Capítulo XLVI

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≈Antônio•

Por que você não me impediu? - Amanda falava com as mãos na cabeça rodando no quarto com um roupão parcialmente aberto - você deveria ter dito não.

— Amor...

— Amor é o caralho, você deveria ter me impedido. Eu não vou conseguir. - as mãos dela tremiam e os olhos estavam assustados.

— Amor, você vai conseguir. - eu sorria observando.

— PARA DE RIR! PARA DE SORRIR. EU NÃO... - ela respira frustrada - EU NÃO VOU CONSEGUIR!

— Ei - me aproximo e guio o corpo dela até a cama - você vai conseguir... talvez você só precise respirar um pouco.

Ela me olha apavorada. Faltavam cerca de quatro horas para o simpósio, eu havia levado Aurora para a casa de Luana e quando retornei a encontrei completamente histérica.

— E se eu errar? E se eu cometer uma gafe? São pessoas com tanta experiência. - os olhos dela estavam marejados e as mãos tremiam.

Me ajoelhei na frente dela.

— Olha pra mim - peço com a voz baixa e ela atende - você - aperto o pé dela em uma massagem - vai - subo a mão para a panturrilha fazendo ela fechar os olhos e respirar fundo - conseguir - massageio atrás do joelho em uma zona erógena que mexia com todo o corpo dela. Vejo ela morder os lábios e respirar fundo suspirando baixinho.

Continuo a massagem vendo o corpo dela relaxar e logo em seguida se jogar na cama. Beijo as coxas dela esfregando a barba e assisto a pele adquirir um tom rosado um pouco mais forte. As mãos dela buscam meu cabelo de um jeito que nós dois amávamos e eu sei que esse é o meu sinal verde para avançar.

Ajeito as pernas dela nos meus ombros, passeio com os lábios pela zona sensível da virilha, mordendo de leve e esfregando a língua, o que faz ela exagerar no tom do gemido.

— Ainda bem que Aurora não está em casa - brinco vendo ela me olhar como quem diz "cala a boca".

Sorrio instigando a pele e vendo o corpo dela clamar por prazer. Deixo meus lábios sentirem o sabor dela e constato que, como sempre, era o melhor banquete que eu já comi.

Amanda respira forte e aperta o edredom da cama quando a invado estimulando um ponto específico por dentro ao mesmo tempo que a sugo com desejo.

Não demora muito para o gemido aumentar e eu sentir ela me pressionar e pulsar revelando o orgasmo.

O corpo dela relaxa na cama e a respiração descompassada mostra que todo o nervosismo foi embora.

— Quem precisa de ansiolítico quando se tem... - ela sorri me olhando - isso.

— Obrigado pelo elogio, doutora. - dou risada beijando os lábios dela - vem, vamos tomar outro banho, quero assistir você sendo incrível.

Ela sorri dengosa, retiro minha roupa e a levanto com carinho carregando até o chuveiro. Tomamos um banho rápido e ela parece muito mais animada.

≈Amanda•

A palestra sai muito melhor do que eu imaginava, abordo temas como Medicina nas redes sociais, como conciliar a maternidade e a medicina, além de contar um pouco da minha experiência como médica de UTI.

No cocktail pós evento sou convidada para palestrar em outras duas universidades e assisto um Antônio sorridente e orgulhoso conversar com outras pessoas.

Ter o apoio dele era fundamental e incrível, muito mais do que eu esperava. Saímos do evento algumas horas depois e ligo para Luana avisando que estávamos a caminho.

A CuraWhere stories live. Discover now