XXX

392 21 2
                                    

     (Não revisado)
❦❦❦❦⚀❦❦❦❦
O mesmo ciclo

E mais uma vez, eu estava sozinho naquele quarto de hotel, ansiando por alguma coisa que me agradasse. Esse tempo que a Mary e eu tivemos me fez pensar em tantas coisas e apenas algumas horas, foi o suficiente para que eu me apegue-se a ela ainda mais. Eu precisava da minha Mary mais que qualquer coisa, mais que qualquer pessoa nesse mundo. Eu precisava do se cheiro, do seu abraço, do seu carinho, do seu beijo; eu precisava dela por inteiro. O quarto estava silencioso, sem a risada dela ou os gemidos ecoando por todo canto, o cheiro de hidratante de morango havia desaparecido assim que ela passou por aquela porta, se despedindo de mim com um beijo. E de novo, eu estava me sentindo vazio e solitário, como se eu tivesse voltado no tempo, quando eu voltei para Londres e estava começando a sobreviver sem ela.

A Mary não permitiu que eu a levasse para casa, disse que os pais dela iriam perceber e a ficariam interrogando. Eu não protestei, seria melhor para nós dois não ter uma despedida mais dolorosa. Quando o táxi chegou e fomos avisado pelo funcionário do hotel, eu me senti horrível por deixá-la voltar para sua vida normal e perfeita, com um namorado perfeito e um futuro perfeito, sem mim. Eu disse para ela que largaria tudo pela mesma, todo o meu luxo para viver com ela, sem distrações. Eu amo tanto a Mary que faria qualquer coisa por ela. Eu estava disposto a voltar para Nova York e comprar um apartamento para nós dois, para vivermos juntos e felizes. A Mary se formaria na faculdade e, bem no dia da sua formatura, eu a pediria em casamento, com um belo anel e quando estivéssemos bem na nossa carreira profissional, poderíamos nos casar e fazer uma enorme festa... Mas isso eram apenas sonhos para um futuro que nunca iria acontecer. Eu entreguei a decisão nas mãos dela, mas eu sabia que a Mary não me escolheria.

Quando eu acordei, a Mary estava na varanda do quarto, sentada na cadeira e apreciava a vista. Eu gravei cada detalhe daquela cena, ela estava enrolada no lençol e segurava uma xícara de café. Eu a surpreendi com um beijo e assim passou a nossa manhã, apenas em beijos e carícias. A Mary se recusou a transar comigo, alegou que estava muito dolorida da noite anterior e que estava cansada. Deu para perceber o desespero dela em tentar cobrir o pescoço coberto de marcas com a base, mas não estava adiantando nada. Eu tinha que maneirar na agressividade na hora do sexo, eu sei disso mais que qualquer pessoa, mas quando envolve a Mary, fica impossível. Fiquei um bom tempo a observando tomar banho e também reparei nas marcas espalhadas em sua pele, sua bunda estava ainda com a marca da minha mão. Mas eu não ficava para trás não, minhas costas ainda estão ardendo por conta das unhas da Mary cravarem na minha pele e me arranhar, mas isso eu resolveria depois.

O meu celular vibrou no meu bolso e eu o peguei desesperado, ansiando para ouvir a voz da Mary.

— Oi, anjo. Chegou bem?

Oi, meu amor... Cheguei sim...

Franzi a testa ao notar algo diferente em sua voz.

— O que houve?

Ah... Eu só queria dizer que... Eu queria dizer que eu não quero mais saber de você... Nunca mais...

Tudo bem, conversamos sobre isso e...

O Dylan está aqui, lá no meu quarto, ele me perdoou. Enfim... Acho melhor não termos mais contato... — Sua voz saiu fraca e em um sussurro. A Mary parecia estar... chorando...

— Anjo, por que?

Foi bom. Você foi uma pessoa incrível comigo, mas eu... eu... Eu não posso mais continuar com isso... Você foi só um... um passatempo...

Nossas verdadesWo Geschichten leben. Entdecke jetzt