Entre os erros, acertos

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Espero que gostem do capítulo, não se esqueçam de comentar.
Boa leitura.

***

Carol pov:

- Eu não quero ir, mas eu tô com medo de estragar tudo.

- Você não vai estragar nada, amor. - Falou puxando Rosamaria pra seu peito a abraçando. - Vou te deixar aqui sozinha e depois conversamos, tudo bem? - Perguntou, mas não teve resposta. - Certo, me mandar uma mensagem quando quiser conversar.

[...]

1h depois, Carol bateu na porta do seu quarto só para garantir que poderia entrar sem atrapalhar Rosamaria. Ela ouviu um "entra" e assim girou a maçaneta colocando a cabeça para dentro do quarto para só depois entrar de fato. Trazia consigo uma caneca cheia de nescau que ela havia preparado minutos antes quando recebeu uma mensagem de Rosamaria pedindo pra que ela voltasse pro quarto.

Carol se aproximou entregando a caneca pra mulher que sorriu fraco, mas aceitou de bom grado.

- Trouxe pra você, espero que eu tenha acertado a quantidade certa de leite e nescau. - Falou fazendo brincadeira e quebrando um pouco o clima estranho que permeava o quarto.

- Obrigada... Podemos conversar? - Perguntou colocando a caneca no móvel de cabeceira e se ajeitando na cama. - Tu quer começar?

- Ah, eu não sei por onde começar, sendo bem sincera. - Riu. - Tem algo que realmente tem me incomodado ultimamente, se trata muito mais de algo sobre mim, mas envolve você de uma forma ou outra.

- Tu quer me contar? - Rosamaria tinha um tom calmo e suave, aquilo dava segurança para que Carol continuasse.

- Rosa, você pensa em ter filhos? - Perguntou de uma vez por todas e sem fazer rodeios. - Você deu sinais o dia todo de que abomina a ideia de ter um filho e se distanciou todas as vezes que eu falei sobre casamento e uma vida juntas...

Rosamaria tinha uma expressão de nervosismo.

- Eu acho que isso é algo pra se falar mais tarde. - Fugiu do assunto como nas outras vezes.

- Eu não tenho tempo pra você amadurecer a ideia de ter filhos ou não. - Falou sentindo o nó se formar na sua garganta ao pensar naquilo.

- E por isso eu tenho que ter filhos agora? - Perguntou irritada.

- Mas eu não tenho que esperar, Rosamaria! - Gesticulava com as mãos.

- E eu tenho que aceitar que a gente vai ter um filho no seu tempo? Porra, que hipocrisia do caralho. - Gritou. - A gente namora a menos de 1 ano, Caroline e não que isso justifique muita coisa, mas 1 ano pra mim é muito pouco pra tomar uma decisão de uma vida inteira.

- Eu não sei nem se você quer esse namoro tanto quanto eu! Você sequer me apresentou para os seus pais! - Carol despejou deixando suas inseguranças falarem.

Rosamaria parecia não acreditar no que tinha acabado de escutar.

- Tu tá se ouvindo? Ouviu a merda que tu acabou de falar? - Perguntou apontando para seu próprio ouvido. - Olha, eu não sei quais são as suas inseguranças sobre isso tudo, tu não tentou conversar comigo, tu nem ao menos foi sincera comigo, só despejou uma expectativa, que é única e exclusivamente sua, sobre mim. Eu não tô aqui pra isso, Carol, já me machuquei muito suprindo expectativas de outros relacionamentos. Se tu acha que não tem tempo...

- Rosa, me desculpa-

- Eu não posso acelerar o meu tempo porque tu acha que o teu tá corrido, Carol. - Explicou suspirando.

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