Capítulo 33

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SEHER

Entrego para Yaman uma xícara de café e para meu pai uma xícara de chá. Os dois estão sentados à mesa e conversam sobre a carreia de Yaman. Eles decidiram encerrar o assunto sobre a esposa/ex esposa e agora conversam de forma mais leve e tranquila, porém Yaman ainda mantém uma postura respeitosa.

— Você gosta do que faz? -Papai pergunta enquanto toma seu chá.

— Muito. Mas com um filho pequeno não era possível continuar no mesmo ritmo de antes. Entre passar mais tempo com ele ou trazer mais dinheiro para casa, optei em aproveitar a infância dele.

— Nos poucos momentos em que tive a chance de vê-lo, percebi que ele é um menino educado e gentil.

— Faço o que posso para moldar o caráter do homem que ele vai ser um dia. Mas não tenho muito trabalho, ele é um menino incrível, muito sensível e gentil.

Os dois ficam em silêncio por um momento, então papai deixa a xícara vazia de lado, levanta da cadeira e estende a mão para Yaman que também levanta.

— O fato de ter vindo aqui me diz que é um homem de respeito e princípios. -Ele segura a mão de Yaman com força. — Não posso dizer que concordo com o que está acontecendo, pois não acho isso certo. Porém, jamais iria contra os sentimentos da minha filha. Então, como pai, apenas peço que cuide e proteja ela do que pode vir a acontecer. Não seja a infelicidade da minha filha. -Os dois soltam as mãos e papai dá um tapinha no braço de Yaman. — Você não me parece muito bem, está branco como um fantasma. Boa noite.

Assim que ouço os passos do meu pai escada a cima, Yaman abre os braços para mim e sorri. Sem pensar duas vezes, corro para ele, sendo abraçada com força.

— Senti saudade do seu cheiro, menininha. -Ele sussurra contra meus cabelos.

— Você veio! -Me agarro a Yaman com força. — Você realmente veio.

— Por que não viria? -Ele passa a mão no meu rosto e o levanta para olhar nos meus olhos. — Eu faria qualquer coisa por você. -Só agora, olhando de perto percebo que ele está com círculos escuros ao redor dos olhos. A pele está suada e pálida. — Você realmente não parece estar bem.

— Estou bem. -Ele sorri, mas eu sei que não é verdade.

— Você é péssimo mentindo. -Me afasto o suficiente para olhar direito para ele. — O que você está sentindo?

— Um pouco de dor de cabeça. Não é nada demais. -Ele me puxa outra vez para junto do seu corpo.

— Deveria ir ao hospital.

— Vou conversar com Ziya sobre isso, você não precisa se preocupar. -Vejo um sorriso malicioso nos seus lábios. — Mas eu sei o que poderia me ajudar.

— O que?

— Um beijo. -Ele sussurra com a boca próxima ao meu ouvido.

A mão que está nas minhas coisas desliza sedutoramente até meu quadril, me mantendo coloca ao seu corpo. Os olhos de Yaman brilham de forma perigosa enquanto olha para meus lábios.

Perco o fôlego quando a mão enorme agarra minha bunda. Sinto a respiração de Yaman se espalhando pelo meu rosto, então lábios sedentos tocam os meus em um beijo repleto de paixão e desejo.

O beijo esquenta minha boca, sua língua lambe meus lábios e o vazio que eu estava sentindo é preenchido com calor. O fogo dentro de mim se espalha como fogo em pólvora, me consumindo.

Yaman geme baixinho ao se afastar de mim. Sua respiração está tão acelerada quanto a minha.

— Melhor pararmos enquanto ainda consigo me controlar. -Seus lábios tocam os meus de leve, a barba fazendo cócegas no meu rosto.

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