Capítulo 41.

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Votem e comentem, conto com vocês!!
Dois dias depois.
Paola.👸🏾

Faz exatamente 48h que eu tô aqui, e até então, não conseguir ver o bofe. Acreditam??? Pois nem eu, cara.

Minha mãe está em uma putaria só, dizendo que ele não tá acordado, então não tem necessidade de eu ir. Mas porra, quero vê-lo, só me certificar que ele realmente tá vivo!

Falo com a Inara toda hora, ela liga praticamente o dia todo pra saber como ele tá. Mas o Diablo ainda não liberou que a família dele posso vim. Ou seja, eles estão nessa ansiedade assim como eu né???

Fico o tempo todo assistindo, ou tentando destruir um pouco a mente e as vezes me pego pensando.... "Por causa de que eu tô me importando tanto?"

Sério, não vejo sentindo nisso! Quase não durmo, não estou nem me alimentando direito e nem consigo conversar com ninguém! Tô com a cabeça a mil, mesmo sabendo que ele tá vivo, estou muito preocupada de algum ruim acontecer... Ainda tem essa possibilidade né?

Pô cara, o bofe fez a cirurgia em uma casa qualquer com pessoas que se dizem profissionais da saúde mas nem sabemos se de fato são.

Daria tudo pra levar ele no hospital, sei lá, fazer um exame pra ver se real tá tudo bem, mas nem posso supor que todo mundo diz que ele preferia morrer do que ser preso.

Aí eu fico nessa né? De não saber o que sentir, não entender meus sentimentos da fato. Só sei que, eu me importo com aquele infeliz e não quero nem imaginar como seria se ele realmente tivesse morrido.

A sensação de quase perdê-lo foi péssima e eu não desejo pra ninguém! Ninguém mesmo, cara.

Paula: Paola, vem cá garota! Vou ter que dá uma saída, pô.

Paola: Ué, vai onde cara???

Paula: Vou lá em baixo comprar umas coisas... O Nicolas precisa dessa medicação aqui, as 10h. Não esquece, por favor! Vou te ligar pra lembrar.

Paola: Aí cara, eai? Como vou dar esse medicamento?

Paula: Tá tudo preparado já, ele já tá no soro... Aí é só você trocar, tendeu? — neguei com a cabeça.— Vem que te mostro!!

Ela foi me puxando em direção ao quarto e eu respirei fundo né. Esse vai ser de fato a primeira vez que eu vejo dele depois de tudo. Aí cara, fiquei nervosa mesmo.

Quando entrei, o quarto estava super gelado e ele deitado em literalmente uma maçã de hospital. Estava com vários equipamentos cara, surreal. Se eu não soubesse que era a minha casa, confundiria com um quarto de hospital.

Ele estava deitado, com os olhos fechados mas ainda dava pra ver os machucados. O olho estava menos desinchado, porém, ainda estava roxo e havia um corte em seu supercílio.

Paula: Aqui, filha! Você só vai precisar trocar. Tira o soro, e encaixa o medicamento! Entendeu? Fácil.

Concordei com a cabeça e ela abriu um sorriso fraco. Eu voltei a encara-ló com aquela dorzinha aguda sabe??? Não sei explicar, só sei que queria que ele acordasse logo.

Paula: Logo logo ele acorda, amor. Geralmente pela gravidade e pela cirugia, é normal ficar desacordado por alguns dias. Principalmente por causa dos medicamentos fortes.

A mona parece até que leu meus pensamentos, puta que pariu!!! Que doideira cara, minha mãe é muito sensitiva, papo reto mesmo... Por isso que eu digo que não tem como esconder nada dela, nada mesmo!!!

Saiu do quarto e eu nem ouvir o que ela disse, só parei de frente pra maca que ele estava e fiquei encarando. Filho de puta, quase morre cara... Imagina só??? Logo ele que se diz tão inabalável, está aí, todo frágil em cima de uma cama.

[...]

