O namoro de John e Clarisse continuava se desenvolvendo bem e já estava para completar dois meses contrariando a previsão de Sherlock de que duraria pouco. O detetive chegou à conclusão que havia subestimado a teimosia do amigo, que levaria aquele relacionamento adiante, mesmo não sendo com a mulher que o atraía mais.
No dia seguinte ao término de Audrey, John chegou à Rua Baker com uma caixa com seis dos doughnuts favoritos da amiga da loja Doughnut Time os quais ele permitiu que ela dividisse com Rosie enquanto as duas passaram a tarde toda em frente à TV vendo filmes.
A sintonia das duas, no entanto, era o que mais fazia John pensar em seu relacionamento com Clarisse. Apesar de não maltratar a menina, sua namorada não fazia questão de ter muita intimidade com Rosie e, além de não interagir com ela tanto quanto Audrey, a mulher havia proposto mandar a criança para estudar em um internato assim que tivesse idade.
Aquilo pegou o homem desprevenido, e a mulher logo desconversou ao perceber o incômodo dizendo ser apenas uma ideia e que ela estava apenas pensando no melhor para Rosie.
O fim inesperado, entretanto, veio por parte de Clarisse. Era mais uma manhã que ela acordava ao lado de John em seu apartamento depois de um jantar e uma noite de sexo, quando tomou a decisão. A mulher se virou de lado na cama e ficou admirando o corpo nu do homem parcialmente coberto pelo lençol.
Estava um pouco triste por ter que tomar aquela decisão, mas não queria se envolver daquela maneira e o namorado já mostrava sinais de que faria a proposta para avançar a outro nível de comprometimento.
— Bom dia, — disse John com um sorriso no rosto ao perceber que estava sendo observado.
— Bom dia, — a mulher retribuiu o gesto e deitou seu corpo sobre o dele antes de beijar o namorado com desejo.
— Acordou animada — comentou ele.
Clarisse apenas sorriu e o beijou mais uma vez. O casal não conversou mais e deixou o momento se estender com as carícias cada vez mais intensas até consumarem o ato. John ficou feliz com sexo matinal e aparentemente podia dizer o mesmo da namorada quando ela finalmente levantou da cama para um banho rápido antes de ir para o trabalho.
— Quer que eu te deixe no hospital ou em casa? — perguntou ela quando voltou para o quarto e encontrou John terminado de se vestir.
— Em casa, — respondeu ele. — Só tenho pacientes na parte da tarde hoje.
— Tudo bem, — continuou ela caminhando para o closet com a toalha em volta do corpo para os respingos d'água não caírem no chão. — Assim que eu terminar de me arrumar, a gente sai.
— Quer que eu prepare o café? — perguntou ele.
— Ah, John, me desculpa, mas o tempinho a mais que ficamos na cama me deixou muito atrasada — respondeu ela enquanto o vestido descia pelo seu corpo. — Se importa se a gente sair sem café?
— Isso não faz nada bem à saúde.
— Eu sei, doutor Watson — disse ela de forma irônica voltando para o quarto. — Prometo que vou comer alguma coisa assim que chegar ao escritório.
Os dois trocaram um beijo rápido e saíram da casa. A mulher foi direto até o endereço de John e se despediu com um beijo mais demorado antes dele sair do carro. Assim que o namorado fechou a porta, ela o chamou. Clarisse estava irredutível. Não havia saído de um casamento para entrar em outro e havia percebido que essa era a intenção dele.
— Eu vou precisar sair da cidade por alguns dias, para acompanhar a venda de uma casa no campo, e quando voltar, acho melhor a gente não se ver por uns tempos.
YOU ARE READING
YOLO - Só se vive uma vez
FanfictionDr. Watson disse certa vez que normal e bem são termos relativos quando se trata dos Holmes, e o mesmo parece valer para quem frequenta o 221B da Rua Baker. Rosie iniciou a vida escolar, ainda contando com sua babá, Audrey, que conseguiu um lugar pe...