VIII

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Nossas fotos

Por Adam:

Enquanto eu dirigia de volta para o hotel, eu chorava, feito um idiota. Eu não estava conseguindo similar direito. A Mary me expulsou da vida dela e deixou bem claro que não sentia mais nada por mim. Eu ainda tinha esperanças dela me perdoar e de ainda restar algum amor por mim, mas acabei frustado. Os papéis se inverteram nessa história; quem chora não é a mocinha e sim, eu.

A Mary tomou a decisão dela e eu sabia que ela estava certa em tentar se proteger de mim. Ela estava feliz e bem. Eu só estava tentando ter algo de volta e que não existia mais: o amor da Mary. Seria a hora de eu seguir em frente e esquece-lá? Acho que sim! Eu iria matar qualquer resquício de sentimento por ela. Se eu fosse seguir em frente, precisava me livrar de qualquer coisa que me fazia me lembrar da Mary, assim como ela fez comigo.

Depois que eu cheguei no hotel, fui direto para a minha suíte. Eu poderia ter ficado na casa dos meus pais, mas optei por não fazer isso, já que eu gosto de ficar sozinho. Levei as fotos até a pequena cozinha ali e parei em frente ao fogão cooktop. Acendi o fogo em uma das bocas e respirei fundo, queimando a pontinha da primeira foto. Estavámos no cinema, quando a levei para assistir um filme de ação idiota, a Mary me convenceu em tirar aquela foto, de mãos dadas. A segunda foi tirada no Central Park, ela estava deitada e eu a admirava. A terceira foi tirada por Ellie, em uma festa que teve na fraternidade que eu pertencia, eu estava sentada com a Mary no meu colo. Mais duas fotos, ela tirou contra a minha vontade, a minha cara ficou hilária. A sexta foto, é a mais engraçada, naquele dia, fomos tomar café da manhã em uma lanchonete no centro, e a Mary ficou fazendo palhaçadas com o bacon e tirou a foto no exato momento que eu ri. As três últimas fotos, eram as minhas preferidas, uma eu ainda namorava com a Hanna, e foi no dia que a levei no restaurante japonês, estavámos compartilhando o fone de ouvido. A outra, eu estava virado de costas para o espelho e ela estava abraçada à mim. E a última foto virou cinzas, a Ellie também tirou aquela, eu segurava a Mary no meu colo e mesma roubou um beijo meu assim que aquela foto foi tirada.

Eram tantas lembranças, e a maioria foi do nosso namoro de uma semana, mas que valeu muito a pena. As cinzas das fotos me tirou algumas lágrimas que foram secadas logo após. Ouvi batidas na porta e respirei fundo, indo até a entrada. Olhei pelo olho mágico e vi um funcionário do hotel.

— Boa tarde, Senhor. — Ele acenou com a cabeça e sorriu. — O alarme de incêndio dessa suíte tocou na ala de segurança. Queria saber está tudo bem.

— Me desculpe. — Respirei fundo. — É que eu estava queimando as minhas fotos com a minha ex namorada. Sabe como que é... — Sorri sem mostrar os dentes, sem graça.

— Claro. Desculpe o incomodo, mas era apenas para a segurança dos demais hóspedes.

Depois que o funcionário foi embora, fui direto para a mini cozinha do meu quarto e comecei a limpar a sujeira das fotos. Limpei cada vestígio das lembranças e respirei fundo. Adeus, Mary.


Lindsay agarrou o meu braço assim que saímos da montanha russa.  Ela deixou bem claro que odiava brinquedos radicais, mas eu a fiz ir em todos. Agarrei sua cintura e a puxei para mim, tomando seus lábios em um beijo lento e caloroso. Lind fez um leve carinho no meu cabelo e eu sorri no meio do beijo.

Daqui a duas semana, Lindsay e eu iríamos para a Grécia e depois para a Itália para curtir as nossas férias da faculdade. Eu teria que bancar todos os caprichos dela, ou seja, até no fim dessa viagem, eu estaria sem grana alguma. Por mim, eu continuaria aqui em Nova York, curtindo a paz e a tranquilidade do Central Park, mas infelizmente, preciso passar um tempo com a Lind.

Nossas verdadesWhere stories live. Discover now