XXXVIII

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                                (Não revisado)
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Tudo de novo

Por Mary:

O quarto estava completamente escuro, apenas a luz do banheiro estava acesa. Me sentei na cama e bocejei, me espreguiçando. Olhei para o lado, mas o Adam não estava na cama, então ele estava no banheiro. Me sentei na cama e vi que eu ainda estava nua. Sorri lembrando da noite passada, dos nossos beijos e do nosso sexo. Foi uma das melhores noites da minha vida, sem exagero. Eu gostava do sexo bruto que o Adam me proporcionava, gostava do jeito que ele puxava o meu cabelo ou quando ele me penetrava rapidamente, me fazendo revirar os olhos. Mas também nada se comparava quando fazíamos amor, de um jeito lento e gostoso, com beijos doces, era disso que eu amava também. Eu fazia amor com o Dylan, desse mesmo jeito, mas com o Adam era diferente, sempre vai ser, porque envolvia muitas coisas, envolvia sentimentos, envolvia amor, o nosso amor.

     Minha bochecha ruborizou quando lembrei do que eu havia dito para ele, que eu o amava. Eu sei que disse isso antes, mas não é do mesmo jeito. Agora somos pessoas mais maduras, eu não sou mais a Mary Angel desesperada para achar o seu príncipe encantado, porque agora eu já tenho ele, bem aqui. Eu não sei o que aconteceria agora, mas eu teria que terminar com o Dylan e eu aceitaria o Adam de novo na minha vida, para podermos construir um futuro. Eu sei que posso estar tomando uma decisão precipitada, mas não posso continuar com o Dylan sendo que eu amo o Adam.

     Respirei fundo e me levantei da cama e senti uma pequena pontada de dor na minha intimidade. De novo não, pensei. Já era segunda vez que essa dor minha atingia depois do sexo, e eu não aguentava mais, precisava comunicar a minha ginecologista urgentemente sobre isso. Me apoiei no criado mudo que tinha ali e me encorajei a andar devagar até o banheiro. A cada passo que eu dava, o incômodo aumentava mais entre as minhas pernas, mas eu tentei ignorar a todo custo até chegar no banheiro. Abri um sorriso, mas ele se fechou ao perceber que o cômodo estava vazio. Franzi a testa não entendendo muito, mas provavelmente o Adam deve ter saído para comprar alguma coisa para comermos.

    Me apoiei na pia e me encarei no enorme espelho. O meu pescoço estava coberto de chupões e tinha uma leve marca de dedos do Adam, eu precisava esconder isso ou a minha mãe pensaria que fui agredida por alguém. Fui descendo o olhar pelo meu corpo e percebi que não estava muito diferente. Eu tinha marcas nos meus seios também e conseguiam ser piores do que a do pescoço. Eu precisava estabelecer um limite para o Adam em relação a esses tipos de marcas, demoram um bom tempo para sumir do meu corpo e eu odiava ter que ficar cobrindo com a base. Virei um pouco a quadril e pude ter a visão da minha bunda e levei um susto ao ver marcas da palma da mão do Adam na minha pele. Oh, Meu Deus! Aquilo estava pior do que o esperado, tinha uma pequena parte que estava roxa de tão forte que ele bateu.

     Eu estava literalmente fodida com o meu corpo. Não iria poder aproveitar muito o resto do verão por conta das marcas. O Adam ainda me pagava!

     Sai do banheiro e soltei uma risada ao perceber o jeito que eu andava. Quando o Adam chegasse, ele caçoaria de mim! Avistei o meu celular em cima do criado mudo da cama e fui até lá, me jogando na cama e pegando o aparelho. Ao ligar a tela, eu vi uma mensagem de voz do Adam, provavelmente avisando aonde ele tinha ido. Coloquei o celular no ouvido e a mensagem de voz se iniciou:

    "— Oi, Mary! Então, não sei o que te dizer, mas digo que sinto muito, não era a minha intenção te deixar sozinha no quarto de hotel. Mas eu fiquei assustado com tudo isso, você disse que me amava enquanto fazíamos amor, não sei se você se lembra, mas eu lembro muito bem daquelas palavras: "eu amo você, Adam". O meu mundo parou, eu não podia continuar fazendo isso com você, sendo um fardo na sua vida. As coisas são bem complicadas para nós dois, não damos certo... Eu sei que disse que faria de tudo por nós, de tudo para dar certo, mas na prática me assusta, não quero que você viva uma vida sem estruturas do meu lado. Você tem sonhos de construir uma família, de ter filhos e vários animais, mas eu não quero isso para mim, e você sabe o motivo. Não quero te desestruturar, então por isso que não vou me despedir. Eu espero que você realmente seja feliz com o Dylan, quero que você realize todos os seus sonhos, Mary, é apenas o meu desejo: ver você feliz. Eu a amo muito, e não posso ser egoísta com você, não quero tirar os seus sonhos para viver comigo. Me perdoa por tudo."

Nossas verdadesWhere stories live. Discover now