Mente milionária

Capítulo 42

            ▪︎GIULIA DANTAS▪︎

FB: Quer que eu vá lá bater nele? - Ri negando. Tirei a mão dele do meu rosto e voltei pro meu trabalho. - Por que continuou com um cara que te tratou tão mal?

Eu: De primeira, porque fui obrigada e a outra, porque sempre achei que as pessoas merecessem segunda chance.

FB: O cara te bateu Giulia- Negou. Estranhei já que era a primeira vez que ele me chamava pelo nome. - E quem faz uma vez, faz sempre.

Ele saiu todo boladinho pros fundos e eu continuei ali.

Já se passaram uns dois dias e em todos L7 tentou falar comigo, mas eu não escutei. Ricardo e Larissa estão no meu pé e eles nem são os únicos.

Titu falou que é pra eu dar uma dura nele pra ele aprender e Flávia chegou a me ameaçar com uma faca de pão dizendo que se eu voltasse com ele arrancava meus óvulos.

Olha as amigas boas que arrumei. Coração tava doido e confesso que estava morrendo de saudades daquele estúpido.

Não perdoei ele não, pelo contrário... tô muito puta, mas meu coração é igual puta que só gosta do que não presta.

Celso chamou nós pra uma reunião que não demorou a acabar e eu fui pro shopping almoçar sozinha.

Comi no Outback e fui bem plena pagar com meu presentinho de aniversário. Saí dali de bucho cheio e ainda comprei um milk shake no Bob's.

Fui me saindo do shopping e fui andando mesmo pra loja. Lembrei de ir me inscrever em uma auto escola e fui na que tinha ali perto do trabalho.

Era meio caro a mensalidade, mas ia valer a pena. Tava doida pra ter um Civic preto na garagem da minha casa.

Sorri boba pensando em como eu ia ficar gata dirigindo aquele carrão e trombei com um carinha.

Ele era um moreno gostoso, todo tatuado, com aquela carinha de bandido que a mãe aqui gosta.

Eu já tinha visto ele em algum canto, mas nem lembrava de onde.

- Eai Giulia? Lembra de mim? - O sorriso dele era grande, mas se desfez depois que ele encarou meu rosto. - Quem te bateu?

Eu: E eu te conheço? - Ele começou a passar a mão no rosto e eu fiquei bebendo meu milk shake admirando a beleza do moreno.

- Diz pra mim que tu arrumou essa marca numa briga com mulher, Giulia- Fiquei quieta e ele bufou coçando a nuca. Ele destravou um Range Rover preto que tava do nosso lado e me empurrou pra dentro dele.

Eu: Ou! Que isso? Tá maluco? Eu nem te conheço - Ele sorriu travando as portas e eu já olhei meio assim. - Você vai me estrupar? Porra novinho, você é tão gostoso, era só mandar o papo, nada a ver me levar a força.

- Te levar a força? Tá doida? - Ele riu. - Relaxa, sou do bem. Não vou te fazer mal algum... mas teu pai vai querer saber quem deixou essa marca no teu rosto e vai metralhar.

Eu: Meu pai? - Ri. - Você conhece o Rael?

- Rael? - Riu negando. - Rael é seu tio - Fiz careta e ele riu de novo. - Quando nós chegar na Penha você vai entender melhor... Meu nome é Davi, mas a galera me chama de Uriel.- Apertei a mão dele que entrou no morro parando em frente a um casarão.

Eu: Que porra tá acontecendo? - Bufei. - Uriel, eu tenho que ir trabalhar, cara. Se eu não voltar, meu chefe me manda embora.

Uriel: Jogo rápido, - Ele saiu e eu fui atrás entrando na casa. - Chega aqui.

A casa era toda bonita, parecia até casa de famoso. Tinha umas foto de criança, mas eu nem olhei muito.

Sou míope e se eu forçar a vista pra enxergar alguma coisa, fico puta comigo mesma. Então nem tento.

Uriel: Herdeira tá na área, patrão! - Gritou. Não demorou muito e um homem musculoso desceu as escadas todo afobado.

Assim que ele me viu, correu na minha direção e me abraçou. Me senti confortável ali e meu coração deu uma pequena acelerada.

Eu: E você é...?

- Barão - Voz grossa de arrepiar os cabelo do cu. Assenti me lembrando desse nome, l7 tinha falado que era ele quem vivia invadindo o morro. - Sou teu pai.

Eu: Isso aqui é pegadinha do malandro? Não tô te entendendo, moço... Meu pai se chama Rael - Repeti aquilo, mas foi mais pra mim mesma. Eu não tinha digerido a idéia de que meu pai não era o meu pai de verdade.

- Ele tá falando a verdade - Sorri falsa olhando pra figura na metade da escada. Minha respiração falhou, perdi a força nas pernas e só não caí porque Uriel me segurou. - Barão é seu pai