LIX

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    Fim são necessários
   Por Adam

  Eram duas horas da manhã em Londres quando a minha mãe me ligou falando que a Ellie havia entrado em trabalhado de parto antes do previsto e que iriam induzir um parto normal. Porra, faziam apenas 27 horas que sai dos Estados Unidos é o Andrew já estava para nascer.

     Eu estava preocupado, quase fazendo um buraco no chão. Era minha irmã caçula tendo um bebê e tudo poderia ocorrer errado. Eu amo muito a Ellie, mas torcia para que tudo desse bem.

      Minha mãe não atendia o celular, muito menos o meu pai, e a Mary... Eu não tinha coragem de ligar para a mesma. Não na medida que as coisas haviam acontecido entre nós. Fui para Nova York na esperança de me livrar da Nina e voltei com o desejo de formar uma família com a Mary. Era loucura. No entanto, mesmo com isso, eu não queria falar com ela nesse momento. Não quero a deixar confusa ou esperançosa sem resolver as coisas que preciso.

      Depois de longas 2 horas. A Mary postou uma foto de uma mãozinha no Snapchat e eu me senti aliviado por tudo parecer dar certo. Não me contive e digitei o nome da Mary, ligando para a mesma. Ela não demorou para atender.

— Oi, mary, desculpa ligar assim é que... — respirei fundo tentando conter meu nervosismo — A Ellie está bem? E o Andrew? — ela demorou poucos segundos para me responder.

— Sim. Ele nasceu tem uma hora. Está agora sendo examinado... — sua voz soou baixa — Foi parto normal, bem rápido. Fiquei com ela na sala. Mas agora ela está descansando.

— Que bom que ocorreu bem! — me joguei de costas na cama — E você, como está? — perguntei receoso.

— Tentando recuperar minha vida. — ela ficou calada por alguns segundos — Qualquer notícia, eu te aviso.

Mal respondi e a Mary desligou na minha cara, me deixando confuso. Demorei minutos para raciocinar o que tinha acabado de acontecer. Eu estou feliz que o Andrew nasceu, mas nauseado por está longe desse momento e da Mary. Eu vim aqui para ajeitar tudo, para voltar para Nova York, porém não pensei na possibilidade da Angel me aceitar de volta. Eu a deixei tantas vezes que a mesma não iria acreditar que quero estar do lado para todo o resto da minha vida.

Era muita responsabilidade uma família. Mas eu estava disposto a passar pelo amor, pelas brigas, pelos egoísmo de nós dois para tê-la. Vou estar com a nossa filha sempre e quero dar para as duas as melhores coisas do mundo. Quero fazer as viagens mais clichês do mundo se possível.

A porta do meu quarto bateu e eu virei a cabeça vendo a Lindsay parada, tirando as botas e jogando no canto do quarto. Me sentei rapidamente e quando ela veio na minha direção, me esquivei, me levantando, a deixando confusa.

— O que está acontecendo com você, em? — se sentou na ponta da cama, com a testa franzida — desde que chegamos está sim...

— É que... — passei a mão pelo rosto, tentando não agir por impulso — Eu quero terminar, Lindsay. — digo com a maior calma do mundo.

Eu não estava muito certo dessa decisão, mas quando as palavras saíram dos meus lábios, parecia mais fácil do que eu imaginava. Na verdade, já tinha tempo que eu não queria estar com ela. A Lindsay é possessiva quando se trata de mim, sempre usa o drama para me chantagear e se machuca para eu sentir pena. Mas eu sou melhor que isso. Não posso continuar nisso até ela se cansar de mim e achar um outro otario para fazer seus caprichos de criança mimada. Não quero um futuro com ela, me atrapalha essa relação. Não quero, simples. Tem motivo melhor? além de estar apaixonado por outra pessoa

— Está maluco? — ela levantou em um pulo e eu respirei fundo, me preparando para o show — Você não pode...

— Eu posso, como já estou fazendo. — cruzei os braços, a observando.

— Por que? — disse entredentes — POR CAUSA DAQUELA VADIA?

— Não ouse chamar ela assim outra vez! — apontei o dedo em seu rosto, ficando mais próximo — Eu estou terminando com você porque estou cansado de olhar pra sua cara e suas mentiras. Porque anda escondendo as coisas com o Pyer de mim e coloca a Mary dentro disso. — eu me afastei um pouco, a vendo segurar as lágrimas — E porque eu quero a Mary e a minha filha comigo. Nunca vou abrir a mão delas nunca. Eu espero por isso há anos! E não vou perder a mulher da minha vida porque tenho viver com você. Essa é a minha escolha e você sempre soube disso. — terminei com a voz calma, sentindo o peso sair dos meus ombros — Pode pegar suas coisas e ir embora. Depois te devolvo o que tem aqui. — digo por fim, não a deixando rebater.

— Você vai me pagar... — ela me olhou com um semblante não tão agradável — Eu espero que você morra antes de estar com ela.

Nossas verdadesWhere stories live. Discover now