Capítulo 49

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                   ▪︎ GUILIA DANTAS ▪︎ 

Domingo, gatas! Dia de ficar aquieta em casa e se encher de comida. 

Isso se você for uma pessoa desocupada, que claro não é o meu caso. 

Já tinha tirado um tempo pra arrumar meu quarto e lavei o pouco de roupa que eu tinha. O mal da história é que eu necessitava de ir na Maré pegar minhas coisas, que óbvio a maioria ficou na casa do embuste. 

Eu não tava muito a fim de pôr os pés lá de novo e dar de cara com o L7. Eu tava doida mesmo era pra ver as meninas e saber o sexo do bebê da Flávia. 

Barão: Ter filha menina foi a pior coisa que eu fiz na minha vida - Resmungou pela terceira vez hoje. 

Eu: Não sei porquê o senhor tá reclamando tanto, eu que tô vestida com o short. 

Barão: É por isso que eu tô reclamando! 

Ester: Heitor gosta de fazer graça, filha. Liga não - Barão olhou feio pra minha mãe e começou a resmungar de novo. 

Barão: Ester, olha o tamanho do short dessa garota - Apontou e eu ignorei ele e fui lavar meus pratos. - Tô querendo ser chato não, Giulia, mas olha o tanto de homem que tem nesse morro. Esses filhos da puta fica tudo de olho em você! 

Eu: Que bom, né?!- Ele fechou o semblante cruzando os braços. Ri secando minhas mãos e abaixei o short. - Relaxa pai. Já sou bem grandinha e o senhor já deixou bem claro que não quer nenhum deles perto de mim... que foi? - Perguntei após olhar pra ele que sorria todo bobo. - Que cara é essa gente? 

Barão: Tu me chamou de pai - Fiz careta e ele veio até mim me abraçando. Beijou minha cabeça e achei até ter visto uma lágrima no olho dele. 

Eu: Maluco demais o senhor - Fiz graça. - Falei Barão, Barão! 

Barão: Nem adianta, gatinha - Sorriu me soltando. - Já gostei e tô no aguarde pra escutar mais vezes. 

Balancei a cabeça e deixei eles dois ali sozinhos.Calcei meus chinelos e fui pra fora vendo Uriel fumando na calçada. 

Eu: Pode me levar lá agora? - Perguntei sentando ao seu lado. 

Uriel: Cara por que tu não compra roupa nova? Mulher não gosta de fazer compra? O pai tem dinheiro pô, só tu fazer charme que ele abre a carteira. 

Eu: Não sou esse tipo de pessoa, gato - Ele riu debochando. - Não tem porque eu ficar gastando meu dinheiro atoa sendo que tenho roupas novinhas me esperando pra busca-las. 

Uriel: O problema é que eu não me dou com o pessoal daquele morro e o pessoal daquele morro não se da com o pessoal daqui... e eu sou daqui entendeu? 

Eu: Você conhece alguém de lá além de mim? - Negou. - Vai se foder, então. Fala pra caralho e não sabe de nada até parece que não tem gente daqui que tem parente lá. 

Uriel: Já não sei de nada - Peguei o baseado da mão dele e traguei soltando a fumaça na cara dele. - Se eu te levar, vou ganhar o que? 

Eu: o que você quiser.- passei a mão no seu peitoral e ele achou graça. - Bora logo, seu chato. 

Uriel: O que eu não faço pela minha irmãzinha né? 

Entrei com ele atrás de mim e fui trocar de short. Beijei a bochecha do Barão e da minha mãe saindo dali e entrando no carro. 

Uriel: Nunca transei nesse carro - Falou do nada dando partida. Desviei meus olhos do celular e encarei ele. 

Eu: se quiser a gente testar

Mente milionária Where stories live. Discover now