Capítulo 40

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Acordei sentindo um cheiro delicioso de bacon. Tentei me esticar naquela cama macia e senti todo meu corpo dolorido, como se um trem tivesse passado por cima de mim.

Ri, ao lembrar da noite passada.

          - O que foi, meu amor? - ouvi aquela voz rouca e abri os olhos com muita preguiça.
      
Olhei na direção da voz e o vi nu, de frente para um fogão de costas para mim. Engoli em seco, observando aquelas costas largas e fortes e sua nádega redondinha e avantajada compondo longas pernas musculosas.

Ofeguei diante da visão, afinal fui pega desprevenida e nunca o tinha visto tão a vontade assim, mesmo depois de nossas intimidades, não cheguei a vê-lo em detalhes.

Ele se virou com um prato em mãos e me lançou um olhar malicioso junto de um sorrisinho convencido.

Mordi os lábios observando descaradamente seu corpo que agora estava de frente para mim e pude ver tudo em detalhes e sua protuberância já estava dura e nem ao menos balançava enquanto caminhava em minha direção.

Chegou rapidamente na cama e colocou o prato na mesinha de cabeceira e pegou em meus braços para me fazer sentar e nesse exato momento que me sentei senti uma fisgada em minha intimidade e fiz uma careta pelo incômodo.

         - Está com dor?- me encarou preocupado. - Eu peguei pesado ontem, me desculpe amor. - acariciou meu braço tentando me confortar.
         - Está tudo bem! Eu só sinto como se tivesse sido atropelada por um trem musculoso. - deu um sorriso para tentar o acalmar e encarei seu rosto que parecia incrédulo.

Logo depois ele jogou a cabeça para trás e soltou um gargalhada rouca e sexy. E eu fiquei como uma boba admirando sua risada que nunca tinha visto e era tão boa de se ouvir.

Enquanto ele ria sem parar, eu comecei a reparar em seus braços e todos os músculos de seu corpo se mexer conforme ele ria. Não entendi o que foi tão engraçado que eu disse para ele rir desse jeito, mas estava feliz de deixar meu companheiro alegre.

Involuntariamente, minha mente criou uma cena na minha cabeça.

     "Eu o imaginei com uma calça jeans justa, sem camisa, com os cabelos soltos, enquanto lançava um machado furiosamente numa madeira cortando para fazer de lenha e seu corpo todo suado com o esforço."

Senti minha intimidade dolorida pulsar diante da cena imaginada e lambi meus lábios nervosa.
Mesmo depois da noite quente que tivemos eu ainda o quero de todas as formas. É incrível!

Perdida em imaginações, demorei um pouco para perceber que ele havia parado de gargalhar e o vi me encarando com um sorriso enigmático e um olhar travesso.

Será que pensei alto? Ou ele ouviu meus pensamentos? - pensei e senti meu rosto esquentar.

       - Bom, vamos tomar nosso café. Deve estar com fome! - disse pegando o prato que tinha deixado na mesinha, colocando em meu colo e se levantou para pegar uma bandeja com café e suco e trouxe para cama.

Começamos a comer devagar, ele dividia o prato comigo e não dizia nada, parecia pensativo.

Bom, se ele ouviu meus pensamentos, não comentou nada.

Agora com mais tempo comecei a olhar em volta, já que não tive tempo ontem a noite.
A cabana era muito arrumada. A porta de entrada dava de frente para a cama e do lado direito tinha um armário, fogão e geladeira. No lado esquerdo uma tv, um sofá e um grosso tapete peludo no chão e ao lado havia a porta do banheiro.

Era tudo num ambiente só, mas era tão aconchegante que eu moraria ali pro resto da vida.

        - Você é tão doce, é tão fácil te agradar! - o ouvi dizer e olhei em sua direção e ele sorria admirado olhando todo meu rosto intensamente.
        - Por que diz isso?- perguntei confusa.
        - Porque eu vejo, que tudo mesmo o lugar mais simples, você olha em volta admirada. - deixou de lado nosso prato vazio e segurou minha mãos. - Você é encantadora, linda e doce como uma fruta suculenta, eu posso dizer porque já experimentei e quero fazer isso todos os dias. - disse baixinho com a voz rouca e me deixando com o rosto quente de vergonha com o que ele quis dizer.

Dei um gritinho de surpresa quando ele me empurrou para voltar a deitar e arrancou os lençóis que me cobria.
     
         - O efeito da lua, ainda dura mais dois dias. Então vamos aproveitar! - senti seu calor sobre meu corpo e mesmo dolorida eu não conseguia deixar de me excitar até mesmo com sua voz.

Ele me beijou apaixonadamente e foi descendo seus beijos pelo meus seios os chupando devagar, dedicou um bom tempo entre um e outro e eu só sabia soltar suspiros, pois já esgotei todos meus gritos na noite anterior.

Era o que eu achava até ele chegar na minha intimidade e a sugar com força sem piedade e gemidos alto tomaram novamente aquela cabana.

Depois de mais um orgasmo ele me pegou no colo e foi até o banheiro e me colocou devagar em uma cadeira no canto, enquanto enchia uma banheira.

         - Vou pegar as toalhas e já volto se quiser usar o banheiro enquanto isso. - piscou para mim e saiu encostando a porta.

Realmente precisa fazer esvaziar a bexiga e foi o que fiz, com muita dificuldade pois mal conseguia firmar meus pés no chão.

Droga! Ele acabou comigo. Eu mal consigo andar, enquanto ele anda normalmente numa boa.

Bufei me sentindo um pouco irritada, porque só as mulheres se davam mal nisso?

Andei devagar até a banheira para desligar e me inclinei um pouco para sentir a temperatura da água. Quando ouvi a porta se abrindo e quando tentei me levantar senti seu quadril pressionando minha bunda, já que eu estava numa posição reveladora e ele se aproveitou disso,apertando minha cintura e fazendo eu sentir sua dureza.

          - Liam... Preciso tomar um banho. - murmurei ofegante.
          - Sim, amor. Eu vou te dar um banho. - ele me puxou para cima e me colocou devagar na banheira aquecida.

Soltei um gemido com temperatura relaxante da água e ouvi um rosnado baixo.
     
          - Não faça isso. Estou tentando te dar um tempo, mas você não está colaborando, minha bruxinha. - revirei os olhos e o vi entrar na banheira e a água escorrer para fora.

Ora! Até parece que estava me dando um tempo mesmo!

Era tão engraçado esse homem enorme espremido numa banheira e ainda dividindo comigo.

Comecei a rir e o senti suspirar em minhas costas. Mas logo parei de rir, quando com um rosnado ele me puxou para encostar em seu peito e atacou meu pescoço com beijos molhados e chupões junto de suas mãos passando por todo meu corpo desesperadas  e mais uma vez eu percebi que ele realmente estava querendo me dar um "tempo".

Não sei se vou sobreviver depois desses dois dias aqui com esse homem fogoso.

Não morri quando Quillian me manteve presa, mas é capaz de morrer de tanto ser subjugada por meu companheiro quente.

             
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Companheiro livro 2: Destino Traçado Opowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz