[CONCLUÍDA]
A vida pra alguns pode ser um quebra cabeça complexo e colorido, com peças aleatórias e disformes, que só se fazem entender, quando o todo da imagem aparece.
Assim era a vida de Louis, um ômega de poucas expressões, e muitas emoções.
O m...
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Harry estava deitado em sua cama, já fazia 3 horas que Louis disse que queria o ver pelado e ele não conseguiu responder nada, ele que sempre tinha resposta pra tudo, geralmente algo de duplo sentido, não sabia o que dizer.
Ele já havia percebido que com Louis tudo era muito literal e as claras. O ômega simplesmente externava o que sua mente desejava. O que era ótimo, o alfa gostava de sinceridade.
Mas ele estava vivendo um limbo de confusão e culpa. Quando Louis disse que queria o ver pelado na mesma hora, uma certa área do seu corpo se animou. E talvez por isso, ele saiu apressado. Ele não deveria estar assim, certo?
Louis era claramente inocente nessa área e no fundo, Harry sentia como se estivesse o coagindo a alguma coisa. Mesmo que o ômega correspondesse seus flertes, involuntariamente. Harry sabia como um ômega excitado ficava e Louis dava os sinais ainda mais claramente.
Enquanto ele tocava sua tatuagem concentrado, seu cheiro ficou mais forte, como se tentasse puxar o alfa até ele. E Harry sabia que Louis só precisava piscar e ele cairia de joelhos.
Louis possuía algum magnetismo que o instigava a querer mais e isso não era bom. Não deveria acontecer. Ele levantou, irritado, não conseguiria dormir. No relógio já passava da 01h00.
Ele foi até a cozinha atrás de um leite quente, quem sabe aquilo não o acalmaria.
Ele colocou o leite para ferver e ficou encarando as chamas azuis baterem na caneca de metal. Ele bufou alto.
- Virou zumbi agora? – O alfa deu um salto ao ouvir a voz da mãe.
- Que susto, mulher. Quer me matar do coração? – Harry falou, enquanto colocava o leite numa xícara e fazia o chocolate.
- Não, mas você não é muito silencioso, leãozinho. Te percebi aéreo nos últimos dias e mais ainda hoje a noite. Qual o problema? – Anne se aproximou, tocando suas costas.
O alfa inspirou.
- Eu quero... – Ele suspirou. - Dormir com uma pessoa. – Harry falou depois de suspirar.
- E... – Anne franziu o cenho, confusa.
- Eu não posso. Com ele não. – O alfa baixou a cabeça, afundando os dedos nos cabelos.
- Você está solteiro, amor. – Anne ainda aparecia confusa.
- Ele não é como ela, como nenhum dos que passaram pela minha vida, mãe. – Harry inspirou e fechou os olhos.
