Maldito sorriso

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Boa leitura!!

***

Carol pov:

Depois de saírem do aeroporto, Carol dirigiu com cuidado pelas ruas de Belo Horizonte. Rosamaria parecia cansada da viagem e falava pouco, a única coisa que podia ser ouvida no carro além do silêncio confortável que pairava entre elas era a música que tocava.

- Tu tava no escritório? - Rosamaria perguntou depois de um tempo em silêncio.

- Tava, reunião mensal pra organizar algumas coisas. - Carol respondeu mantendo sua atenção no carro da frente.

- Faz sentido todo o prestígio que vocês têm, reunião no sábado? Que loucura. - A catarinense falou dando um risada.

- É uma loucura, será que eu já posso me aposentar? - Carol perguntou com um biquinho desviando o olhar para Rosamaria que sorria.

- Tu não precisa se aposentar pra deixar de trabalhar, Caroline. - A historiadora falou como se aquilo fosse óbvio. - Se bem que pela idade talvez tu consiga...

- Ah é, Rosamaria? - A arquiteta perguntou surpresa, mas achando graça. - Panela velha é que faz comida boa, sabia?

- Ô se faz... - A mulher respondeu enquanto olhava pela janela.

- Que? - Carol perguntou propositalmente.

- Nada... - Rosamaria desconversou.

Carol decidiu não insistir na provocação já que no segundo seguinte Rosamaria fechou os olhos e tentou se acomodar no banco do carro. Vendo a cena, a arquiteta então reclinou o banco pela central de controle que ficava no painel, o que fez a historiadora se assustar arrancando uma risadinha de Gattaz.

- Fica tranquila, te aviso quando chegarmos. - A loira se apressou em dizer.

- Tá bom, obrigada. - Rosamaria agradeceu voltando a se encolher no banco.

Carol sorriu para a visão que teve da mulher ao seu lado, "linda" pensou ao olhar. Ela seguiu dirigindo pelo caminho que dava até a casa de Rosamaria desligando o rádio para que a música não atrapalhasse a catarinense e tudo que podia ser ouvido era o barulho das chuva batendo contra a lataria e vidros do carro.

Minutos depois, quando já estava bem próximo ao prédio da historiadora, Carol a chamou baixinho, mas não teve nenhuma resposta. Então a arquiteta colocou a mão que estava livre sobre a perna de Rosamaria a chamando novamente, agora um pouco mais alto enquanto fazia um carinho leve nela.

- Rosa, nós estamos quase chegando... - Falou para a mulher obtendo apenas um resmungo. - Rosa...

- Tu disse que ia me chamar quando chegasse, Carol - A de olhos verdes respondeu ainda encolhida e mau humorada.

- Eu sei, mas tá chovendo e eu pensei em entrar com o carro pra cê não se molhar, mas pra isso cê tem que liberar a entrada. - Falou ainda com a mão na perna da historiadora.

- Uhum, tá bom... - Respondeu sem muita animação o que fez Carol rir baixo.

Poucas quadras depois a arquiteta parava na portaria do prédio de Rosamaria, sendo obrigada a cutucar a mulher quando o porteiro apareceu. A catarinense por outro lado não pareceu gostar de ter sido acordada, mas Carol se limitou a apontar o dedo para a janela onde Sr. Manoel acenava sorrindo.

- Boa tarde, Sr Manoel. - Rosamaria falou quando abaixou o vidro.

- Boa tarde, Rosa. Como foi de viagem? - O senhor perguntou simpático.

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