≈Amanda•
Os dias passam voando. Dona Wilma vai embora e em uma semana o apartamento do Antônio é vendido. Conseguimos agilizar os detalhes do apartamento para a mudança.
Eu estava no quarto organizando minhas últimas coisas para levar ao apartamento. Antônio já estava lá com algumas pessoas e outros homens empacotavam minhas coisas. Meu celular toca.
— Oi, mãe! Tudo bem?
— Oi, filha! Tudo bem e com vocês?
— Tudo ótimo mãe, terminando as coisas da mudança. - sorrio e vejo meu pai tomar o celular.
— Esse cara nem pediu sua mão pra mim e já está casando?
— Oi pai - reviro os olhos - não estamos casando pai. Temos dois apartamentos e ele vive aqui, só unimos as coisas. Diminuímos os gastos.
— É assim que começa, já te engravidou, agora está indo morar junto e nem falou comigo.
— Pai!
— Tá bom, Emanuel. Me da aqui. - minha mãe toma o celular da mão dele. - desculpa filha, um beijo, qualquer coisa me liga.
— Obrigada mãe, beijo.
≈Antônio•
Ouço a conversa do corredor e sinto meu peito apertar. Queria fazer tudo certo. Queria pedir a mão dela para o pai, ver ela caminhar pra mim de noiva. Tinha a certeza que É ELA. A inversão dos nossos passos me embrulhava o estômago. Queria ter tempo de fazer tudo certo.
— Amor? - grito pra ela saber que estou chegando.
— Oi, no quarto!
Entro e vejo ela fechando mais uma mala de roupa.
— Tudo bem?
— Tudo!
— Essa é a última?
Amanda concorda e levo a mala para um dos rapazes da empresa. Nos despedimos do apartamento e vamos de uma vez para o nosso lar. Levamos um dia inteiro com algumas pessoas organizando tudo e ao término do dia estávamos os dois mortos.
Puxo Amanda para o sofá e nos deitamos relaxando.
— Nossa primeira noite oficialmente.
— Precisamos registrar isso!
Tiramos uma foto no sofá da sala.
— Quero registrar mais momentos nossos.
— Para amor, você fala como se fosse uma despedida.
— Eu quero deixar memórias pra vocês.
— Eu quero que vocês façam memórias juntos.
Sinto meu peito apertar.
— Eu tento não pensar nisso, mas é mais forte do que eu.
— Antônio, você não vai morrer. Eu te proíbo disso!
Dou risada pela forma como ela fala.
— Quero muito obedecer essa ordem.
Vejo o e-mail notificar no celular dela e vemos que é o resultado da sexagem. Nos olhamos por alguns segundos.
— Vamos abrir? - Amanda pergunta.
— Vamos? Você não quer festa?
— Não! É o nosso bebê, é o nosso momento.
Sinto a força da frase dela e como ela já é uma leoa com o nosso bebê.
— Então abre.
Lemos o exame e sorrimos confirmando o que sempre soubemos.
ŞİMDİ OKUDUĞUN
A Cura
Hayran KurguA cura é muito mais do que o objetivo, é se permitir viver a plenitude do processo. Quando Antônio descobre que está doente, ele perde todas as certezas da própria vida. Quando Amanda sofre uma grande desilusão, ela resolve ser livre. Um em busca de...