Capítulo 4

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L7

Depois de descarregar meu pente na cara do sujeito, me afastei indo lavar minhas mãos.

Cheio de x9 na porra do meu morro e mais um morto. Não aturo essas parada, papo reto.

Tava cheio de coisa na mente e já acendi um balão pra me acalmar.

Sai da casinha de tortura e fui pra boca principal, vendo meus mano na sala.

L7: Qual foi?

RD: Giullia Dantas - Disse emburrado.

Tava ligado que ele e a mina se pegava, mas tava na hora dele dividir a carne com os irmão. E quando o pai dela ofereceu ela em troca de droga, eu não pensei duas vezes em aceitar.

Terror: O bagulho que eu falei nã...

L7: Quem? - Me fiz de sonso mesmo, fds. Ele respirou fundo e se ajeitou na cadeira. Terror ficou encarando nós dois sem entender, mas ficou quieto.

RD: Tu sabe muito bem de quem eu tô falando - Apaguei o balão, olhando ele.

Tinha vezes que ele gostava de crescer pro meu lado, mas na maioria das vezes era quando eu implicava com a irmã dele e eu ficava mais suave. Mas quando é com coisa atoa, a vontade de matar ele é grande. Porra, mas é foda! O cara é meu sub, braço direito mesmo. Me ajudou quando geral meteu o pé.

RD: Um monte de puta no morro e tu foi logo em cima dela?

Terror: Qual foi? Cês tão falando de quê?

L7: Tava na hora de tu dividir a peça - Ri.

RD: Tu sabe que eu tô ficando com ela e manda uma dessa pra cima de mim, lennon?

L7: Falou certo - Sorri. - Tava ficando - Repeti,vendo ele fechar a cara.

Terror: Caralho! - Gritou.- Qual foi da de vocês? Para de me ignorar, porra!

RD: Cala a boca - Terror revirou os olhos. - Você não merece ela.

L7: E quem merece quem nesse mundo, parceiro? - Me ajeitei na cadeira. Um vapor entrou na sala e falou uma parada no meu ouvido, saindo em seguida. - Eu não quero tu perto dela.

Terror: Porra tão brigando por causa de quem? - Nós encarou ele serin, que já parou de falar. - Tanta buceta nesse morro, puta que pariu.

RD: Isso quem tem que decidir é ela - Laventei já puto e sai dali. Mais um minuto e eu matava ele ali mermo.

Montei na moto e fui pra casa. Já tinha escurecido e a favela tava tranquila. Morador na porta de casa pegando um ar, conversando. As câmera 24h do morro ligada e as cria no pique com o futebol.

Estacionei a moto dentro da garagem e entrei em casa, pegando uma garrafa de whisky, acendendo outro baseado e sentando na escada.

A casa tava vazia e sem barulho nenhum, com certeza a safada não tava em casa.

Fiquei um bom tempo sentado ali e logo escutei o barulho da porta. Ela parou e olhou em volta, logo andou até a escada e parou ao me ver.

L7: Onde tu tava? - Acendi a luz.

Dantas: Na caixa d'água - Olhei ela e apaguei o baseado.

L7: Quem te levou lá?

Dantas: Ricardo - Passei a língua nos dentes, me levantando e andei parando na frente dela. - Não fizemos nada, eu juro.

L7: Eu também dizia isso - Ri. Ela se afastou. - E a velha que me criou, dizia que quem jurava mentia e adivinha o que ela fazia... - Ela negou, deixando algumas lágrimas derramarem. - Ela me batia.

Minha mão até queimou com o tapa, mas minha raiva tava elevada. Ela gritava, pedindo pra parar e eu só lembrava de coisa ruim.

Parei quando ela não gritava mais e olhei assustado pra minhas mãos. Tava cheio de sangue e ela desacordada no chão.

Passei a mão no rosto e cocei a cabeça sem saber o que fazer.

L7: Porra, lennon. Oque tu fez cara?

Peguei ela no colo e levei pro carro, coloquei no banco de trás e fui pro postinho, gritando pra atenderem minha mulher

Mente milionária Where stories live. Discover now