Capítulo XIV

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≈Amanda•

Acordo deitada na maca do hospital e encontro os olhos aflitos da Dona Wilma.

— O que aconteceu?

— Você desmaiou Amanda.

Olho confusa ao redor e vejo o momento em que Lauren atravessa a porta.

— Amanda, boa tarde.

— Oi Lauren, nem tão boa assim.

— Verdade, você nos deu um susto. Quando foi a sua última refeição?

— Ontem a noite.

— Pode ser por isso, você está de plantão hoje?

— Sim.

— Recomendo que você descanse, fiquei sabendo que a madrugada foi intensa. Vou avisar na UTI para o medico de sobreaviso.

— Obrigada, Lauren.

— Pedi um almoço pra você, vou colocar um soro para hidratação.

— Tudo bem, obrigada.

Lauren sai e dona Wilma me olha.

— Que dia, só falta você também estar doente, querida.

— Não estou não dona Wilma, é somente uma queda de pressão. Deve ser pela falta de alimentação e do nervosismo.

— Sei!

Lauren retorna com uma cara esquisita e me olha profundamente.

— A senhora pode dar licença um momentinho? Gostaria de conversar com ela.

— Claro, vou ver o Antônio.

— Obrigada, dona Wilma.

— Imagina, querida.

Dona Wilma sai do quarto e Lauren fecha a porta.

— Amanda, a Alice me informou que isso aconteceu hoje cedo também e que você teve outros episódios, você corre o risco de estar grávida?

— Não, eu tenho DIU. Deve ser só pela falta de alimentação mesmo.

— Quando foi a sua última menstruação?

Puxo na memória e lembro que foi antes de conhecer Antônio, então faziam mais de 2 meses.

— Há quase três meses.

Lauren arregala os olhos.

— Calma, mas é normal, minha menstruação não é completamente regular, sempre atrasa alguns dias. Ainda mais quando estou muito estressada. Teve a viagem, a descoberta da doença, medos.

— Amanda... alguns dias não são três meses.

— Quase três meses.

— Amanda, você é médica. Sabe o que isso significa.

— Lauren eu tenho DIU.

— E você sabe que DIU também falha.

— Para de tentar me assustar, eu não estou grávida.

— Vou pedir um BETA por via das dúvidas, até mesmo para sabermos o que podemos te medicar ou não.

Respiro frustrada, eu tinha certeza que não estava grávida. Além da queda de pressão eu não tive nenhum outro sintoma. Nada.

— Está bem, mas só para jogar na sua cara que eu não estou grávida.

— Bom, espero que você esteja certa então.

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