Capítulo 47: Você é minha maldição.

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As coisas aconteceram rápido demais. Fitzy me puxou para me tirar de lá, enquanto Seth se juntava ao rei e o restante dos membros da realeza para falar sobre a punição de Zion. Apesar de querer ouvir cada palavra que seria dita, Zion ainda estava furioso e tentando pular em cima de mim a cada segundo que parava na minha frente.

—Vossa alteza? —Sarah soltou um gritinho de surpresa ao ver o machucado na minha bochecha assim que entrei nos meus aposentos com Fitzy logo atrás. —O que houve?

—O general tentou me matar. —Falei, vendo ela correr para pegar uma poção de cura para o corte que latejava e sangrava na minha bochecha. Me sentei na cama, olhando para Fitzy e vendo que ele me observava com uma expressão carregada. —O que foi?

—Nada. Só estou surpreso. —Ele engoliu um sorriso que ousou escapar pelos seus lábios e eu quase ri daquilo. —Pensei que teria batido nele com o chicote, não que iria... você sabe. Acho que estou um pouco chocado também, vossa alteza.

—Cortar a língua dele? —Falei, quando Sarah estava voltando e ela me encarou com os olhos arregalados ao me ouvir dizer isso. —Bem, eu tinha certeza que ele sairia por aí falando o que não deveria depois do que aconteceu. Então eu resolvi o problema antes que de fato se tornasse um problema.

—Você cortou a língua dele? —Sarah parou na minha frente, completamente assustada e eu soltei uma risadinha.

—E todos os dedos das mãos também. —Fitzy afirmou, fazendo-a soltar uma respiração ruidosa que era uma mistura de choque com uma risada. Podia ver o quanto ela parecia assustada, ao mesmo tempo que muito agradecida.

A porta se abriu, revelando um Seth com uma expressão vaga ao olhar pra mim na cama. Comprimi os lábios, desviando os olhos para o chão quando Sarah começou a limpar meus machucados e então passar a poção de cura, que fez minha bochecha queimar como um inferno.

—A punição ocorrerá no por do sol, na ala dos guardas. Um dos soltados vai ficar encarregado de dar as chibatadas. —Seth afirmou, muito lentamente, avaliando cada reação minha. —Espero que saiba o quanto isso nos coloca em risco.

—Em risco, exatamente, por quê? —Indaguei, olhando pra ele com os olhos cerrados. —Espera que eu em sente aqui e assista ele fazer o que quiser com você e os outros? Espera que eu deixe ele machucar as pessoas com quem em importo porque ele gosta disso? Talvez você ainda não tenha percebido o óbvio, Seth. Eu avisei que não iria ficar quieta. Eu avisei que queria matar o seu pai. —Me inclinei pra frente quando Sarah se afastou, saindo dos meus aposentos junto com Fitzy quando ambos pareceram notar a tensão. —E eu só estou começando.

Seth ficou parado, olhando pra mim com uma expressão estranha. Parecia que ele havia ficado mudo subitamente. Franzi a testa, passando a mão na minha bochecha que ainda ardia.

—Qual é o problema? —Indaguei, vendo-o dar um passo na minha direção e hesitar.

—Você se importa comigo?

Calor inundou minhas bochechas quando me dei conta do que havia falado. Do que havia dado a entender. Seth estava olhando pra mim como se nunca tivesse me visto, mas não estava assustado como no momento que me olhou no jardim, depois de ver o que eu havia feito com Zion.

—Você é meu príncipe consorte, se eu não me importar com você, com quem me importarei? —Afirmei, escutando a respiração fraca que ele soltou, como se não acreditasse no que estava ouvindo. —Você disse que queria uma aliada.

—É isso que está se tornando então? Minha aliada? —Ele caminhou até parar na minha frente, tocando minha bochecha dolorida.

—Isso é você quem decide, Seth. Está me escondendo coisas que não deveria esconder. —Afirmei, sentindo o calor dos dedos dele na minha bochecha, enquanto seu polegar se movia com cuidado pela linha do corte já se curando pela poção.

—Você quer a verdade? —Eu balancei a cabeça que sim, soltando uma respiração pesada enquanto meu coração disparava quando Seth me empurrou até que eu estivesse deitada na cama. —Também me importo muito com você, Evangeline. Tanto que você não faz ideia. —Ele ergueu minha perna até seu ombro, subindo a saia do vestido muito lentamente, enquanto os dedos roçavam pela minha pele, me causando calafrios. —Talvez eu devesse contar tudo a você mesmo. Mas acho que eu deveria agradecê-la primeiro, não acha? Você cuidou tão bem de mim ontem a noite.

Ele beijou minha perna, me fazendo ofegar quando o nariz dele roçou no meu joelho quando ele foi beijando mais e mais pra cima, erguendo a saia do vestido até meu quadril, enquanto seus lábios tocavam o interior das minhas coxas.

Fechei meus olhos com força, arqueando a cabeça para trás e segurando o lençol da cama com força, sentindo meu interior queimar quando ele beijou o lugar que eu mais queimava de desejo. Seus lábios me abriram e me provaram, me fazendo mover o quadril mais em direção a ele, enquanto ele segurava minha cintura para me manter no lugar.

Meus olhos se reviraram e eu soltei um gemido alto, sentindo meu peito subir e descer enquanto ele me lambia e chupava como se fosse a melhor coisa do universo, até eu me desmanchar na sua boca. Ele estava sobre mim no segundo seguinte, abrindo o botão da calça e a abaixando o suficiente para ele se libertar.

—Era isso que queria que eu fizesse quando estávamos naquele labirinto? —Ele segurou minha nuca, puxando meus cabelos de uma forma que fez uma onda de dor percorrer minha coluna, antes de segurar meu quadril com a outra mão e se guiar para dentro de mim, dando uma estocada bruta que fez meu corpo ficar tenso e estremecer.

Ainda estava sentindo o prazer da primeira vez quando ele começou a se mover, saindo até a borda e entrando fundo, forte e rápido, me fazendo morder o lábio para não gritar, enquanto ele segurava minha nuca com firmeza, observando cada reação do meu corpo.

—Você é deliciosa. —Ele gemeu, com o quadril batendo contra o meu com força, quando ele se abaixou e me beijou, mordendo meu lábio e engolindo todos os meus gemidos. Minhas mãos agarraram os ombros dele, o puxando mais para perto. —Você se importar comigo.

—Sim. —Sussurrei com a voz trêmula, mesmo que aquilo não fosse uma pergunta, com o corpo tremendo quando cheguei à beira do abismo pela segunda vez.

—Você se importa comigo. —Ele repetiu, beijando minha testa, minhas bochechas, meus lábios e descendo até meu pescoço, até o decote do vestido, até eu tombar a cabeça para trás, erguendo o quadril de encontro ao dele quando explodi, sentindo-o entrar fundo uma última vez e se derramar dentro de mim. —Você é minha maldição, Evangeline, e eu estou perdidamente apaixonado por você.



Continua...

O Trono da Rainha Where stories live. Discover now