Segunda

2.5K 227 52
                                    

Voltei, sentiram saudades?
Espero que gostem do capítulo, não se esqueçam de votar e comentar muito, boa leitura!

***

Carol pov:

A manhã de segunda-feira veio e trouxe consigo o sentimento de saudade do fim de semana. Elas haviam decidido de dormirem na casa de Rosamaria novamente, já que no dia seguinte seria às voltas aulas da universidade em que a historiadora dava aulas. No final do domingo Carol ajudou a catarinense a organizar algumas papeladas que faltavam, podendo sentir o quanto Rosamaria amava seu trabalho.

Também haviam saído no dia anterior para andar no parque de belo horizonte durante a tarde, aproveitaram o finalzinho do aniversário de Gattaz sentadas na grama, em baixo da sombra de uma árvore enquanto dividiam um saquinho de pipoca. Era por causa da rotina tão tranquila que as duas criaram que Carol sentia o peso de saber que os encontros poderiam se tornar mais difíceis, afinal, ela sabia que ser professora ia muito além do trabalho feito na sala de aula, por isso tinha a consciência de que a rotina de Rosamaria se tornaria mais ocupada.

O reflexo disso já se mostrava presente, Caroline acordou e ao buscar o corpo de Rosamaria na cama, viu que o lugar antes ocupado pela mulher estava vazio e um tanto quanto frio, demonstrando que fazia algum tempo que a catarinense havia levantado.

Depois de suspirar frustrada, Carol se levantou e foi direto para o banheiro afim de tomar um banho, o grande espelho que havia no cômodo estava embaçado denunciando que Rosamaria havia passado por ali há pouco tempo. Seu banho foi rápido e logo ela já estava procurando algo para vestir no guarda roupas da historiadora. Acabou encontrando uma calça jeans claro que era sua e uma camisa social branca que a própria Rosamaria havia lhe tomado.

Quando saiu do quarto, o cheiro de café recém passado invadia o ambiente, bastou poucos passos para que ela pudesse ver a figura de Rosamaria em frente ao fogão. Carol chegou mais perto e pôde ver que a menor fazia, ou tentava, depende do ponto de vista, uma panqueca tentando virar o lado na frigideira, mas sem muito sucesso.

- Tá precisando de ajuda? - A arquiteta perguntou a fazendo virar, então ofereceu um sorriso gentil.

- Como tu consegue virar o lado da panqueca sem quebrar nenhum pedaço? É humanamente impossível fazer isso! - Falou dando espaço para que Carol tomasse seu lugar no fogão.

- O mais importante é ter uma frigideira antiaderente e passar um pouco de manteiga antes de despejar o líquido batido. - Carol começou, levantando a frigideira e espiando. - E depois de ver que um dos lados está bom e só virar com a espátula, assim - Falou mostrando o movimento para Rosamaria que permanecia ao seu lado observando.

- Sempre soube que os extraterrestres estavam entre nós. - Brincou circulando o braço na cintura de Carol antes de deixar um beijo na sua bochecha e se afastar novamente. - Bom dia, vintage!

- Bom dia, meu amor! Eu realmente não sou desse mundo, né? - Falou rindo e dando uma piscadinha para a de olhos verdes que alcançava os pratos, canecas e talheres que usariam para o café.

- Me diz uma coisa, as piadas pioram com o passar dos anos? - Questionou segurando o sorriso.

- Ficam melhores, assim como o amor e o sexo. - Disse colocando as panquecas que já estavam prontas no prato em que Rosamaria tinha lhe entregado.

- Bom saber, eu vou cobrar! - Falou pegando a garrafa térmica de café e indo em direção a mesa. Carol a seguiu carregando os pratos com as panquecas.

Elas se sentaram e começaram a comer em um silêncio confortável que dizia muito sobre a relação que estavam construindo.

- Ansiosa? - A arquiteta perguntou depois de um tempo, sabia que Rosamaria já estava acostumada com início de semestre e que era uma professora competente e respeitada na instituição, mas, apesar de tudo a mulher parecia inquieta. Carol percebeu quando ela passou vários minutos mexendo a colher que estava dentro da caneca.

Our DreamsKde žijí příběhy. Začni objevovat