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                   ▪︎ GIULIA DANTAS ▪︎ 
Dias depois... 

Caí de bruços na cama cansada e soada sentindo alguns beijos pelas minhas costas. 

Galego: Cansada?.- Neguei sorrindo e ele deitou do meu lado me olhando. - Como foi lá? 

Eu: Chato.- Fiz bico. - Não tinha ninguém pra eu brincar. - Ele riu. 

Galego: Por isso me chamou, então? - Assenti e me virei ficando por cima dele. - Pior que fiquei com saudades. 

Eu: Para. Nem faz tanto tempo assim. 

Galego: Desde quando três semanas não é muito tempo?.- Rolei os olhos me deitando do lado dele. - Cê tava transando com o uriel mesmo? 

Eu: Sim. -Olhei ele. - Por que a surpresa? 

Galego: Por que a surpresa? - Riu. - Ele é seu irmão. 

Eu: Meio irmão.- Corrigi entediada. Eu nem sei como aquele assunto não tinha ido parar na boca do povo da favela e graças a Deus que ninguém ficou sabendo. - Não engravidei nem nada, tá tudo bem. - Dei de ombros. 

Paulo ficou me olhando por um tempo e depois sorriu me puxando pra deitar no peito dele. 

Tinha voltado a duas semanas e quando voltei, Galego estava em outro morro resolvendo algumas coisas que meu pai tinha pedido e por isso ainda não tínhamos nos encontrado. 

Minha relação com Davi não tinha mudado, mas também não estava a mesma coisa.

Meu pai não deixava nós dois ficarmos sozinhos e quando ele não tava presente um dos vapores estava e aquilo me emputecia a cada dia que passava. 

A gente mal conversava e muito menos transava. Coisa essa que eu queria fazer mais vezes e infelizmente não podia. 

Galego: Posso bater um papo maneiro contigo? - Eu tava quase dormindo, mas assim que escutei sua voz despertei e balancei a cabeça assentindo. - Você ainda ama o cara lá? 

Eu: Cara lá? 

Galego: L7. - Fiz careta fechando os olhos. Tinham dias que eu não ouvia mais o vulgo ou algo relacionado a ele e sinceramente eu não sabia a resposta para aquela pergunta. Amor tava sendo um sentimento que eu não queria sentir tão cedo e o culpado por isso era ele. - Se não quiser responder tá de boa. 

Eu: Não. 

Galego: Não pra pergunta ou não quero responder agora? 

Eu: Não pra pergunta - Ele assentiu e senti seu corpo relaxar no colchão. Seu coração tinha as batidas descompassadas e eu sabia que ele tava nervoso com o que queria falar. - Por que me perguntou isso? 

Paulo levantou e vestiu a cueca se sentando na cama de costas pra mim. Passei minhas unhas por suas costas e em seguida as abracei beijando o pescoço dele e passando as mãos pelo peitoral. 

Eu: Paulo? 

Galego: Eu gosto de você - Sua voz saiu rouca em um sussurro, mas consegui ouvir. - Não é um gostar normal. Gosto de você pra caralho! 

Eu: Paulo... 

Galego: Não, escuta... - Ele me puxou me colocando sentada no seu colo e agarrou minha cintura. - Sei que gosta da vida que tá tendo agora... festas, zoação, sexo sem compromisso e os caralho a quatro e sei que você não trocaria isso por nada, mas eu tinha que te perguntar e dizer o que eu tava sentindo.- Galego abaixou a cabeça e suspirou soltando todo o ar, em seguida olhou nos meus olhos. - Fica comigo? Tipo, tu quer ser minha mulher? Tudo bem se não quiser eu só... -Sorri e o puxei pra um beijo. 

Enquanto ele falava, eu refletia sobre o rumo que minha vida tinha tomado. Sem L7 nela os problemas fúteis que eu tinha, sumiram.

As preocupações com coisas idiotas tinham ido embora e as paranóias sobre com quem ele estava também. 

Já tinha me divertido o bastante e feito tudo que tinha vontade e pra falar a verdade já tava na hora de eu parar – pelo menos um pouco. 

Eu: Eu quero - Respondi assim que paramos com o beijo. - Quero ser sua mulher. 

Galego: Giulia, tu tem certeza? Isso é sério e eu não... 

Eu: Você é muito chato, Paulo - Empurrei a cabeça dele que riu e o empurrei na cama. - Já falei que aceito. Para de repetir a mesma pergunta a cada resposta que eu dou. 

Galego: Não quero te forçar a nada. 

Eu: Você não tá me forçando a nada - Apoiei minhas mãos no peito dele e encaixei minha intimidade com a dele. - Agora sou só sua. 

Ele sorriu me beijando. Coração deu uma pequena acelerada, mas nada das borboletas no estômago. 

Não tava querendo enganar o Paulo nem nada. Eu realmente gostava dele e queria formar uma família – não que aquela ideia nunca tivesse passado pela minha cabeça, porque sim, ela tinha passado e eu tava feliz, feliz demais. 

                                ▪︎▪︎▪︎

Gente, peço perdão pela demora pra postar os capítulos, passei por uma semana difícil e não consegui dividir o meu tempo.

Queria também falar pra vocês que estou escrevendo uma nova história, se quiserem, podem dar uma  olhadinha no meu perfil e espero que gostem!!! 🙃💖

História: fruto da libertinagem

Mente milionária Where stories live. Discover now