Capítulo 50

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                         ▪︎LENNON ▪︎ 

Assim que um dos caras falou que ela tava subindo eu não acreditei. Papo do coração sair pela garganta, não tava nem me entendendo. 

Passei a mão pela cabeça várias vezes tentando raciocinar e ver o que eu ia fazer.

Fiquei horas nessa e decidi ir pra casa, sabia que ela ia pegar as parada dela e era provável que aquela seria a última vez que eu a veria. 

Deixei RD no comando de tudo e parti pra casa. Parei um pouco antes vendo ela parada no portão. Sempre que ela ameaçava dar mais um passo parava e olhava pros lados nervosa.

Giulia abaixou a cabeça e ficou daquele jeito por uns minutos até passar pela porta de uma vez. 

Esperei um pouco e resolvi deixar a moto ali mesmo. Cumprimentei os segurança e entrei. Poucos minutos ali dentro e o cheiro dela já tava por toda parte. 

Subi as escadas e encontrei ela no nosso antigo quarto jogando todas as roupas dentro de uma mala grande. Ela chorava baixinho e eu entrei de uma vez vendo ela balançar a cabeça me mandando sair. 

Eu: Nós tem que conversar, giulia. 

Giulia: Eu não tenho nada que conversar com você - Soltei o ar e me aproximei dela sentando na cama. Fiquei olhando ela ir de um lado pro outro segurando a vontade de fazer ela parar. - Para de me olhar assim e sai daqui. 

Eu: Eu tô na minha casa. 

Giulia: Verdade - Falou sorrindo falso fechando a mala. - Eu saio... - Levantei no pulo e segurei seu braço. - Me solta. Não tô querendo ter que fazer a mesma coisa que você fez comigo. 

Eu: Eu já falei que tava drogado e te pedi desculpas. Até quando vai ficar jogando isso na minha cara? 

Giulia: Suas desculpas não vão mudar nada - Soltei seu braço. Giulia sentou na poltrona perto da porta e eu voltei pra cama. - O fato de você ter me traído também não muda minha vontade de me afastar de você. 

Eu: Se afastar de mim? Por que você quer se afastar de mim? 

Giulia: Porra! Não tá obvio? 

Eu: Não, não tá obvio. Quero você olhando nos meus olhos dizendo que não quer mais nada comigo e que não me ama. 

Giulia: Eu tenho que ir embora - Antes dela sair, puxei seu braço e tranquei a porta, colocando a chave no meu bolso. - Destranca a porra dessa porta!  

Eu: Giulia Dantas fala olhando pra mim, vai! - Ela fez uma careta segurando o choro e me olhou tentando falar. Cheguei mais perto e ela abaixou a cabeça resmungando. - Olhando pra mim! 

Giulia: Para! Para, Lennon. Não da, não consigo. 

Eu: Não consegue porque sabe que a gente tem que ficar junto - Negou. - Temos que ficar junto sim giulia. Pelo amor de Deus, garota. Eu te amo - Ela me olhou impassiva.  

Giulia: Você fala isso pra todas na hora da despedida? - Riu. Continuei sério e ela desfez o sorriso. - Eu não sinto o mesmo. 

Eu: Então fala olhando pra mim caralho! - Gritei. Ela se afastou de mim e eu respirei fundo. - Se tu diz não sentir o mesmo, vai ser fácil essas parada sair da tua boca. 

Giulia: Não da - Falou sem me olhar. - Você não entende. 

Eu: Então explica - Bufei. - Porra qual é o problema? Fala caralho! 

Giulia: lennon, o problema é que te amar dói - Fiquei olhando ela sem reação, mas aquilo tinha doído. De novo ela começou a chorar, mesmo fazendo força pras lágrimas não descerem. - Me machuca e me quebra aos poucos, e eu não tô aguentando mais.-Ela olhava pro chão e eu encarava o nada.

Tava no puro ódio, com vontade de socar a cara de alguém e quebrar a porra toda.  Amo ela pra caralho e se o melhor for deixar ela ir, vou deixar. 

Eu: Então eu te faço mal? - Ela não respondeu e eu fui até  ela parando em sua frente. - Não faz eu repetir meu erro, Giulia. Me responde. 

Giulia: Por que faz perguntas que você já tem a resposta?   

Soltei o ar e olhei ela.  Eu era um puta de um otário. Um cuzão mesmo. Fui babaca e o pior de tudo é que só me liguei no erro depois que perdi ela. 

Eu: Então sai daqui - Peguei sua mala e desci com ela atrás de mim. Paramos na porta e eu entreguei suas coisas, vendo ela sair sem olhar pra trás. - Se você voltar aqui eu te mato! 

Giulia: O que? - Perguntou em grito se virando. - E como eu vou ver as meninas, Lennon? Você não tem esse direito! 

Eu: Passei a ter depois que virei dono desse morro - Ela abriu a boca pra falar, mas fiz sinal pros caras tirarem ela dali. - Passar bem! 

Fechei a porta e me joguei no sofá acendendo outro baseado. Cabeça foi longe, mas como sempre, meu sossego não durou muito. 

Brenda: O que aquelazinha tava fazendo aqui, l7? 

Eu: Se fosse pra você saber tinha te chamado pra conversa - Levantei vendo sua cara de bosta e fui pra cozinha. - O que você quer?  

Brenda: Vim ver se você precisava de alguma coisa. 

Eu: Preciso que tu suma da minha frente antes que eu te quebre na porra da porrada - Sorri na direção dela e peguei a garrafa de Whisky dentro do armário.  

Ela saiu sem falar nada e eu agradeci. Peguei os saquinhos de cocaína dentro do bolso e despejei na bancada, cheirando quase tudo. 

Tava ligando pra nada e muito menos pra ninguém. 

Eu não tinha nada a perder mesmo

Mente milionária Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang