Capítulo 11

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Marcola: O pai da patroa apareceu aí patrão - Comentou entrando na sala. - Queria pó. Tava com a grana pra pagar, mas como tu falou que não era pra vender eu não vendi.

Eu: Quando isso?

Marcola: Ontem. Antes do baile - Assenti. Tava querendo render papo com ninguém.

RD: Marcola! - Gritou. - Tem uma mina querendo falar contigo aqui!

Ele foi pra varanda e olhou. Depois fez cara feia e desceu voado pra lá. Acendi meu baseado e sai dali, trancando a sala e sentando do lado do RD.

Marcola: Falei pra tu não vir aqui, desgraça!

- É. Mas você é um imbecil que não me escuta. Falei pra você deixar dinheiro pra eu ir no mercado e você não deixou.

Marcola: Porra, Raissa! Me ligava, mandava mensagem. Não tinha necessidade de tu vir aqui - Falou abrindo a carteira. - Cheio de homem aqui, cara. Mete o pé.

RD: Vai apresentar a amiga não, Marcola? - O cara já olhou com os olhos todo arregalado e os cara já começaram a zoar. - Quer carona pro mercado, colega?

Marcola: Ela tem duas pernas - Disse empurrando ela. - Vai se foder, RD.

- Não vai me levar lá?

Marcola: Tá querendo demais - RD levantou e Marcola já saiu puxando ela dali. - Cuzão!

RD: O cara é um comédia - Riu.

Eu: Quem é?

RD: Irmã mais nova dele - Assenti. - Qual foi? - Neguei. - A noite foi boa, pô. Tá assim por que?

Eu: Só não tô querendo papo, mano. Deixa eu quieto aqui - Ele levantou as mãos e saiu chamando os cara pra trabalhar.

Fiquei olhando o pessoal que subia ou descia, marolando mermo. Tava com aquelas parada de pressentimento ruim, tá ligado?Porra! Era foda ficar com essas coisa.

Quando o morro tá muito calmo é aí que tu tem que se preocupar, desconfiar das coisas, das pessoas e ficar duas vezes mais atento.

Ser dono de morro tem seus prós e contras. A parada é frenética, fi.

Tu fica cheio das mulher no teu pé, dinheiro pra gastar com oque quiser, drogas, armas, o caralho a quatro. Mas pra conseguir tudo isso tem que ter culhão e isso é coisa que poucos têm.

Tu perde tua liberdade e deixa todos que ama na mesma situação. Já aconteceu muita coisa comigo. Muitos foram e os únicos que eu não matei foram o RD e o Terror. Os cara tava presente no meu melhor e pior momento e eu digo que boto o meu na reta por eles.

Resolvi outros assuntos com os moleque e fui pra casa do Terror. A coroa dele fazia um rango de lamber os beiço e eu gostava dela pra cacete. Minha coroa emprestada.

Celeste: Demorou - Disse assim que abri a porta com um sorriso no rosto e uma panela na mão. - Sumiu. Achei que não vinha mais me ver. Esqueceu que tem mãe, foi?

Eu: Foi mal tia - Sentei na mesa e só senti a mão dela no meu pescoço. Ri passando a mão ali. Ela não gostava de ser chamada de tia por ninguém.

Celeste: É mãe, lennon. Mãe - Repetiu. - Parece que vocês gosta de testar a minha paciência. Paciência essa que eu nem tenho!

Eu: Foi mal coroa - Ela colocou um prato na minha mão e saiu pra cozinha. - Tava ocupado com algumas coisas.

Celeste: Cadê seu irmão?

Eu: Deve tá comendo alguma put... mina por aí - Eu e Terror foi criado junto e sempre que eu venho aqui ela pergunta onde ele tá e vice-versa. Mandei mensagem pra ele, que logo respondeu dizendo que tava indo. - Ele disse que já vem.

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