XI

539 37 3
                                    

❦❦❦❦⚀❦❦❦❦
Não tem mais nós dois

Por Adam:

Eu estava com muito sono e totalmente acabado da noite anterior. Lindsay fez o favor de vomitar o quarto do Hotel inteiro e eu ainda tive que limpar, pois não tinha faxineira naquele horário. Eu tive que dar banho nela e a mesma me molhou todo. Cuidei da Lind a madrugada toda, já que a mesma ficou no banheiro vomitando por um bom tempo. Conseguimos dormir era sete horas da manhã e acordei era quase quatro horas da tarde.

Eu estava preocupado com a Mary. Ansiava que ela não estivesse do mesmo jeito que a Lindsay. Ontem, eu tive que leva-lá até o Dylan e a mesma estava caindo de bêbada, mesmo depois de ter vomitado, ela não ficou nem um pouco sóbria e ficava dizendo coisas aleatórias o tempo todo. A Mary bêbada era uma das coisas mais hilárias que eu já tinha visto. Dizem que bêbado sempre diz a verdade e admiti o que pensa. E ouvir a Mary dizendo que eu transava melhor que o Dylan, aumentou o meu ego. Mas isso durou pouco quando ela começou a falar sobre o que tinha acontecido e depois perguntou se eu amava a Lind. A resposta era óbvia: não! Eu não a amo e nunca vou amar. Eu só amo a Mary, apenas ela que tem esse poder sobre mim.

A ansiadade me tomava a cada instante. Finalmente a Mary iria me ouvir, saber o meu lado e como eu me senti esse tempo todo. Eu iria deixar bem claro os meus sentimentos por ela e como, a cada dia, eles ficavam mais fraco. Eu sei que ela não me ama e não me quer como antigamente, mas eu ainda quero te-lá por perto, nem que seja como amiga, mas eu preciso disso e sei que ela também precisa. A Mary é fácil de decifrar, ela deixa os sentimentos bem claro e eu tenho 100% de certeza que, de algum jeito, eu ainda mexo com suas estruturas e abalo o seu coração.

— Lind. — Chamo a atenção dela que estava deitada na cama, mexendo no meu notebook. — Vou no shopping, preciso comprar algumas coisas. — Minto e suspiro. — Qualquer coisa você me liga e se sentir fome, pede um serviço de quarto. — Caminho até ela e seguro o seu queixo, juntando nossos lábios em um selinho rápido.

— Está bem... — Diz voltando a atenção para o computador.

Pego o cartão que abre a porta do quarto e o meu celular. Saio do Hotel rapidamente e o trânsito de Nova York estava horrível naquele horário. Fiquei quase 1 hora parado no centro, mas depois fui direto para a casa da Mary. Não macarmos nenhuma hora, e eu estava torcendo que ela estivesse em casa. Quando estacionei o carro na frente da garagem, vi um certo movimento pela janela da sala. Toquei a campania da casa tentando controlar a minha ansiedade. Eu deveria ter tomado o meu remédio antes de vir para cá...

— Ah... — Mary arfou ao me ver. — Pensei que não viria. Entra.

Ela parecia um pouco mal. O cabelo estava preso em um coque mal feito e parecia embolado, e estava com um pijama de bichinhos que eu acho que já vi. O rosto estava um pouco pálido e os olhos bem marcados de olheiras. Sacudi a cabeça parando de analisa-lá e passei pela porta, a fechando.

— Meus pais não estão em casa, então poderemos conversar tranquilamente. — Informou se sentando no sofá e cobriu as pernas com um cobertor.

— Está melhor? — Pergunto me sentando ao lado dela.

— Estou horrível! Por que me deixaram beber daquele jeito? — Passou a mão pelo rosto. — Estou com uma péssima ressaca.

— Imagino. Mal pude contar os copos de tequila que você e a Lindsay beberam. — A observo pegar o pote de sorvete de chocolate de cima da mesa de centro e levar uma colherada à boca.

Faço uma careta e ela ri.

— Enfim... Por onde começamos? — Pergunto esfregando uma mão na outra.

Nossas verdadesWhere stories live. Discover now