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Era mais um domingo comum de quarentena na casa da família Holland, não tão comum, pois o barulho que estavam fazendo naquele momento era de deixar qualquer um complemente louco, principalmente quando você está prestes a ter um bebê e dormir ainda é um luxo que você pode ter.
Sua sogra, Nikki, tentava controlar todos os garotos no andar debaixo, o que estava parecendo um grande desafio para a mulher ruiva. Você achava completamente engraçado pensar que a qualquer momento Tom, que estava rindo e gritando no andar de baixo, se tornaria pai, mas você sabia que ele seria incrível nesta missão de qualquer jeito.
É dia trinta e um de maio e você está com trinta e oito semanas de gestação, o que significa que a qualquer momento pode acontecer de o bebê querer nascer, vocês se acostumaram com a idéia, porém há meses atrás foi definitivamente um susto imenso, mas logo a sensação de terror deu espaço a grande alegria de ter um novo bebê ali no meio daquela boa bagunça.
── Alguém aqui ainda se lembra que eu estou grávida? ── você perguntava enquanto descia as escadas com todo o cuidado do mundo.
── É meio difícil não lembrar, olha o tamanho da sua barriga. ── Harry disse do outro lado enquanto ria.
── Olá, querida, conseguiu dormir? ── Tom perguntou e te abraçou sorrindo.
── Só por umas três horas. ── fez careta.
── Isso é muito, você não vai conseguir mais que isso em alguns dias. ── Dom te olhou rindo.
── Veja pelo lado positivo, querida, é só um bebê. ── Nikki riu, se referindo ao fato de já ter tido gêmeos e ter tido trabalho em dobro, ela então te ajudou a se sentar no sofá.
Você riu enquanto os observava tendo uma conversa sobre noites em claro em que eles acabaram começando, era adorável como aquelas pessoas receberam tão bem. Então, em algumas poucas horas seria o aniversário de Tom e todos estavam animados para isso, você principalmente, não queria estar em um hospital longe deles, mas também queria que seu menino estivesse aqui para a alegria completa de todos.
── Falta uma hora! ── você exclamou animada para Tom que estava do seu lado na cama.
── Ei, sim! ── Tom riu tentando parecer tão animado quanto você estava.
── Isso soou tão desanimado, querido. ── soltou uma risada nasal e revirou os olhos, se recostando nos travesseiros outra vez.
── Eu só queria que o bebê estivesse aqui, seria legal. ── te olhou e passou a mão em sua grande barriga.
── Oh, ele logo estará aqui, amor.
Você não disse, mas durante todo o dia sentiu pequenas contrações, que agora pareciam estar um pouco mais fortes, e faltando uma hora para o dia primeiro de junho você sentia que era o grande dia, não só o dia que o amor da sua vida havia nascido, como também o dia em que seu bebê nasceria. No entanto, o seu sono foi maior que a vontade de permanecer acordada por mais uma hora e maior que a dor que estava começando a se intensificar.
