Capítulo XI

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≈Amanda•
Eu sabia que algo estava errado. Sendo médica eu sabia exatamente o que era uma virose e o que era algo mais grave. Mas ele não estava me contando e eu não queria invadir o espaço.

Ao passo que as palavras do meu ex ressoavam na minha mente... "você só tem empatia pelos seus pacientes". Eu queria mostrar que não, eu queria mostrar a Antônio que eu me importava, que eu queria cuidar e estar com ele. Mesmo sem nos envolvermos amorosamente. Mesmo como amigos. Mas eu me contive. Aguardei por dias que ele me contasse. Por mais que ele dissesse que estava melhor, que havia tomado os remédios que eu receitei. Faziam duas semanas que ele dava uma desculpa diferente a cada dia para não nos vermos. Um dia era viagem. No outro trabalho. No outro apesar "não dá". Mas, nos falávamos o dia inteiro todos os dias, o que deixava tudo ainda mais confuso. Eu não sabia se ele queria distância ou queria a minha presença. E assim seguimos por semanas, até a chegada da minha viagem.

Uma entrega chega pra mim e tomo um susto por não estar esperando nada. Quando abro vejo um travesseiro de viagem e um cartão.

 Quando abro vejo um travesseiro de viagem e um cartão

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Sorrio alisando o cartão, ele me surpreendia sempre. O interfone toca pouco tempo depois e o porteiro informa que é ele querendo subir. Concordo e e corro para a porta esperando ele chegar.

Minutos se passam até que ele surge sorridente no corredor e eu o recebo com um sorriso igualmente grande.

— Você veio!

— Eu vim! É claro que eu viria. Eu senti sua falta.

— E eu a sua. - ele me abraça forte e beija meu pescoço. Seguro o rosto dele puxando para um beijo longo. — Que recepção. Acho que preciso ficar ocupado mais vezes.

Dou risada e puxo ele pra dentro.

— Seu presente chegou, muito obrigada. Amei o cartão.

— Fico feliz que você gostou e que estarei com você.

— Eu vou te encher de fotos, Antônio.

— Não espero menos.

Observo o rosto dele e vejo que as olheiras estão profundas. Ele parece mais doente ao invés de mais saudável.

— Como você está?

— Estou bem. Muito bem.

— Antônio, você não parece bem.

— Temos 4 horas para o seu voo.

— Antônio.

— Amanda, está tudo bem. Não se preocupa. Quero saber se você já deixou um espacinho na mala para trazer minhas comidas italianas.

Suspiro frustrada vendo ele desviar do assunto.

— Claro, vou trazer.

Conversamos amenidades até o horário de ir para o aeroporto se aproximar. Antônio me leva até lá e sinto ele me apertar forte antes de dizer tchau.

A CuraHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin