Capítulo 39: Comandante.

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Quando Seth me ajudou a descer do cavalo, dias depois, Sarah estava me aguardando nas escadarias do castelo, da mesma forma que havia ficado quando partimos. Abri um sorriso enorme, indo na direção dela.

—Vossa alteza. —Ela fez uma reverência assim que me aproximei, sorrindo de leve antes de eu a puxar para um abraço apertado. Sarah soltou uma risada, mas me abraçou de volta.

—Senti sua falta. —Afirmei, sorrindo pra ela ao me afastar. —Como estão as coisas por aqui?

—Tudo bem. Algumas coisas aconteceram enquanto esteve fora. —Ela ajeitou a saia do meu vestido. —Temos que conversar.

—É claro. —Eu olhei por cima do ombro, vendo Seth ocupado com os homens que desciam dos cavalos, enquanto Fitzy se aproximava de Sarah e eu. —Vamos para os meus aposentos, eu preciso de um banho e descansar.

Sarah assentiu, me acompanhando até meus aposentos. Sabia que  Seth estava olhando quando entrei no castelo, porque sentia os olhos dele me seguindo por todo caminho até eu desaparecer pelas portas. Segui direto para os meus aposentos, ansiosa para falar com Sarah a sós.

Quando chegando, eu fechei a porta, sabendo que Fitzy logo se colocaria ao lado dela. Então me virei para Sarah, que estava de pé no meio dos aposentos, me observando com uma expressão hesitante.

—Sua majestade está preparando uma pequena confraternização para esta tarde nos jardins. —Sarah se dirigiu até o cômodo adjacente onde ficava a banheira. —Alguns de nós estarão espalhados por lá, trabalhando enquanto observam tudo.

—Me observam, você quer dizer. —Segui ela até a porta, observando ela começar a preparar o meu banho. —Quando eu saí de viagem você disse que teria que se encontrar com eles pra falar sobre mim.

—Bem, sim, eu encontrei com a comandante deles. É meio que a segunda na liderança, entende? —Ela me olhou por cima do ombro, para ter certeza que eu prestava atenção. E eu estava e sabia muito bem quem era a comandante que trabalhava ao lado dos meus irmãos. —Eu falei sobre vossa alteza. Deixei claro que confio na senhora e que é nossa aliada. Muitos ainda estão desconfiados, então...

—Querem me avaliar de perto. —Falei, vendo ela balançar a cabeça que sim. —Ela não quer falar comigo pessoalmente? A comandante? Ou... o líder?

—Ah, eu não sei dizer. —Ela se virou pra mim, parecia um pouco nervosa agora. —Nos que trabalhamos no castelo não sabemos de muito. Apenas passamos informações que julgamos ser importantes. Essa foi a primeira vez que falei com a comandante em pessoa. Mas acho que não. Os líderes jamais se misturam ou revelam seus nomes.

—Entendo. —Eu soltei uma respiração pesada, esfregando minha testa enquanto pensava naquelas informações e na probabilidade de encontrar a comandante ali, ou até mesmo um dos meus irmãos. —Onde você se encontrou com ela? Na casa dos seus pais?

—Ah. —Sarah desviou os olhos e eu percebi que havia algo ali. —Foi aqui no castelo. Não pude ir visitar meus pais. Mas não deve se preocupar, o general não fez nada comigo ou com qualquer outro enquanto esteve fora.

—Fico feliz em saber disso. A propósito, preciso que consiga o antídoto da poção do amor pra mim. —Afirmei, fazendo Sarah soltar o que parecia ser um grunhido de incredulidade.

—Mas, vossa alteza, se der a ele um antídoto, ele se lembrará de tudo que aconteceu quando estava sobre o efeito da poção. Ele saberá o que fez.

—Eu sei. Estou muito ciente disso. —Abri um sorriso pra ela. —Eu sei o que estou fazendo, Sarah. Apenas consiga-a pra mim e faça com que seu amigo da cozinha dê a ele.

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