Capítulo 30: Você me ama?

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Sarah se afastou de mim, parecendo pensar um pouco, enquanto eu girava aquele frasco entre meus dedos, ansiosa para ter o general nas minhas mãos.

—Tem um rapaz que trabalha na cozinha. Ele normalmente serve o general, já que nenhuma elfa ou humana gosta de servi-lo. —Sarah me olhou um pouco hesitante, enquanto eu erguia as sobrancelhas e acenava para que ela prosseguisse. —Ele faz parte da causa dos humanos também. Se eu pedir, ele pode fazer isso. Mas não contei a ninguém sobre a senhora saber sobre mim e... —Ela engoliu em seco. —Não sei como eles vão reagir se eu disser que a princesa está do nosso lado.

—Você deve contar. Deve avisar a eles. Precisam saber que possuem mais uma aliada aqui. —Afirmei, tentando transparecer calma. —Não entreguei você, Sarah, e fui correndo quando soube o que estava fazendo. Precisar confiar em mim ou não chegaremos a lugar nenhum. Não precisa me dar informações nenhumas sobre os humanos se estiver com medo que eu a traia, mas deveria contar a eles sobre mim.

—Não acho que vá nos trair. Tenho certeza que não. —Ela engoliu em seco, passamos as mãos pelos cabelos ruivos para colocá-los atrás da orelha. —Só quero que eles acreditem quando eu contar também.

—Eles vão acreditar. —Sorri pra ela, piscando para mesma, lhe devolvendo o frasco. —E se tudo der certo, conseguirei informações valiosas até mesmo para quem quer que esteja na liderança dos humanos.

Meus irmãos, pensei. Irei ajudá-los o quanto puder, até que possa me juntar a eles de novo. E eu farei isso, mais cedo ou mais tarde.

—Leve a poção para esse rapaz da cozinha. Precisa ser rápida. Quero falar com o general o quanto antes. —Afirmei, vendo-a confirmar com a cabeça e disparar para fora do quarto.

—Você é uma cobra, sabia? —Violet apareceu de novo, soltando uma risadinha. —Coitados daqueles que ficarem contra você e encontrarem seu veneno.

Eu apenas a olhei, sabendo que ela não estava tão errada sobre mim.

[...]

Levei um susto quando Seth entrou nos meus aposentos por aquela porta que dava para os aposentos dele. Estava com os cabelos bagunçados como se tivesse corrido, além das bochechas vermelhas e a respiração pesada. E aquela gentileza que sempre tinha direcionada a mim tinha sido substituída por algo tenso.

—Onde está a sua acompanhante? —Indagou, olhando pelos aposentos como se a procurasse.

—Ela saiu. —Dei de ombros. —O que você quer?

—O que eu quero? —Ele riu, puxando o livro que estava na minha mão e o jogando sobre a cama, enquanto se inclinava sobre a poltrona onde eu estava, aproximando o rosto do meu. —O que Zion queria com você mais cedo?

—Ah! —Soltei uma risada descrente. —Está com medo de eu o estar traindo com o general?

—Tenho certeza que não está. —Afirmou, abrindo um sorriso muito dissimulado pra mim. —Você me perguntou o que eu estava disposto a fazer por você, Eva. Então acho que sabe o que isso significa.

—A máscara de bom moço está caindo, não é? —Exclamei, erguendo meu queixo para encara-lo. Os olhos dele faiscaram com algo perigoso e frio.

—Não confunda minha gentileza com idiotice. —Rosnou, parecendo ainda mais furioso. —Eu sei muito bem a péssima fama que ele tem no castelo. Posso não conseguir proteger os outros das mãos nojentas dele, mas vou proteger você. 

—Você tentou? —Minha voz saiu quase como um sussurro quando absorvi o que ele disse. —Tentou puni-lo e fazê-lo parar?

—É claro que sim! Que monstro pensa que eu sou para ouvir boatos e não fazer nada a respeito? —Indagou, com algo se suavizando nos seus olhos azuis. —Mas infelizmente eu não sou o rei ainda, Evangeline. Infelizmente meu pai fecha os olhos para a maioria das merdas que ocorrem por aqui. Faço o que posso, mesmo estando sempre de mãos atadas.

O Trono da Rainha Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