capítulo 12

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Liam

Corria entre as árvores em minha forma de lobo com raiva,magoado,excitado e me sentindo rejeitado,depois que sai do quarto de Alicia. Turner, meu lobo precisava sair e se acalmar,correr e caçar o ajudava a extravasar suas frustrações, depois de um tempo parei próximo a um lago que tinha onde construí a cabana que viveria com minha companheira e uivei para lua, vendo seu brilho refletir sobre a água.

Esperei tanto para encontrá-la e agora que ela está sob meu teto,eu não posso tê-la, porque ela não me aceita e sua mãe não irá me ajudar, eu entendo é sua filha, mas me doeu ouvir suas palavras, poxa ela é minha companheira de alma, não tem o que questionar sobre isso.

Quando senti seu cheiro, uma mistura de cereja com flores do campo eu fiquei louco, nunca me senti tão descontrolado em toda minha vida, eu precisava sentir seu cheiro pro resto de minha vida, eu já a amo desde que a vi pela primeira vez, e sentindo seu aroma natural, só intensificou ainda mais o que sinto. Não posso viver sem ela, e nunca vou me conformar que não sente nada por mim, porque eu senti quando a beijei e a toquei, em como ela se entregou, eu quase a amei ali mesmo com toda intensidade e desejo que sinto por ela, se não fosse sua mãe nos interromper eu teria a marcado como minha para sempre, sem volta e arrependimentos.

Amanheceu e voltei pra casa da alcatéia, já estava mais calmo e renovado com a certeza que farei de tudo para conquista- lá. Subi direto para meu quarto e quando passei por sua porta senti seu cheiro me deixando inebriado novamente, respirei fundo e segui para meu quarto, precisava manter o controle não queria assustá-la ainda mais.
Tomei um banho, coloquei uma cueca e deitei na cama para tentar descansar um pouco, já que deixei a noite toda para meu lobo fazer o que quisesse.

Por volta das uma da tarde eu me levantei, coloquei uma camisa polo preta e uma  calça jeans escura, escovei meus cabelos tentando ficar mais apresentável e bonito, para que minha companheira ao menos me olhasse  com desejo, talvez até caísse em meus braços me beijando e abraçando, dizendo que me quer e me ama. Suspirei com esse pensamento, eu seria o homem mais feliz se isso acontecesse.

Chegando na mesa de café da manhã, que pelo horário já estava servido o almoço, vi meus convidados sentados fazendo suas refeições. Senti dentre todos os cheiros dos pratos, que o cheiro dela era o melhor de todos. Olhei em sua direção e a vi me medindo com o olhar de cima a baixo um pouco corada. Sorri de leve contente e me sentei com todos na mesa.

         - Supremo, me desculpe não o esperarmos para a refeição, mas achamos que não iria descer novamente, já que não tomou o café conosco e não quis deixar minhas princesas com fome. - sorriu um pouco constrangido.
         - Não se incomode com isso, vocês são de casa, não precisam me esperar, jamais quero que meus hóspedes e amigos passem fome na minha casa.  - ergui um pouco o canto da boca como se fosse sorrir, mas a verdade é que me incomodei com o que ele disse, "minhas princesas", sei que ele disse de sua mulher e minha Alicia, mas eu não gostei, porque agora é só ela é só minha.
Droga! Mesmo sendo o pai dela, é outro homem e meu instinto luta contra isso.

Almoçamos num clima até agradável e depois o Jack disse que precisava conversar comigo, concordei sem nem mesmo olha-lo só tinha olhos para meu prato e minha bruxinha que estava toda acanhada e corada com meu olhar.

