XXXV

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                    (Não revisado)
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Algo bom

Por Mary:

Olhei ao redor do quarto do Motel e fiquei impressionada. Era tudo tão detalhado e elegante, como se fosse planejado cada centímetro. Eu sou uma pessoa que fica impressionada com qualquer coisa, e não seria diferente com esse quarto. Estávamos em um Motel na frente do Central Park, que deve ter custado muito caro. Eu insisti para o Adam para irmos em um outro, que fosse mais barato e não arrancasse mais de mil dólares dele, mas ele foi teimoso e negou, dizendo que merecíamos algo bem melhor para passarmos nossas última noite juntos.

Última noite... Aquela duas palavras ecoaram na minha cabeça várias e várias vezes, me deixando mais que pensativa. Eu estava sentindo um frio na barriga e senti o meu peito apertado, eu não queria que fosse a nossa última noite, não queria que o Adam fosse embora, eu não poderia deixar ele ir... O meu estômago se revirou ao imaginar que ele nunca mais voltaria e que estava arrumando um jeito apenas para me deixar. Era horrível aquela sensação, eu não sabia o que estava acontecendo comigo, parecia que eu estava começando desesperada com a ideia do Adam ir e nunca mais voltar. Os meus sentimentos estavam todos misturados e eu já não sabia o que fazer.

Engoli em seco e balancei a cabeça, tentando afastar aqueles pensamentos e tentei prestar atenção na maravilhosa decoração do quarto. Eu andei até o meio do quarto, podendo analisar tudo com mais cuidado. Em um canto, tinha uma enorme cama em cima de suporte quadrado, em cima dela, tinha um enorme lustre de pedras brilhantes. Do outro lado do quarto tinha uma enorme banheira redonda, me aproximei mais dela e o teto em cima dela tinha um enorme espelho. Eu estava tão fascinada com a banheira que mal vi o Adam se aproximando, apenas senti o seu toque na minha cintura.

— Gostou? — Ele disse me abraçando por trás e apoiou o queixo no meu ombro.

— Eu amei! — Digo com um sorriso enorme no rosto, observando os lustres no teto.

— Então, eu vou querer uma recompensa... — Ele tirou o queixo do meu ombro e girou o meu corpo sem muita dificuldade.

— Já te paguei no carro! — Faço uma cara de triste e o Adam me olha com os olhos semicerrados.

— Mas aquilo foi só o valor de entrada. — O Adam sorri largamente e eu reviro os olhos. — E o valor vai ser bem mais caro.

— Você é um bobo! — Nego com a cabeça e fico na ponta dos pés e o observo, gravando cada detalhe do seu rosto. — Eu acho você tão lindo... — Sussurro abobada e percebo que ele fica com as bochechas vermelhas. Seguro o seu rosto com uma mão só e suspiro fundo, sentindo uma sensação estranha. — Eu não sei o que está acontecendo comigo, Adam, eu estou confusa...

— Com o que? — Ele diz olhando para a minha boca e eu mordo o meu lábio inferior.

— Com os meus sentimentos. — Confesso e ele franze a testa, parecia um pouco surpreso. — Eu não quero te dar esperanças, pois não fomos feitos para ficarmos juntos, mas não posso negar sinto uma coisa muito forte por você, eu ainda sinto... — Pressiono os meus lábios e respiro fundo.

Eu não tinha certeza, então não diria, eu não podia admitir que... que o amava ainda e que nunca o deixei de amar. Era um sentimento forte demais e eu estava confusa demais para ter certeza. E tinha um problema que ainda me impedia, o que nos separou da última vez, eu nunca iria esquecer que ele espalhou um vídeo nosso, deixou que todos vissem a nossa intimidade e me expôs daquela maneira, tudo para alimentar o seu bendito ego. Eu sabia que sempre carregaria aquilo comigo, que poderíamos ter dado mais que certo, poderíamos ainda estar juntos, felizes, mas o Adam foi egoista demais para pensar que existisse um "nós" para sempre.

Nossas verdadesWhere stories live. Discover now