48 | Incredible Parents

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HADES LEWIS

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HADES LEWIS

Scarlett fez uma promessa que nem eu mesmo faria, prometer a Kenny que estaremos aqui para sempre. A verdade é que nunca sabemos o dia de amanhã, nunca sabemos se até mesmo haverá um amanhã. Mas ela prometeu mesmo assim.

Kenny estava dormindo tranquilamente. Podíamos escutar apenas o som de sua respiração no recinto. Scarlett e eu nos encaravamos em silêncio, às vezes deixa anos escapar alguns sorrisos bobos. Era para nossa vida ser perfeita, era para estarmos focados em nosso casamento, em nossos futuros filhos.

Mas desde que nos conhecemos temos essa vida, essa sequência de tragédias. Eu conheci Scarlett quando ela estava destruída, quando ela estava tentando se reerguer. Ela me conheceu quando eu estava no fundo do poço, sem emprego, sem casa, sem rumo. Ainda não sei como nós apaixonamos tão rapidamente, como nós entregamos a isso. Como dependemos um do outro tão desesperadamente.

Depois que ficamos juntos, as coisas pareciam que iriam melhorar. Mas sempre pioravam, sempre havia alguém ou alguma coisa. Sempre houve Stella, Pablo, Dylan, Dylan de novo, Pablo de novo. Sempre houve algo para nos afastar.

— Acho que não somos destinados a ficarmos juntos — murmurei, tentando não acordar Kenny. Mas também, não conseguindo me manter em silêncio por muito mais tempo.

Ela fez uma careta, pensando calmamente em minhas palavras. Seus cabelos escuros e ondulados enfeitam seu rosto. Uma mecha ondulada cai lentamente sobre seu rosto, fazendo com que minha atenção fosse roubada. Logo meus olhos estavam em seus lábios, e depois em suas bochechas rosadas. Mesmo com os anos passando, Scarlett não mudou muita coisa. O cabelo ainda é o mesmo, e dou graças a Deus por isso. Seu rosto angelical ainda continua, mesmo que ela tenha ganhado alguns poucos traços de uma mulher. Seus olhos ainda são os mesmos, e ainda fazem eu me perder toda vez que os encaro.

— O universo está tentando nos afastar a qualquer custo, não é? — ela sorriu, eu sorri junto. Mas sorri pelo tom doce de sua voz.

— Coitado dele, nunca conseguirá ter sucesso. — Entrelaçamos nossas mãos. — Acho que ao mesmo tempo que isso é exaustivo, é bom, pois aconteça o que acontecer... Sempre estaremos juntos.

Ela balançou a cabeça em afirmação.

Ainda me lembro das primeiras palavras que disse quando coloquei meu pé naquela casa. Eu disse, "não se preocupe quanto a isso". O "isso" era não me apaixonar por Scar. A primeira e única regra de Magnólia era jamais chegar perto da enteada dela, jamais me apaixonar ou fazer Scarlett se apaixonar por mim. Ela dizia que eu não podia corromper Scarlett, pois ela era uma garota pura e inocente. Estava tão enganada quanto a ela.

Na primeira semana, essa garota ficou pelada na minha frente e literalmente rebolou no meu pau. Implorando para que eu fodesse com ela. Scarlett se mostrou o oposto do que Magnólia havia dito, ela era um demônio. Diferente do que sua aparência angelical entregava.

Levantei devagar, deixando seu olhar curioso me guiar. Deixei a porta do quarto aberta e desci as escadas, esperando que ela venha atrás de mim. E ela vem, depois de alguns segundos.

— O que veio fazer aqui? — pergunta, debruçada sobre o mármore da mesa da cozinha. Enquanto eu pego tequila, sal e limão. Começando a preparar uns drinks para nós dois. — Não acha que está muito tarde para beber? — ela ergue uma sobrancelha.

— Acho que merecemos brindar a isso, ao nosso futuro casamento. A nossa vida juntos. Merecemos brindar por estarmos conseguindo passar por tudo isso juntos, amor — falei, entregando a ela a meia taça com bebida alcoólica e sal nas bordas. Ela fez uma careta, mas aceitou e logo sentou-se no estofado confortável. Sentei na outra ponta, deixando que ela esticasse seus pés para que eu fizesse uma massagem.

— Está sendo cansativo, muito cansativo. E na maioria das vezes eu não faço ideia do que fazer, apenas faço. Principalmente quando se trata de Kenny. Fico pensando em mim coisas que posso falar para confortá-lo, mil coisas que posso fazer para deixá-lo feliz e no final... No final sempre acabo improvisando.

— Não estávamos preparados para isso, amor. Desde o primeiro dia. Cuidar de uma criança é difícil mesmo. Ainda mais nessa situação. Mas nós estamos juntos, e isso torna as coisas mais fáceis.

Scarlett sorriu, bebericando seu drink.

— Só quero estar fazendo a coisa certa na criação dele — ela disse, soltando uma respiração pesada. Como se agora estivesse se sentindo mais leve. — E tenho certeza que estamos fazendo tudo certo. Estamos criando Kenny do melhor jeito possível. Ele é tão educado, e fofo. Ele conversa sobre tudo e é compreensível. É difícil encontrar crianças assim hoje em dia.

Balanço a cabeça em afirmação, subindo as massagens para suas pernas. Sentindo a tensão aliviar nessa região.

— Somos ótimos pais, e quando tivermos nossos filhos... Continuaremos sendo pais incríveis. — Lancei-lhe um sorriso malicioso. Scarlett sabe que eu quero ter um filho com ela. Agora não é o momento. Mesmo que faça alguma meses que Magnólia e Pablo morreram, ainda não nos sentimos preparados. Ainda não curtimos o nosso noivado, e queremos aproveitar bastante esse momento. Mesmo com todo o fardo que precisamos carregar, ainda sim não vou deixar nada estragar o que há entre nós dois. Scarlett e eu nos encontramos após quatro anos longos, intermináveis. Mesmo com todo o caos que estava nossas vidas, decidimos ficar juntos.

Decidimos nos perdoar por coisas do passado, seguir em frente pois precisávamos um do outro. E ainda precisamos. Eu sei, isso é dependência demais. Mas eu amo Scarlett mais do que a mim mesmo, eu estaria disposto a tudo por ela. A matar, a morrer, a viver.

Não há nada neste mundo que eu não faria para ver a minha garota sorrir.

— Se eu bem conheço você, está pensando algo caliente — ela enrolou a língua ao dizer a última palavra. Eu sorri, não estava pensando em nada demais. Mesmo que minhas mãos agora estejam em seu par de coxas, massageando lentamente. Subindo devagarinho.

— Não estava pensando em transar com você aqui mesmo, te foder em várias posições enquanto você geme meu nome — murmurei em tom baixo, terminando com o último gole da minha bebida.

Observo suas bochechas ganharem uma coloração vermelha, ela abaixa o olhar para o volume em minha calça de abrigo. Esboço um sorriso, começando a engatinhar até ela. Ficando por cima, sentindo sua respiração ficando irregular. 

— Percebes-se que suas intenções eram as melhores — sussurrou, mordiscando o lábio inferior. Deslizando a língua quente pelo meu pescoço.

Coloquei sua calcinha de lado, acariciando seu ponto "G" . Sentindo Scarlett começar a ficar molhada, sentindo sua respiração quente e ofegante em meu pescoço.

Inimigos Não Se Apaixonam |Em Pausa|Where stories live. Discover now