Capítulo 14

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No dia seguinte, meu irmão partiu sozinho pra nossa alcatéia enquanto meus pais ficarão até amanhã, e eu? Bom não sei, quero muito voltar para minha casa, mas ao mesmo tempo não quero.

Não vi o supremo até a tarde, somente senti seu cheiro pela casa, acredito que esteja chateado pela briga de ontem, e me evitando. Resolvi que iria procurá-lo, para conversarmos.
Sai pela propriedade seguindo seu cheiro. Andei um pouco mais de 10 minutos e cheguei numa clareira onde tinha um lindo lago, olhei em volta e era bem isolado.
Seu cheiro desaparecia por ali, mas eu não o via, até que a água do lago balançou em ondas e dela surgiu ele, totalmente nu. Não consegui disfarçar segui com o olhar por todo seu corpo até seu membro que estava normal, mas foi endurecendo sob meu olhar, grande, grosso e cheio de veias. Engoli em seco e mordi os lábios, me sentindo extremamente quente diante daquele corpo tonificado e musculoso à minha frente.

        - Ah...desculpe. Eu.. só... - desviei o olhar, tentando olhar para seu rosto. Merda! eu não conseguia formar uma frase e olhando em seus olhos intensos e seu sorriso de lado, senti minhas pernas amoleceram, então encostei na árvore mais próxima para não cair.

Ele saiu da água caminhando em minha direção, sem se importar de estar nu, não fez nem ao menos um gesto para se cobrir. Meu coração acelerou e fiquei com a boca seca, parou quase se encostando em mim.

         - Não fique nervosa,meu amor. Isso tudo é seu, o que veio fazer aqui? - sussurrou enrouquecido tocando seus lábios em minha orelha, me arrepiando toda.
        - Eu...eu só queria... conversar. - Droga! Gaguejei novamente,mas também porque ele tinha que estar nu e quase se encostando em mim, só queria me provocar, só pode.
        - Janta comigo hoje? Aí podemos conversar o que quiser. - sorriu olhando em meus  olhos na expectativa.
         - Ah... OK. - falei sem pensar.
         - Então te espero na sala às sete, para irmos. - se afastou me deixando sozinha.

Soltei o ar que nem sabia estar segurando, esperei uns minutos e segui de volta pra casa, nervosa porque iria jantar com ele, e nem mesmo sabia o que conversar. Mas talvez nem iremos sozinhos, talvez seja em casa mesmo.

Perto das seis da tarde fui tomar um banho, lavei meus cabelos e o sequei deixando soltos, fiz uma maquiagem leve e coloquei um vestido verde musgo, já que ultimamente estava bem calor por aqui, calcei uma sandália de salto médio, coloquei meu colar de pedra jade que tirei para tomar banho, já que o uso sempre e meu anel que tanto amo, combinavam perfeitamente com a cor do vestido.

Respirei fundo um pouco nervosa e fui para sala já era quase o horário combinado, e vi o supremo conversando com meu pai, eles estavam tão bem que nem parecia que tinham quase se matado no dia anterior.

O supremo estava tão bonito, com os cabelos soltos, uma jaqueta de couro e quando me olhou deu um leve sorriso, fazendo meu coração acelerar e eu tinha certeza que ele poderia ouvir.

O supremo estava tão bonito, com os cabelos soltos, uma jaqueta de couro e quando me olhou deu um leve sorriso, fazendo meu coração acelerar e eu tinha certeza que ele poderia ouvir

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Se levantou e estendeu a mão para mim, olhei para o meu pai e minha mãe que estavam no sofá, sem sequer dizer uma palavra mamãe sorriu e meu pai só balançou a cabeça em afimativo.

Segui com ele para fora e vi uma moto parada em frente a porta, abri a boca para dizer algo mas nada saia.

       - Bruxinha, coloque o isso. Talvez sinta um pouco de frio pelo vento, tome minha jaqueta. - disse me entregando um capacete e sua jaqueta.

Peguei tudo e coloquei animada por andar de moto, fazia muito tempo que não andava em uma, papai não deixava. Será que ele sabia que iríamos de moto? Porque se soubesse iria ficar louco.
Subi na moto quando ele me estendeu a mão e sentei um pouco acanhada. Ele puxou meus braços e me fez segurar em sua cintura, sentindo seu cheiro delicioso e sua pele quente através da camisa.

