Capítulo 2

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Giullia dantas

Acordei com um puta frio e levantei desligando o ar e abrindo tudo. Olhei o celular e vi milhares de mensagens da Lara, a maioria me xingando. 

~WhatsApp on ~

Lara: Me responde sua vagabunda 😑 [09:19] 

Lara: porra , guillia Dantas. vou fazer minha mão de metralhadora e te pipocar de soco [09:20] 

Lara: PORRAAAAAAAAA!!!

Eu: Calma, gata

Lara: Calma o cacete! Que história é essa que tu tá na casa do l7?

Eu: Me encontra na caixa d'água? Te conto tudinho lá. Pelo menos o que eu entendi.

Lara:Porra é que agora tô no trampo, mas quando eu chegar te mando mensagem e nós guia pra lá blz?

Eu: Tá bom. Até mais tarde amiga 💖 te amo

Lara:  Até mais piranha. Te amo

~WhatsApp off ~

Coloquei o celular pra carregar e calcei meus chinelos saindo do quarto. 

A casa era enorme e muito bem organizada pra um homem que morava sozinho. Na verdade eu não entendia o porquê de uma casa tão grande, não tinha porque aquilo. 

Admirei cada detalhe e desci as escadas, vendo l7 junto com uma menina na cozinha. 

Encarei os dois e parei de braços cruzados atrás da parede. L7 tava de frente pra mim e ela de costas. Ele me viu, mas não esboçou nenhuma reação. Ela não olhou pra trás nem nada, só falou alguma coisa pra ele que o fez rir e saiu. 

Andei até ele, que claro, fumava. 

L7: Por que eu? - Ele me encarou e soltou a fumaça. Ergui uma sobrancelha. -l7? 

L7: Você é bem chatinha - Comentou, mexendo nas correntes. - Agora entendi porque teu papai te trocou por drogas.

Eu: seu babaca filha da puta.

Porra! Ouvir aquilo foi como um soco no estômago. 

Sim, meu pai era um escroto drogado que batia na mulher e na filha. Custou muito pra minha mãe largar ele, mas mesmo depois disso ele não nos deixou em paz. 

Engoli o choro e sustentei o olhar. 

L7: Vou morar aqui, não vou? - Ele concordou calmo. - Ok. Te peço então o mínimo de respeito. Posso não ser nada sua, mas... 

L7: Você é minha - Disse me interrompendo. Olhei pra ele incrédula. - Minha fiel. 

Eu: Oque? - Ele bufou, impaciente. - Tá, tá - Concordei sem querer render assunto. - Quero respeito e espero que não traga mulher nenhuma pra cá - Ele riu. Fiquei séria e aos poucos ele foi parando de rir. 

L7: A casa é minha. 

Eu: Tá - Sorri. - Direitos iguais, então - Andei até a sala e sentei no sofá. Logo ele parou na minha frente. 

L7: Que porra é essa de direitos iguais? - Dei de ombros. - Me responde porra. Tá achando que eu tenho paciência com birra de mulher? 

Eu: Sei que não tem - Me afastei. - Só tô te pedindo pra não trazer mulher nenhuma aqui. Leva pra casinha, pro asfalto, sei lá. Só não vem pra cá. 

L7: Eu faço oque eu quiser - Disse de cara fechada saindo. - A casa é minha. 

Eu: Direitos iguais então - Ouvi seus passos se distanciando e a porta da frente sendo fechada. 

Fui pra cozinha e fiz algumas besteiras, voltando pra sala e aproveitando da Netflix do bandidão

Mente milionária Where stories live. Discover now