Sob cuidados

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Quem é vivo sempre aparece, espero que gostem do capítulo! Comentem muito!

***

Rosamaria pov:

- Nani, por favor!! - Rosamaria pedia com voz de súplica pra amiga que estava do outro lado da linha.

Depois de passar o fim de semana se certificando de que Carol estava tomando os remédios para a virose no horário certo,a segunda-feira chegou trazendo consigo a preocupação de saber que a arquiteta era esquecida o suficiente para não lembrar dos comprimidos que deveria tomar. Foi por isso que a historiadora ligou para Naiane, pedindo que ela fosse passar o dia com Carol e garantisse que ela fosse ficar bem, claro.

- Rosamaria, a Gattaz tem 5 anos agora? Eu hein, mulher velha daquela precisando que alguém tome conta. - A morena rebateu, mas seu tom demonstrava que aquilo era apenas uma provocação e que ela, na verdade, estava se divertindo com tudo.

- Ela vai te levar pra andar de lancha, Naiane. - Falou apelando para uma das diversas coisas que a amiga tinha programado de fazer com Carol.

- Você joga muito sujo, Rosamaria, eu vou falar isso pra Gattaz.

Um silêncio invadiu a ligação, demonstrando que Naiane estava pensando na possibilidade e que, de alguma forma, a chantagem de Rosamaria havia dado certo.

- Que horas é pra chegar na casa da criança? - Naiane disse por fim se dando por vencida.

- Eu tô saindo daqui a pouco pra dar aula, vou passar aí no teu apartamento pra deixar a chave da casa da Carol, ela deve voltar a dormir depois que eu sair.

- Você me deve um jantar. - Falou por último, encerrando a ligação.

[...]

Assim como havia dito, pouco depois de sair da casa de Caroline - sendo mais custoso do que imaginava, já que a arquiteta havia implorado pra que Rosamaria ficasse mais alguns minutos em baixo das cobertas com ela - a historiadora estava na porta de Naiane. Ela ouviu alguns passos para em seguida ver a porta ser aberta pela morena que tinha uma expressão que denunciava o sono interrompido pela campainha.

- Bom dia, Nani! - Rosamaria desejou entrando no apartamento.

- Bom dia, cadê a criança? - Naiane lançou a pergunta enquanto fechava a porta e fazendo Rosamaria bufar.

- Tu sabe que eu não pediria pra ficar de olho nela se não estivesse preocupada. - explicou seguindo a amiga pra cozinha.

- Tá, mas você sabe que o serviço de babá pela manhã sai mais caro, não sabe? - perguntou enquanto ligava a cafeteira.

- Naiane, tu vai ganhar um passeio de lancha com a minha mulher. Quer pagamento melhor do que esse? - a historiadora questionou roubando um dos biscoitos que a morena havia pegado para comer.

- O mínimo depois de ter que cuidar de uma velha de 80 anos. - falou puxando uma cadeira da mesa para poder se sentar. - Quer tomar café?

- Não posso, vou me atrasar pra aula se demora mais. - Afirmou dando uma olhada no relógio prateado no pulso. - Aqui as chaves - Disse mostrando um chaveiro de metal que tinha uma logo que dava pra saber ser do escritório de Carol. - Esse é o controle do portão e essa é a chave da porta da frente. - Concluiu mostrando ambas as chaves enquanto Naiane olhava sem muita animação.

- Como eu vou entrar naquele condomínio? - A morena perguntou se levantando para desligar a cafeteira e colocar um pouco do líquido amargo em uma xícara.

- Avisei ao porteiro, ele sabe que tu vai lá. Basta abaixar o vidro pra ele saber se é tu mesmo. - Explicou recebendo um "beleza" de Naiane. - Tá bom, tô indo.

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