Capitulo 13- Don't leave me alone.

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Clover

•Terça, às 3:40 p.m.•
Eu cheguei e fui direto para o banho, meus braços ainda estava doloridos e meu rosto estava me impedindo de ver alguma coisa, pois eu havia chorado o caminho todo, como um bebê e Dylan? Ele não falou uma palavra, não teve uma reação se quer. Eu estava saindo do banho, estava prestes a abrir a porta.

- Ei... É...-disse dando uma pausa.- Você está aí?- eu encostei a cabeça na porta e botei a mão onde ele bateu.- Olha, se você quiser comer alguma coisa, eu comprei sushi.- disse fazendo barulho de vômito, minha comida favorita. Eu soltei uma gargalhada e ele também.- Posso comer com você, pedi pizza para mim.
- Tudo bem, dyl, eu só vou colocar uma roupa.- eu disse abrindo a porta e ele fechou o olho rapidamente.
- Ai, meu deus, me desculpe. Eu não vi nada eu juro, eu...
- Calma, está tudo bem.- eu fui em direção do closet, me vestir. Quando eu voltei, Dylan estava sentado na cama escolhendo algo para assistirmos.
- Opa, cherry.- disse dando um sorrisinho sarcástico, odeio quando ele me chama assim e ele sabe.
- Vai se fuder.- eu mostrei o dedo para ele e ele riu. Eu sentei na cama e começamos a assistir, assim que eu terminei de comer, Dylan também tinha terminado, então eu arrumei as coisas e me deitei. Assim que eu estava pegando no sono, Dylan se levantou e pegou o lixo para  sair do quarto. Eu agarrei a mão dele- Não, não vai. Eu não quero dormir sozinha.- ele ficou ali me olhando e logo depois deu um sorriso.
- Está tudo bem, vou só jogar o lixo fora, fazer compras e volto, ok?- eu assenti, ele me deu um beijo na minha testa e saiu.

Fazia apenas 10 minutos que Dylan tinha ido ao mercado, ele me mandou uma mensagem dizendo que iria comprar chocolate para mim. Eu estava indo lá em baixo buscar água, até eu escutar um barulho na porta.

- Dylan?- eu disse correndo até a porta.- Eae, quer assistir...- meu deus.- Brand?
- Oi, linda.- eu neguei com a cabeça.

Fu.Deu.

- O que faz aqui?- dei um passo para trás e ele deu dois para frente.- Para!- gritei.
- Calma, meu amor.- disse dando o último passo até me pegar pelos braços e me tirar completamente do chão.- Você só vai pagar pelo o que fez comigo.
- Eu? O que eu fiz com você?- ele deu um sorrisinho sarcástico.
- Você não está vendo?- me soltou e apontou para o seu rosto.- Olha essa merda.
- Está tudo bem, eu posso te ajudar, se você quiser, mas por favor não me machuque, meu amor.- eu disse dando um abraço nele.
- Não!- ele me empurrou e eu bati com as costas na parede.- Sua vagabunda, eu quero você.
- Mas você me tem, vai ficar tudo bem. Vamos superar isso.- eu disse forçando um sorriso.
- Não, porra!- ele gritou, me assustando.- Eu quero transar com você.- disse vindo para cima de mim e me pegando no colo, logo depois me jogando no sofá.
- Não. Por favor.- eu disse completamente imóvel, enquanto ele tirava meu short.- Não faça isso.- eu fechei os meus olhos e apenas fiquei imóvel. Quando ele estava prestes a tirar minha calcinha, eu sinto que o peso que estava em cima de mim sumiu.
- Porra, você está maluco?- eu escuto a voz de Dylan, ele jogou Brand da mesma forma que Brand me jogou, abro os olhos assim que sinto ele tocando meu rosto.- Veste o short.- disse com o maxilar travado e seus olhos expressando raiva. Eu fiz o que ele pediu, ele virou para Brand e o levantou pela gola da blusa.- Eu já deixei bem claro que eu não quero você perto dela, porra. Ela é minha!
- Dylan, por favor.- vi que ele iria bater em Brand, mas toda vez que eu vejo algum tipo de violência eu lembro do meu pai e meu irmão.
- Você tem 10 segundos para sair daqui e se eu te ver na minha frente ou perto dela...- fez uma pausa, soltando ele e olhando no fundo dos seus olhos.- Eu te mato e eu não to brincando.- ele disse me botando para trás dele.-Vaza, porra!- gritou.

Assim que Brand saiu eu comecei a chorar e então Dylan virou e me abraçou, eu já estava sem forças de tanto chorar. Senti Dylan me pegando no colo e me levando até meu quarto. Assim que chegamos lá, ele me botou na cama e me cobriu, logo depois tirou a camisa.

- Você se incomoda se eu tirar a camisa, eu não consigo dormir com ela, mas se quiser posso tentar.- eu dei um leve sorrisinho, por ele estar tentando me fazer bem.
- Está tudo bem, Dylan, deita aqui.
- Tem certeza?-eu revirei o olho e puxei ele e me acomodei perto dele.-Ei...Está tudo bem?
- Eu vou ficar bem, não se preocupe.- ele começou a fazer carinho em minha cabeça, eu estava quase dormindo, ele se esticou para apagar a luz.- Não!- gritei.- A luz não.
- Desculpe.-ele voltou a me abraçar e me abraçou forte, eu dormi.

•Sábado, 04:00 p.m.•
Eu estava apenas deitada olhando para o teto, estava processando essa semana de merda. Até escutar uma batida na porta e logo depois, por algum motivo meu coração disparou, era Dylan, as coisas estavam estranhas entre nós depois daquele dia. E também, ele voltou a morar com seu pai, pois não queria causar problemas para nos, mas ele passava a maior parte do seu tempo aqui em casa.

- Ei, é vamos sair- ele disse entrando no quarto e eu me sentei na cama, curiosa.- Quer... vir?
- Não sei, eu tenho que estudar para as provas daqui duas semanas.
- Ah, cala essa boca sua nerd, bora, se arruma.- Stefan disse abrindo mais a porta e entrando, merdinha. Ele me pegou com facilidade e me colocou de pé no banheiro- Toma banho, você tem uma hora.
- Mas-
- Shiu, você tem uma hora.- revirei os olhos e eles saíram para eu me arrumar.

Já eram 05:30 p.m e eu estava saindo do quatro, estava com um vestido preto, que ressaltava meu corpo, uma bolsa preta e uma sandália básica, passei apenas um rímel, sempre cuidei da minha pele o suficiente para ela não ter nenhum tipo de mancha ou espinha.
- Até que enfim, ein!- ele falou sem olhar pra mim e quando eles viraram Stefan começou a aplaudir.- Uou! Você ta linda, deve ser de sangue mesmo, puxou de mim.- eu apenas revirei o olho e sai.
- Eu que vou dirigir dessa vez.- disse pegando as chaves.
- A gente vai morrer.- os dois falaram ao mesmo tempo.

Eu acelerei a mercedes, sim uma mercedes, nunca usamos muito ela, na verdade eu nunca uso ela, é sempre Stefan que está saindo por ai com ela, eu gosto mais do meu mustang, mas quando uso o nosso carro, eu perco totalmente o controle, adoro correr com esses carros, sinto falta de quando corria com Lexi, mas prometi não fazer isso novamente.

Acho que nem eu acreditei nessa promessa.
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The lady and the devil.Where stories live. Discover now