Luigi e Giuseppe - 1

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Bom dia,

O sol nasceu na Fazendinha...

Como estão? Bem. Ótimo.

Comentem bastante, esse é o início da história do Luigi e do Giuseppe.

Boa leitura!

(Eu imagino o Luigi, assim)

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(Eu imagino o Luigi, assim).

- Ah, Verona. - O ômega exclamou de olhos fechados, sentindo a brisa do verão atingir seu rosto e deu um longo suspiro.

Ele amava a primavera em Verona, as árvores eram sempre frondosas e as ruas eram decoradas pelas belas flores que estavam pelas calçadas. As pessoas sorriam mais gentis e tudo parecia de certa forma mais acolhedor.

Giuseppe estava completando 15 anos, e como nos anos anteriores, não teria bolo ou parabéns. Sua família não tinha tempo pra isso, eles não eram a família mais rica da cidade, mas também não eram a mais pobre.

O pai era dono de uma pequena sorveteria e ela trazia certo rendimento a família. Algo que os fazia ter uma vida sem luxos, mas estável. A questão não era financeira, nunca seria. A questão era Beatrice, sua doce e frágil irmãzinha.

Beatrice tinha 13 anos, era uma garotinha de longos cabelos lisos e castanhos, a pele era clara e o nariz lembrava um botão de rosas prestes a desabrochar. Seus olhos eram de um castanho, quase perturbador de tão escuro. Ela era... diferente, diferente dos outros. Seu comportamento era diferente e esse era um dos motivos da família ter aberto um negócio próprio, trazer estabilidade e liberdade para a menina.

Ela tinha crises de irritação com frequência e em muitas delas só o pai conseguia acalmar a menina, por causa disso, ele perdeu o emprego na firma que trabalhou por muitos anos.

Beatrice as vezes fincava a unha nos braços a ponto do sangue escorrer e sua expressão, se mantinha neutra, ela não sentia absolutamente nada. Era como se ela fosse imune a dor. Além do vocabulário bem escasso, ela falava pouquíssimas palavras, além de balbucios e gritos. Ela também não olhava nos olhos, eles estavam sempre focados no céu, no azul do céu.

Beatrice era apaixonada pela cor do céu, tanto que uma das palavras que ela dizia era:

- Azuuuul... - Ela cantarolou, apontando pro céu acima dos dois. Giuseppe sorriu e abraçou a irmã, acariciando seus fios.

- Sim, é azul. Eu também gosto de azul. - Ele falou e a menina se aconchegou em seus braços, balançando suavemente o corpo pra frente e pra trás, como ela fazia desde pequena.

Mais cedo, Giuseppe saiu para caminhar e a irmã correu atrás dele, gritando: Pepeeee. Ele não conseguia deixá-la pra trás desde que eram pequenos, então a levou e por isso ambos estavam sentados no gramado de uma praça, olhando o céu.

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