Fiquei por lá mesmo, esperando da a hora do remédio do bofe. Quando vi minha mãe ligando, já atendi correndo e ela me explicou mais uma vez.

Troquei com todo cuidado do mundo, do jeitinho que ela me ensinou né? Também, não tinha muito mistério. Era um intravenoso, só tirar o soro e colocar o remédio, só isso!!

Resolvi ficar por lá, mesmo depois de ter trocado a medicação. Estava meio insegura de deixar ele sozinho. E se o bofe precisa de alguma coisa????? Se ele acorda, e não ver ninguém???? Uó!

Coloquei o fone, e fiquei sentada do lado da cama mexendo no telefone. Minhas redes sociais estão super paradas essa semana, uó. Mas real não tenho cabeça pra nada agora.

Nem o bofe lá, eu estava respondendo direito. Ele até me chamou pra almoçar ontem, mas inventei um desculpa e falei que essa semana não iria dar pra gente se ver.

Confesso que como, gosto de ficar com ele. Bofe é gente boa demais, me trata feito princesa pô. Faz tudo pra me agradar, real. Fora que é de boa família também né??? Isso conta muito pra mim.

Penso sim, em ter algo mais sério com ele. Mas eu nunca namorei, então não sei como seria né? E também, tem esse infeliz do Nicolas, que insiste em ficar na minha cabeça! Aí, que ódio. Eu só queria mesmo esquecer da existência dele, mas não consigo.

A gente nunca, nunca daria certo e eu tenho consciência disso. Somos muito incompatíveis, sabe????? Surreal. Mas de qualquer forma, eu gosto e me importo com ele. Isso que me deixa mais confusa. Não sei o que sentir, quando se trata dele.

É uma mistura louca de ódio, tesão, carinho... Não sei nem o que é de fato mais forte, só sei que a conexão e a tensão que nós temos é surreal. Nunca tive isso com ninguém, e acho que nunca terei.

Não se trata só de sentimento, é uma parada a mais, coisa de outro mundo. Acho que só quem já sentiu isso por alguém, sabe...

Farrat: Caralho...

Eu quase pulei da cadeira quando ouvir a voz do bofe. Estava tão perdida em pensamentos, que não tinha visto que ele tinha acordado, e ainda estava sentado na cama.

Levantei correndo e fui até ele né? Bofe não pode levantar ainda, eu hein. Que loucura! Não sei nem como ele conseguiu sentar depois de levar um tiro no peito.

Paola: Você acordou!!! Aí meu Deus, tenho que ligar pra minha mãe.

Farrat: Coé cara, tá fazendo o que aqui? — perguntou, com dificuldade.— Que isso, eu tanto de fio é esse preso em mim? Tira isso aqui, na moral. Bagulho tilt.

Paola: Que tirar o que, garoto? Tem que ficar, é medicamento! — encarei ele.— Deita, deita logo! Você não pode se mexer muito.

Ele aparentemente estava bem, mas sei que estava sentindo dor né? Tenho certeza disso.

Farrat: Que isso... Tô vivo cara? Achei que ia morrer, papo reto.— ajudei ele a deitar.— E tu tá fazendo o que aqui? Ainda não me respondeu.

Paola: Você tá na minha casa, ué!!

Ele ainda não tinha parado pra reparar o quarto né? Então eu fui explicando o que tinha acontecido, inclusive o fato de ele ter ficado literalmente dois dias desacordado.

Estava um pouco desnorteado e a ficha dele demorou um pouco pra cair. Quando ele percebeu que tinha levado um tiro, ficou puto, começou a xingar e dizer que ia matar não sei quem, e eu calada né? Aiai...

Paola: Agora você vai vai matar ninguém, garoto! Vai ficar aqui, deitado, descansando. Você quase morreu por causa de nada, e ao invés de querer se recuperar, você tá pensando em vingança???? Aí, me poupe! Fica na sua, pelo amor de Deus.

Destino Implacável.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora