Capítulo 84

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                     ▪︎ BARÃO ▪︎ 

Giulia: Renan não é nome de viado, pai. Da pra parar com essa implicância besta? É com o nome do seu neto que você tá fazendo desfeita. 

Barão: Não, não, não. Não tô fazendo desfeita de nada e não tô com implicância nenhuma - Levantei indo até onde ela estava sentada. - Só perguntei, pô. Por que não escolheu um nome menos... gay? 

Giulia: Olha pra cara da sua filha e diz se ela tá com o semblante de quem vai continuar essa conversa - Ela me encarou de cara fechada e eu fiz careta voltando a comer enquanto ela voltava a olhar pra TV. 

Barão: Iago é um nome bonito - Giulia me encarou mais puta ainda e eu virei ficando quieto. 

Ela assistia um programa sobre construção de casas e eu almoçava encarando a mesma. Estávamos sozinhos em casa já que Ester foi ao mercado e Uriel saiu pra passear com Cacau. 

Fiquei semanas tentando resolver as coisas com aquele babaca de Paraisópolis, mas infelizmente tentar resolver tudo só me trouxe mais dor de cabeça. 

- Rato tá aqui na contenção pedindo passagem, Barão! - Alertaram pelo radinho. Giulia me olhou com o cenho franzido e eu encarei o aparelho em cima da mesa. - Ele disse que quer bater um papo contigo e que é do teu interesse... tá ele e mais dois caras... libera, mete bala ou manda embora na boa? 

Giulia: Nem pense em dizer, mete bala - Me cortou assim que fui responder. - É o pai do meu filho e provavelmente dois amigos meus lá embaixo. 

Barão: Libera e manda pra principal - Avisei. Larguei a parada ali e levantei indo lavar o prato. Assim que terminei, peguei minha arma e o radinho, mas parei assim que Giulia me chamou. - O que? 

Giulia: Não faça nada que vá se arrepender depois - Fiz careta e fui até ela deixando um beijo na testa. - Eu e o Renan te amamos, pai. 

Barão: Também amo vocês - Ela sorriu e eu saí batendo a porta. 

Peguei as chaves do carro no bolso e o abri entrando e dando partida em seguida. Cheguei na principal em menos de quinze minutos e entrei, vendo L7, Terror e Titu rodeado por algum dos meus homens. 

Barão: Não precisa apontar isso pra ele - Falei me referindo ao Titu. Apertei a mão do mesmo e olhei pros outros dois. - E aí, Ratazana? Veio pra apanhar mais? - Ele riu negando. 

L7: Da pra ser só nós dois ou... 

Barão: Fala logo que eu não tenho seu tempo - Ele encarou Titu que balançou a cabeça de leve e voltou a olhar pra mim. 

L7: Soube que tá com problemas com um dos caras de Paraisópolis e vim aqui dizer que pode contar com a minha ajuda - Falou simples. - Se precisar de armamento, homens ou qualquer outra coisa, pode falar comigo que vou fornecer tudo. 

Mandei os caras abaixarem as armas e fiz sinal pra que eles se afastassem. Eu estava de frente pra entrada e vi Uriel entrando com outros dois vapores.

Assim que chegou até nós, ele franziu o cenho, mas fechou a cara assim que viu L7. 

Barão: Como é? 

Titu: Barão, nós veio aqui na humildade pra dizer que assim como o Ret, L7 também vai ajudar com o que tu precisar - Começou me olhando. - Não viemos na maldade, e mesmo se fosse, nós não ia passar pela tua contenção e pedir pra tu liberar nossa passagem. 

Uriel: Por que tá querendo ajudar agora? 

L7: Tô tentando me redimir... tô tentando mudar por mim e pelo meu filho e nenhum esforço que tô fazendo por agora vai adiantar se vocês não me ajudarem com isso. 

Barão: Quem me garante que se depois dessa tal ajuda, você não vai voltar a fazer o que fazia pra me prejudicar? 

L7: Ninguém vai te garantir nada, Barão... no momento você tem só a minha palavra de que depois disso tudo eu não vou fazer nada. 

Fiquei encarando ele sério como todos que estavam ali. 

Ret era dono de Manguinhos, e já tava satisfeito por saber que ele ia me ajudar com essa parada. Nunca me passou pela cabeça que L7 ia ter peito pra voltar no meu morro ou até mesmo voltar pra dizer que queria me ajudar. 

Barão: Vou aceitar tua ajuda sim - Ele assentiu. - Não vou ser um moleque orgulhoso. Preciso de toda a ajuda possível, porque não sei quando aquele velho vai querer vir pra cima de mim. 

L7: Só acionar - Falou por fim estendendo a mão. Apertei e me afastei vendo eles saindo dali. 

Uriel: Tá de brincadeira? - Encarei ele. 

Barão: Não vou ser um moleque orgulhoso - Repeti me esquivando dele e entrando na minha sala

Mente milionária Donde viven las historias. Descúbrelo ahora