        - Supremo, eu preciso dizer que minha alcatéia e meus negócios precisam de mim. - disse Jack assim que entramos no meu escritório.
        - Jack por favor, já nos conhecemos a tempos, não precisa me chamar de supremo, somente de Liam, ainda mais agora que sua filha é minha companheira. - sentei na minha cadeira e apontei uma para ele que suspirou um pouco irritado.
        - Ok, Liam. Olha, mesmo você sendo o supremo eu não me sinto à vontade. Você com séculos de vida sendo companheiro da minha pequena que acabou de entrar na maioridade, ela ainda é uma criança! - me encarou nervoso.
        - Inpedependente disso, você não tem que achar nada, ela é minha e você não pode fazer nada! Sabe que almejei encontrar minha companheira a vida toda, você conhece minha história, acho que consegue entender como me sinto! - suspirei ficando nervoso também.
        - Sim, conheço sua história e também consigo te entender. Mas é minha filha, poxa! E pelo que percebi ela não te aceita. e eu não posso força-la e nem você. Até fico aliviado de ser você o companheiro dela, pois conheço sua índole e caráter, mas mesmo assim eu ainda não consigo engolir isso. Difícil acreditar, realmente! - se encostou na cadeira e colocou as mãos sobre a testa.
       - Não pode fazer nada pra mudar isso e você sabe disso. Agora me diz pretende então voltar para sua alcatéia? Mesmo sobre o perigo do mago Quillian ao qual ainda não sabemos por onde anda? - perguntei um pouco alterado espero que ele não pense em tirar minha bruxinha de perto de mim.
        - Eu não posso ficar aqui a vida toda, tenho minhas responsabilidades e uma alcatéia para proteger, não posso simplesmente proteger só a mim e minha família, eles também precisam de mim! Eu sou um dos alfas mais fortes além de você e tenho uma bruxa poderosa ao meu lado, aliás duas, porque Alicia é tão poderosa quanto a mãe. Podemos nos proteger como já fizemos quando fomos atacados. Partirei amanhã pela manhã! - se levantou determinado.
         - Espere! - me levantei. - Espero que não esteja pensando em levá-la junto também e tirá-la de perto de mim.
         - Ela não quer ficar aqui, e sim vou levá-la comigo se assim ela desejar. Terá que esperar ela estar pronta para você, talvez daqui a alguns anos. Já esperou séculos por ela, pode esperar mais. - assegurou sério.
         - ESPERAR MAIS ALGUNS ANOS? - falei mais alto do que queria, fechei os punhos sobre a mesa, tentando conter minha fúria diante de suas palavras. - Esperar que esteja pronta para mim, sabe que não estará tão cedo se é que estará daqui a alguns anos. Você não pode tira-la de mim agora, sabe que preciso comquista-la - falei mais baixo para não perder a cabeça, respirando fundo.
         - Não cabe a mim decidir isso, somente a ela. Minha princesa só vai fazer o que sentir, e você não irá força-la. Então amanhã partiremos e algum dia você a vê novamente. - disse se virando para abrir a porta.
         - Você esperou sua companheira estar pronta? Esperou? Que eu saiba você a marcou sem ela nem mesmo saber de nossa existência, grudou nela feito um carrapato e teve ciúmes até de seu gato. - apontei com raiva. - E eu só estou pedindo para não tirar sua filha de perto de mim, para que possa comquista-la e ter seu amor sem pressão. - terminei de falar o vendo fechar os punhos mudando a cor de seus olhos para um amarelo intenso, ficando irado com o que disse.
         - Não me interessa, é diferente, pois é minha filha. E já disse tudo que tinha pra dizer. - abriu a porta saindo, mas eu o segui.
         - VOCÊ NAO VAI LEVA-LA. EU COMO O SUPREMO NAO PERMITO! - usei minha autoridade sobre ele,mas vendo que não funcionou porque em se tratando de sua filha, o amor superava minha autoridade.
         - NÃO TEM QUE PERMITAR NADA, A AUTORIDADE SOBRE MINHA FILHA É MINHA! E SE EU DISSE QUE ELA VAI COMIGO, ELA VAI. - veio pra cima de mim, segurando a gola de minha camisa.
         - EU SOU O SUPREMO E AGORA ELA ME PERTENCE, ALFA! - meu lobo enfrentou o seu por nossa companheira, afinal ele era um macho, que iria tirá-la de nós e não gostou de sua petulância em me enfrentar.

Sem controle dei um soco no seu estômago e logo em seguida recebi outro, como estavamos na porta do escritório que dava para sala, derrubamos tudo que tinha no caminho. O joguei longe, onde o mesmo levantou rápido e veio pra cima de mim desferindo vários socos e chutes. Logo ficamos totalmente sem controle, nos transformando em nossos lobos e a luta ficou mais sangrenta.

Pela primeira vez nos enfrentamos assim, tudo por amor a nossa Bruxinha!


Companheiro livro 2: Destino Traçado Where stories live. Discover now