Rosamund estava muito animada para ir para a creche. Todos haviam feito um ótimo trabalho com ela deixando claro como seria divertido conhecer outras crianças da idade dela e fazer várias atividades diferentes.
No entanto, no fundo estavam todos apreensivos sobre como seria aquela experiência e já sentindo pelo tempo que passariam sem a menina por perto. John desmarcou todas as consultas da manhã para acompanhar a filha, mas mesmo assim Audrey fez questão de estar presente.
— Que menina mais linda! — exclamou ao ver Rosie com o vestidinho de lã azul marinho e golinha branca combinando com os sapatinhos de verniz preto com fivela e a meia-calça branca com borboletinhas em relevo.
— Audie! — A pequena correu para perto da babá e levantou os braços esperando pelo abraço que veio em seguida.
— Animada para ir para a escola? — quis saber Audrey abaixada na frente dela.
— SIM! — Rosie comemorou animada.
— É muito longe, John? — perguntou ela para o amigo que segurava uma mochila infantil em forma de abelha. Presente do padrinho.
— Não, podemos ir andando — respondeu o pai tentando conter a emoção vendo a filha já tão crescida.
— Não chora — disse Audrey sem emitir som, apenas gesticulando com os lábios.
John sorriu de volta com os olhos brilhando por conta das lágrimas que ele se esforçava para conter.
— Melhor irmos andando — disse o pai abrindo as alças da mochila e ajeitando o objeto praticamente vazio sobre os ombros da filha quando ela se aproximou.
Tudo o que ela precisava levar era uma garrafinha com água e uma toalhinha de mão, ambos igualmente identificados com o nome dela, e uma muda de roupa em caso de algum imprevisto. O restante necessário seria oferecido pela creche particular.
O trio desceu para o térreo da casa e saíram caminhando de mãos dadas pela calçada. Rosie foi entre os dois com John segurando sua mão esquerda e Audrey a direita. A menina hora andava, hora saltitava de tão empolgada com o que estava por vir.
A creche realmente não ficava longe da casa de John e foi preciso apenas contornar o quarteirão para os três chegarem ao prédio muito colorido e organizado. Rosie ficou encantada com o pátio com o chão todo decorado com pinturas infantis e foi tranquila com a professora que veio buscá-la se despedindo sem chorar de Audrey e John.
O mesmo, no entanto, não aconteceu com os dois adultos que perceberam estar com lágrimas nos olhos quando voltaram para a calçada. Eles riram um do outro e a mulher deu um beijo carinhoso no rosto do amigo antes de limpar as lágrimas que desciam pelo rosto dele com delicadeza.
— Obrigado pela companhia — agradeceu ele.
— Eu sempre vou estar aqui para cuidar de vocês — garantiu Audrey. — Só me afastaria caso você não me quisesse mais por perto.
— Esse dia nunca vai chegar. — John sorriu.
A mulher sorriu e o amigo entrelaçou seus dedos com os dela e eles seguiram de mãos dadas de volta para casa de John. O combinado era que Audrey esperaria ali mesmo até o horário de saída de Rosie.
Não havia motivo para voltar à Rua Baker já que provavelmente ficaria reclusa em seu quarto enquanto Sherlock recebia clientes na sala. Apesar de já se sentir cada vez mais à vontade com a rotina do detetive, Audrey ainda se incomodava um pouco com a presença de gente desconhecida.
Assim que terminaram de comer alguns sanduíches na hora do almoço, acompanhados pelo café preparado por John, a mulher tentou inventar coisas para fazer enquanto esperava o tempo passar depois que o amigo foi para o hospital trabalhar, já que como de costume, não havia nada bagunçado na casa.
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YOLO - Só se vive uma vez
FanfictionDr. Watson disse certa vez que normal e bem são termos relativos quando se trata dos Holmes, e o mesmo parece valer para quem frequenta o 221B da Rua Baker. Rosie iniciou a vida escolar, ainda contando com sua babá, Audrey, que conseguiu um lugar pe...