YAMAN
— Yaman... -Volto correndo para seu lado. — Você acordou.
— Oi. -Sussurro, completamente desorientado.
— Vou chamar o médico. -A enfermeira sai correndo do quarto.
— Estou tão feliz. -Seher acaricia meu rosto, as lágrimas escorrendo por seus olhos. — Senti tanta saudade. Você acordou.
— Eu estava em um lugar lindo. Você estava lá. E as crianças. -Meus olhos estão pesados, meu corpo está dolorido e eu estou tão cansado. Fecho os olhos para evitar a claridade. — Você é a luz da minha vida. -As palavras mal saem, o cansaço é muito grande. — Minha segunda chance. Minha luz.
— Yaman, você precisa ficar acordado. Nedim está vindo. Você precisa ficar acordado, eu tenho tantas coisas para te contar. Abra os olhos, por favor, abra os olhos.
Eu tento, mas o peso do cansaço me puxa para a escuridão.
Não sei por quanto tempo fico desacordado, o tempo não é mais o mesmo, tudo parece diferente.
Sinto uma pressão extremamente dolorosa no peito e essa dor esmagadora me tira do torpor e da escuridão.
— Bom dia. -Sinto a mão de alguém sobre meu peito, esmagando mais uma vez no ponto exato do osso esterno.
— Dói. -Forço as palavras a saírem.
— Eu sei que dói, mas precisei fazer um estimulo doloroso já que você não acordou quando chamei. -Reconheço o rosto e a voz do Nedim.
— O correto é estimulo físico a pressão. O termo 'doloroso' deixou de ser utilizado. -Corrijo.
— Você estar me corrigindo significa que a parte cognitiva está intacta. Também está falando normalmente. Só não gostei do fato de não ter respondido aos estímulos verbais.
— Nunca gostei muito da sua voz, não seria agora que iria atender ao seu chamado.
— Só para constar, eu tenho uma voz maravilhosa. Agora vamos ao que importa. Qual o seu nome?
— Vamos mesmo fazer o passo a passo?
— Nome? -Ele revira os olhos.
— Yaman Kirimli.
— Sabe que dia é hoje?
— Não faço a mínima ideia. Fiquei apagado por quanto tempo?
— 10 anos. -Vejo um sorriso contido nos seus lábios.
— Se eu tivesse dormido por 10 anos, você estaria gordo e careca, mas você não está careca.
— Nem gordo, tenho meus gominhos. -Nedim cai na risada e me abraça. — É bom ver você com os olhos abertos.
Nedim levanta da cama e apertas vários botões de vários aparelhos, as máquinas começam a apitar e fazer seu trabalho.
— Então, por quanto tempo eu dormi? O que aconteceu exatamente? -Tento me mexer, mas meu corpo parece pesar uma tonelada e a dor em todas as articulações me impede de continuar. — A julgar pela dor que estou sentindo, passei muito tempo aqui.
Nedim suspira e volta a sentar ao meu lado.
— Você acordou dois dias atrás, então apagou outra vez. Foram 37 dias no total.
— 37 dias. -Lembro de imagens borradas de Seher falando comigo. Pedindo para ficar acordado. — Seher? Onde ela está?
— Ela ficou do seu lado o tempo todo, mas precisou ir fazer uns exames de sangue, comer alguma coisa que não seja batata frita e refrigerante, trocar as roupas.
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SEGUNDA CHANCE
FanfictionSeher e Yaman vivem em mundos completamente diferentes. Mas por uma coincidência do destino eles são colocados a prova como professor e aluna. Seher é uma menina meiga, esperta e amável, mas que carrega consigo uma história de perda. Yaman está long...