Capítulo 18 IMPOSSÍVEL

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Burns Park
Ann Arbor, Michigan
17 de Outubro
11:34hrs da manhã

---------- Rachel Leadger ----------

Já se passaram uns 30 minutos desde que saímos do meu apartamento. Ou melhor dizendo, fugimos do meu apartamento... Após presenciar que estava tudo destruído e revirado, nos deparamos com dois sujeitos armados que nos interrogaram e tentaram nos matar. De uma forma que não consigo entender e nem explicar, conseguimos escapar. Acabamos vindo parar em Burns Park depois de corrermos tanto. Entramos em uma pequena pet shop, e estamos aqui escondidas já faz 10 minutos. A vendedora começou a ficar incomodada porque desde que entramos aqui, não compramos nada, só estamos estacionadas aqui, olhando lá pra fora através da vidraça da loja.

- "Já podemos ir. Não tem mais ninguém nos perseguindo." - minha irmã está impaciente, querendo ir embora. Nem parece que acabou de passar pela mesma situação que eu... estou assustada com tudo isso. Meus últimos dias tem se resumido em tentar sobreviver a pessoas que tentam me matar. Mas preciso me acalmar... pensar direito no que vou fazer. Eu saio de perto da vidraça e vou até o balcão falar com a vendedora que me olha desconfiada.

- "Oi. Hãã... a senhora teria um telefone ou um celular no qual eu possa usar? É uma emergência."

Ela balança a cabeça negando e diz que há um telefone público na lanchonete do outro lado da rua.

- "Ótimo! Estou morrendo de fome!" - diz Hanna, concordando não só em sair daqui mas aproveitar pra comer também. Pra dizer a verdade, também estou faminta... Essa agitação me deu fome.

Antes de passarmos pela porta, Hanna me puxa pela manga do meu casaco e fala meio perplexa.

- "Hã, Rachel... por que todos os bichinhos aqui estão quietos olhando pra você? Eu, heim... que sinistro..."

Eu olho pra eles e parecem mesmo que cada um em sua repartição, está me encarando. Coelhos, hamsters, cachorros, gatos, pássaros... estranho mesmo.

Saímos da loja e atravessamos a rua. Passamos por um parque verdejante onde algumas crianças brincam sob o olhar dos pais que conversam entre si, sentados nos bancos. Chegamos a lanchonete e ao entrar nos dirigimos ao fundo dela. Nos sentamos uma de frente pra outra e eu fico olhando lá pra fora através da vidraça, com medo que apareça mais alguém a qualquer momento. A lanchonete está praticamente vazia... tem duas senhoras à duas mesas atrás da gente, conversando e rindo de alguma coisa, e um homem com um macacão, acho que um operário, tomando um café enquanto lê um jornal na mesa a nossa frente. Está de costas pra nós. Tem um outro senhorzinho sentado no banco do balcão comendo uma omelete e bebendo um café. Hanna pega um cardápio e fica escolhendo o que pedir. Enquanto isso, fico pensando em tudo o que aconteceu até agora, juntando as peças pra tentar entender o que tá acontecendo...

Os homens que estavam atrás de nós sem dúvida foram contratados pela mesma pessoa que mandou aqueles mercenários ao Instituto. Ainda querem o composto químico molecular mutável de Evelyn Dust. Sabiam onde eu morava... e sabiam que Hanna é minha irmã. Mas como? Poucas pessoas sabem disso... incluindo Edward, Mike, Melissa, Evelyn e... claro... meu pai. Será possível que ele tenha algum envolvimento nisso?...

E quem poderia estar interessado no composto químico? A PaxCorp? O DIS? O governo?

Por que Phillip Paxton estaria interessado em adquirir algo que já estava sob a tutela de uma das suas principais cientistas , e que lhe renderia bilhões, caso o projeto Revival fosse validado?... não faz sentido.

Assim como também não faz sentido o DIS estar interessado em um produto criada por sua própria fundadora e chefe. Apesar que, pelo que vi ao ser interrogado por aqueles dois investigadores, eles não fazem ideia de que foi Dust quem o criou...

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