Capítulo 47

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                  ▪︎ Giulia Dantas ▪︎ 
Dias depois...

Sextou pra uns e sexta pra outros. 

Acabei de chegar da auto escola e tô mais que cansada. Dor de cabeça, náuseas, resfriado e de quebra cólica. 

Abri a porta de casa e dei de cara com minha mãe correndo atrás da Cacau, que ria toda boba. 

Ela me viu e gritou correndo na minha direção. 

Eu: Coisa gostosa da tia - Falei dando um cheiro nela que beijou meu nariz. - Tá cheirosa! 

Cacau: Titia, Tetê me deu banho - Sorri dando mais beijos nela. - Você viu meu papai, mamãe? 

Eu: Ele saiu e te deixou aqui sozinha, foi?.- Ela assentiu rindo e pus ela no chão, que correu pro colo do Barão que estava na sala. - Paulo deixou ela aqui por que? 

Ester: Missão - Beijei sua bochecha pegando água. - Como foi a auto escola? E como tá aquele seu amigo bonitão? 

Eu: Foi produtiva... e mãe, para de ficar perguntando do Fabrício que a senhora tá muito bem comprometida - Ela riu dando de ombros e eu sentei na cadeira. 

Ester: Ela ainda tá te chamando de mãe - Falou sorrindo e eu balancei a cabeça. 

Eu: Pois é - Suspirei. - Galego ensinou e ela não levou na brincadeira. 

Ester: Ela ainda é pequena, se cortar de agora, já já ela para.-Assenti e levantei, indo tomar um banho. 

Meu quarto tava todo bagunçado e eu não tava no clima pra arrumar nada. Tirei minhas roupas e entrei debaixo da água quente relaxando meu corpo.Quase um mês aqui e já me sinto em casa. 

Os dias passaram numa pressa que eu nem entendi. 

Catarina é filha do Galego. Três anos de idade, a coisa mais gostosa do mundo. Paulo criou ela sozinha, porque a mãe morreu no parto.

Falar pra vocês que esse homem é de ouro, sério mesmo. Ele é sub do morro, cuida de várias outras coisas e ainda tem tempo pra cuidar de uma criança. 

Fiquei de boca aberta quando minha mãe contou tudo. É, ele é sozinho com ela. 

A história dele não é muito diferente de uma mãe solteira, mas é que é bem difícil você ver um pai tão dedicado assim. 

Cacau passa todas as noites aqui e sempre que chego em casa, minha mãe ou o Barão tão correndo atrás dela. 

Uns dias atrás Galego ficou brincando que eu era mãe dela e Cacau não parou de me chamar de mãe até hoje. Tento cortar sempre que ela repete, mas ela é bem pequena e fica rindo da minha cara... Eu boba do jeito que sou me derrete né, fazer o que? 

Saí do banho e coloquei um vestidinho solto, aproveitei para secando meu cabelo com a toalha e passando um perfume.  Tava na vontade de comer um açaí e ia aproveitar pra ficar um pouco com a cacau. 

Cacau: Fome mamãe - Falou assim que cheguei na sala entendendo os braços pra mim. 

Ester: Eu te dei comida agora pouco, Catarina. Para de show! 

Cacau: Mentilosa! Dindo falou que mentir é feo! Feosa! - Deu língua e eu ri. - Cadê Dindin? 

Eu: Daqui a pouco ele aparece, gatinha - Peguei ela no colo e deixei o celular em cima da mesinha. - Se um dos meninos aparecerem aqui eu tô na praça, mãe! 

Ester: Tá bom! Se você ver seu pai, diz pra ele vir pra casa - Assenti fechando a porta. 

Cacau: Mamãe, cadê papai? - Fez bico, colocando a cabeça entre meu pescoço e ombro. - Tô moendo de saudade! 

Mente milionária Where stories live. Discover now