II

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Ele...

Por Mary:

Eu nunca cansava de assistir Segundas intenções. Era o meu filme favorito! Eu me conectava com a história da Annette e do Sebastian, e de alguma maneira me identificava com isso. O fato dela acabar se apaixonando pela pessoa errada que só queria usá-la e no final de tudo, ele a deixou, porém nunca mais voltaria porque não podia. A diferença entre o Sebastian e o Adam não era grande, o Sebastian partiu do mundo e o Adam ainda vivia nele, atormentando os meus sonhos.

       Eu não sentia mais a mesma coisa pelo Adam, não mais. Ele quebrou o meu coração e foi embora. E esse foi o motivo para eu me encorajar e esquecê-lo e olha como estou: bem com a vida.

      Dylan passou a metade do filme digitando no celular e ele passaria furioso com alguma coisa. Ele respirou fundo e soltou o ar pela boca, bufando.

      — O que está acontecendo? — Perguntei me sentando no sofá.

      — A Kathy está me irritando. — Disse desligando o celular e olhando para mim. — Ela quer que eu hóspede a Lindsay e o namorado na minha casa...

      — Mas você nem o conhece! — Digo me arrastando até ele e me sentei em seu colo, com as pernas apoiadas no sofá.

      — Sim! O cara não aceitou, disse que tem família por aqui e que seria um abuso ficar na minha casa. Mas a Kathy não entende. — Disse em um tom baixo.

      Kathy é a irmã mais velha do Dylan. Ela morava no Canadá e mesmo longe, gostava de controlar a vida dele. Eu até que gostava dela, até o momento que a mesma começou a me comparar com a ex namorada do Dy, uma modelo internacional, alta e magra. Eu fiquei arrasada por não ser nada parecida com uma modelo e fiquei paranóica com o meu corpo, foi aí que eu entrei para a academia.

      — Esquece ela! E aliás, quando a Lindsay aparecer com outro cara, a Kathy vai pedir a mesma coisa. — Seguro o queixo dele e junto nossos lábios, em um selinho demorado.

      — Eu acho que esse cara vai durar bem mais que os outros. — Disse fazendo um carinho com o polegar no meu rosto. — Liguei para a Lindsay esses dias, e ela ficou falando dele. Se não me engano o nome dele é Alex, alguma coisa assim. Ele é rico e a família dele tem fama na Inglaterra, duas coisas que a minha prima adora. Fama e dinheiro! — Revirou os olhos e eu sorri.

A família do Dylan sabia, de alguma forma, que eu tinha me envolvido com um cara rico antes, e agora, eu estava em um relacionamento aberto com um homem rico também. Na visão da parentela dele, eu não era tão diferente da Lindsay. E isso me magoava. Eu não estive com o Adam por dinheiro — até porque a maioria do dinheiro dele vinha da venda de drogas. — e também não estou com o Dylan por ele ser rico, eu estou com ele por gostar e me sentir bem com ele, e a mesma coisa era com o Adam.

— Está tão pensativa... — Disse aproximando seu rosto no meu pescoço e distribuindo beijos. — Está precisando distrair.

Fechei os olhos fortemente e me deixei levar pela sensação dos seus beijos. Dylan não deixava a minha pele marcada, e eu dava graças a Deus por isso. Ele transava com carinho, não puxava o meu cabelo e não me dava tapas, porém era uma das coisas que eu mais sentia falta e gostava no sexo: brutalidade.

      Empurrei o seu peito e o afastei de mim. Me levantei do seu colo e fiquei em pé a sua frente. Tirei a blusa devagar e a joguei no chão, ficando só de calcinha. Eu gostava de ficar na casa do Dy pelo fato de ficar livre, ou eu ficava com uma camiseta dele ou só de calcinha. Subi em cima dele novamente que estava com um sorriso armado no rosto e uma ereção se formando debaixo do short de moletom.

Nossas verdadesWhere stories live. Discover now