𝕮𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 7

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• Lisa •

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• Lisa •

"Hacker, você é meu herói"

Eu achava que meu dia poderia acabar bem, sem briga ou confusão. Poderia dizer que essa foi a melhor noite que já tive, nunca sai sem meu pai e minhas irmãs. Alguém que eu mal conheço me tratou melhor do que minha própria família.

Apesar de eu não me senti a vontade em um lugar tão chique, cercada de pessoas elegantes, fora da minha realidade, eu consegui me soltar quando Hacker deixou eu fazer perguntas sobre ele, consegui me distrair e esquecer do meu nervosismo. Devo admitir que essa foi a conversa mais longa que eu já tive com um homem.

Não sei se eu estava nervosa por estar em um lugar tão diferente, por causa da presença intimidante de Hacker, ou pelas pessoas estarem olhando para nós. Talvez seja um pouco de cada, um combo de vergonhas. A noite realmente poderia ser boa. Teria sido se meu pai não desse mais um dos seus chiliques.

- Você voltou tarde. - Meu pai disse, assim que entrei pela porta. As luzes de casa estavam apagadas.

- Achei que tinha saído. - Acendi as luzes.

Eu estava prestes a subir para meu quarto, Carlos estava na sala e então veio na minha direção. Seus olhos voaram no meu vestido vermelho, sua expressão que estava suavizada foi substituída por irá.

- O que é isso? - Ele me olhou de cima a baixo, seus olhos ficaram assustadores. - Onde você pegou essa roupa?

- Essa é a única roupa mais bonita que eu tinha. - Expliquei.

- Você está igual a ela. - Ela balançou a cabeça incrédulo. - Tire isso agora! - Ela gritou simplesmente, jogou o copo de uísque que estava em sua mão contra a parede, quase me acertando. Eu dei um pulo de susto.

- Pai... - Falei com assustada.

- Tire esse vestido garota!

Ele veio para cima de mim, não sei como, nem onde ele tirou tanta força para rasgar o vestido do meu corpo. Eu paralisei.

- Você roubou esse vestido, era para ele ter sido queimado com o resto das coisas da sua mãe. - Ele me jogou no chão com as costas nuas e começou tirar seu sinto.

Eu sabia que essa sim seria a maior surra que eu já levei em toda minha vida. Dessa vez eu trouxe lembranças que deveriam ser esquecidas, eu fiz meu pai se lembrar da minha mãe. Eu lembrava ela. Eu era a cópia dela. E isso deixou Carlos irritado, muito, muito irritado.

- Não se atreva a encostar nela. - Essa voz era família. Me atrevi a olhar para a pessoa. Hacker estava logo trás de mim encarando meu pai com fúria.

- Não me diga o que fazer, ela é minha filha. - Carlos levantou a voz.

- Ela não é mais sua, ela é minha agora. Ouse tocar nela e eu serei obrigado a quebrar os ossos do seu braço.

Hacker não expressava nenhum sentimento em seu rosto, era neutro. Mas ele esbanjava autoridade em seu tom de voz.

- Ela ainda continua sendo minha filha, ela continua morando de baixo do meu teto. Então eu decido como corrigi-la. - Meu pai parece que não fazia ideia de quem Hacker era, ou ele não ousaria falar desse jeito.

- Eu mando mando nessa cidade, eu sou o Capo do Reino Unido. - Hacker se aproximou com cautela até ficar cara a cara com meu pai, ele olhou dentro dos olhos dele. - Você só está morando nessa casa porque eu permiti, então acho melhor o cachorro abaixar as orelhinhas, posso acabar com nosso acordo em um piscar de olhos e ainda deixo você sem essa porra de casa.

O rosto de Carlos se misturou em confusão, provavelmente ele também não fazia ideia de que Hacker era o capo da Máfia aqui no Reino Unido.

- Eu não fazia ideia... - Meu pai disse quase mucho.

- Não fazia ideia de que alguém tão novo governasse uma máfia tão importante e poderosa. É... Carlos. As aparências enganam. Não ache que a minha tolerância é minha fraqueza, eu acabo com você em segundos usando minhas próprias mãos.

- Me desculpe Sr. Hacker. - Meu pai baixou seu olhar. Nunca vi ele ser submisso a alguém.

- Não é a mim que você deve desculpas. Peça desculpas a Lisa. - Eles me olharam encolhida no chão.

- Me perdoe filha, não deveria ter agido dessa forma. - Ele recusou a olhar em meus olhos, era humilhação de mais para o orgulho dele.

- Levante-se Lisa. - Hacker mandou.

Eu lancei um olhar para ele, nessa história a única que estava se sentindo humilhada, era eu. Mas eu fiz o que ele mandou. Me levantei assim como todas as vezes.

Tentei segurar meu vestido abraçando-me, para não ficar nua ali na frente deles. Meu pai rasgou o vestido, a única lembrança que eu tinha de alguém que não pude conhecer.

Hacker veio na minha direção e passou por trás de mim, sua mão gelada tocou minhas costas feridas. Eu me arrepiei com seu toque, pelo constrangimento, pelo que pode acontece comigo assim que Hacker sair por aquela maldita porta. Não me atrevi olhar o homem a minha frente.

- Da próxima vez que pensar em bater em uma pessoa que é incapaz de se defender, seu covarde de merda, bata em alguém do seu tamanho. Toque nela novamente e terá um problema comigo.

Meu pai assentiu sem dizer absolutamente nada, assim que Hacker passou pela porta, não pensei duas vezes em correr para meu quarto. Tirei o vestido de mim, e coloquei meu pijama, eu estava esperando meu pai por aquela porta, mas não aconteceu, ele não apareceu, ele não trancou a porta como ele costuma fazer. Acredito que o recado de Hacker tenha valido alguma coisa.


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