Estava tão absorta durante o caminho, só sentindo o vento bater em meu rosto, quando olhei no espelho retrovisor o vi me olhando sorrindo, sorri de volta e me aconcheguei mais perto dele, segurando ainda mais forte e deitando a cabeça em suas Costas. Ah verdade é que eu sabia que estava me entregando e não me sentia mal com isso, ao contrário me sentia bem em estar assim com ele, me sentia segura.

Chegamos numa bela cidade, onde parecia muito agitada, carros pra lá e pra cá luzes coloridas pelos prédios, típica cidade grande. Não tinha vindo aqui ainda, e estava animada querendo conhecer.
Paramos em um restaurante que parecia bem nobre, desci da moto com sua ajuda. Entramos e um jovem mais ou menos de minha idade veio nos recepcionar.

        - Boa noite, sejam bem vindos! - disse me olhando sem disfarçar. - O senhor e sua filha preferem uma mesa mas ao centro ou no canto? - sorriu ainda sem tirar os olhos de mim.
        - Eu e minha mulher preferimos uma mesa ao canto. - rosnou irritado me puxando pela cintura e apertando um pouco.
        - Ah, sim. Desculpe. Me sigam. - saiu a frente indicando uma mesa bem solitária próxima a uma janela. - Com licença o garçom já vem anotar seus pedidos. - se retirou constrangido.

Peguei o cardápio e só ouvi o supremo bufar irritado. Eu não falei nada e só escolhi um prato de risoto de camarão e salada Cesar como entrada. Quando o garçom veio anotar nossos pedidos, também me deu uma boa olhada, o que não passou despercebido por meu companheiro ciumento.

        - Droga!não deveria ter te trazido aqui, esses machos não param de olhar o que é meu! - apertou as mãos na mesa.
        -  Pare com isso supremo, é normal olharem, assim como tem mulheres te olhando agora. - olhei em volta e tinha uma mesa com duas mulheres olhando em nossa direção,e claro que não seria para mim. Confesso que fiquei um pouco enciumada, mas me consolei quando ele sentia o mesmo por mim, claro que numa intensidade diferente.
          - Não me importo, não quero saber de nenhuma outra, só você minha Bruxinha. - pegou minha mão e a beijou, sorri sem jeito e com certeza fiquei corada.

Nossos pratos chegaram, junto de um bom vinho pedido por ele. Comemos um silêncio no início e depois começamos a conversar sobre seus negócios, e sua expectativa de vida.

        - Eu tenho uma rede de hotéis e alguns bancos. Consegui juntar uma fortuna nesses séculos de vida, para dar uma boa vida a minha companheira e aos meus filhotes. - engoli em seco, um pouco nervosa por pensar em ter  em filhotes e ainda mais no processo todo para ter um, já senti um calor subir meu rosto.
         - É cedo pra pensar nisso, não?! Você nem bem tem certeza sobre sua companheira ser eu mesmo e já pensa em filhotes. - disse nervosa.
         - Como assim? Eu tenho total certeza que você é minha companheira e você também sabe disso, não adianta tentar fingir que não é real, por que é! E sim eu quero ter ao menos 4 filhotes contigo, e será um prazer tentar todos os dias para colocá-los em seu ventre. - sorriu malicioso e seus olhos tiveram um lampejo de mudança indo do verde para o preto e voltando ao normal novamente.
          - Tá eu sei. Só que ainda não aceitei que minha liberdade já era, é isso! Ou eu posso sair quando quiser e fazer o que eu quiser, sem você me questionar? - perguntei levantando uma sombrancelha.
          - Bruxinha, você pode fazer o que quiser e ir onde quiser, comigo estando junto. Não posso deixar você sozinha,nunca. Viu o que acontece? Os homens ficam loucos por você e não posso deixar nenhum te tirar de mim, preciso ficar de olho. - disse sério, como se fosse normal pensar assim.
          - Aí, supremo você é hilário. Liberdade é deixar o outro fazer o que quiser sem você ir estar junto, você precisa confiar. Sem confiança não tem relação bem sucedida.
          - Olha, chega desse papo. É só a gente ir vivendo um dia após o outro, só não posso ficar sem você, amor. E não me chame de supremo mais por favor, me chame pelo meu  nome Liam, sou seu Liam, amor ou que você quiser.

Concordei e seguimos mais tarde para um parque que tinha acabado de chegar na cidade, fui em todos os brinquedos que eu pude, junto com o Liam reclamando que já não tinha idade mais para isso.

Eu amei nossa noite, e na volta seguimos para casa felizes.Eu me sentia tão leve como a muito não sentia.

   

Companheiro livro 2: Destino Traçado Onde as histórias ganham vida. Descobre agora