Capítulo 17

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Giullia Dantas

Larissa entrou no quarto dizendo que ia buscar alguma coisa pra comer e eu só assenti terminando de me maquiar.

Desci uma meia hora depois, desejando os pão de alho que eu tinha posto no forno mais cedo. Quando cheguei na cozinha vi uma morena comendo meus pães e eu já saí metendo a mão no cabelo dela.

- Tá maluca?

Eu: Maluca tá você! - Gritei.
Tirei o resto do pão que tinha dentro da boca dela e joguei na pia. Peguei a bandeija da mão dela e fui pra cozinha sendo seguida por ela. - Quem é tu? Parece maluca, comendo comida da casa dos outros, ninguém te ofereceu nada, abusada!

- RD falou que era pra eu ficar a vontade - Disse sorrindo.

Eu: Tá, mas você fica a vontade na sua casa, aqui não - Ela me olhou com nojo e eu comecei a comer os pães, suspirando gemendo pra provocar mesmo. - Delícia!

-Pô, divide aí colega. Tá aguando!

Eu: Problema é seu. Quem é tu pra falar pra eu dividir?

- Deus dividiu o pão, é sua obrigação dividir também.

Eu: Tem creme cracker na prateleira e quisuco na geladeira.

- Não, obrigada!

Eu: Muito bem, nega que sobra mais - A porta foi aberta e Lara e RD entraram.- Qual dos dois tá comendo a esfomeada que comeu meus pão?

- Ô garota.- chamou. - Eu ainda tô aqui tá e você tá me ofendendo.

Eu: Voz dela é toda estranha,tá engasgada com alguma coisa, flor?

Lara: Essas duas não vão se separar mais - Falou rindo. Ela sentou do meu lado e me deu um hambúrguer.

Eu: Deus me livre!.- Nos olhamos. Ela tentou pegar meu pão, mas bati na mão dela.

- Você nem tá comendo cara!

Eu: Foda-se! Mas depois que acabar aqui eu vou comer - Ela fez cara feia e foi pro lado do Ricardo. - Povo sem classe.

Lara: Valeu, fina - Sorri pra ela de boca cheia que riu. Acabamos de comer, nos limpamos e entramos no carro, indo pro baile. - Tua memória é uma bosta, puta que pariu, já falei que ela é a irmã do Marcola, porra!

Eu: Impossível - Falei olhando pra trás e virei de novo. - Ela é muito bonita pra ser irmã dele - Virei pra trás de novo. - Só tem nós quatro aqui e se isso sair daqui foi o RD, então pode falar. Ele é adotado né?

Raissa: Pior que não - Riu.

RD: Já viraram amigas?

Eu/Raissa: Se manca!

Lara: Vocês são foda!

RD: Foi assim que começou a amizade de vocês duas pô - Falou apontando pra mim e pra Lara.

Eu: Nada a ver.

Lara: Pô, papo reto - Falou rindo. - Lembra dela tentando correr com a bala na mão?

Eu: Ah! - Ri me lembrando. A mãe da lara tinha uma lojinha aqui no morro e na época eu era uma menina meio rebelde que fazia o que dava na telha e naquele dia eu tava com uma puta vontade de comer bala de tamarindo. Fui na lojinha como quem não queria nada e pedi um copo de água. Quando a mãe dela virou, eu peguei uma bala e saí correndo, mas lara parou na minha frente e tirou a bala da minha mão. Nós rolou ali mesmo e tenho a marca da mordida no pé até hoje, assim como ela tem uma na panturrilha. Depois daquele dia nós não se separou mais. - Tenho a marca até hoje!

Lara: E tu acha que eu não? - Riu. Ela estacionou o carro e descemos indo em direção ao camarote. Marcola olhou pra nós na hora e já fechou o carão. - Marcola parece que é doente.

Eu: A outra, ala, os dois já sumiram e eu nem vi - Falei olhando pra trás. Subimos e pegamos bebidas. - Vai cuidar de mim, irmã?

Lara: Cada um com seus problemas - Falou rindo encarando alguém na pista. Rolei os olhos e virei uma dose de tequila.

Eu: Jesus - sussurrei, olhando pro céu com a garrafa no peito. - Eu entrego minha vida nas suas mãos, porque se deixar na minha eu vou fazer merda.
Larissa escutou e riu, me puxando pra dançar

Mente milionária Where stories live. Discover now