

Y: (Estou saindo agora. Te espero na minha sala)

— Seher. Vamos lá? -Selim para do meu lado. — Kerem, Firat e Neslihan já foram.

— Vamos. Só preciso ir ao banheiro antes. Se quiser ir na frente, encontro vocês lá.

— Eu espero por você aqui, sem problemas.

Concordo com a cabeça e sigo na direção das salas de aula. Confiro o relógio do celular e vejo que não tenho muito tempo, o horário de almoço é curto e depois as palestras voltam a todo vapor.

Assim que atravesso o corredor principal e entro pela porta, dou de cara com uma sala escura e silenciosa. Procuro por Yaman, mas ele não está aqui. Estou prestes a sair quando uma mão quente segura meu braço me puxa para o escuro.

— Senti sua falta. -A voz grosa sussurra no meu ouvido.

Ele está aqui, imerso nas sombras, me segurando em seus braços. E por um momento toda a raiva que eu estava sentindo se dissolve com algodão doce na boca.

Que infantil, Seher. Você é melhor que isso.

A pesar de contato gostoso, ainda assim estou muito brava com ele. Tento me afastar, mas Yaman passa um braço em volta da minha cintura, levantando meu corpo do chão e me aperta contra a parede. Esfrega o nariz no meu pescoço e espalha vários beijinhos, me fazendo arrepiar todos os pelos do corpo.

— Senti falta do seu cheiro.

Não tenho tempo para responder, sua boca toma a minha em um beijo enlouquecedor. Seu gosto é ainda melhor do que eu lembrava é completamente viciante e entorpecente. Ele aperta os braços, me fazendo soltar um gemido.

— Senti falta do seu gosto.

Nem com toda a raiva do mundo eu conseguiria resistir a Yaman. Se ao menos eu tive um pingo de amor próprio, não me deixaria levar tão facilmente. Mas eu tento, reúno o pouco de força de vontade que tenho e coloco minhas mãos no peito dele.

—Espera. -Sussurro contra sua boca. —Espera.

Yaman concorda, mas não para de beijar cada centímetro de pele que encontra pelo caminho.

— Yaman. -Chamo sua atenção.

Ele finalmente entende. Levanta a cabeça e me encara, seus olhos brilham mesmo no ambiente mal iluminado. Lentamente sou colocada em pé e sinto uma pontada de descontentamento por estar longe dele.

— Tudo bem? -Yaman segura minha mão e beija cada um dos meus dedos. — Você não parecia bem hoje mais cedo. Fiquei preocupado.

Segurando minha mão, caminhamos até a mesa dele, algumas luzes da sala são ligadas. Yaman está parado na minha frente e está ainda mais lindo do que hoje de manhã.

Como isso é possível?

— Você tem alguma coisa para me contar? -Solto minha mão e cruzo os braços.

— Eu deveria ter alguma coisa para contar? -Ele inclina a cabeça de lado e me encara, arqueando uma sobrancelha.

— Sim, você tem. Estou ouvindo.

SEGUNDA CHANCEWhere stories live. Discover now