𝕮𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖐𝖔 29

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• Lisa •

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• Lisa •

"Seus olhos não mentem baby, você me quer eu sei disso"

Já tem uma semana que não faço nada nessa casa por causa da minha mão, estou imobilizada. Uma semana que não consigo tocar piano, não como direito, não cozinha, não ajudo nas tarefas da casa. Pareço um bebê incapaz de fazer algo sem ajuda de alguém que esteja por perto. Em uma semana de merda tive que aprender a me vestir, fazer minhas necessidades, escrever, comer com apenas a minha mão esquerda, pelo menos agora consigo usar as duas mãos sem nenhum problema. Para minha sorte vou tirar os pontos hoje.

Hacker e eu ficamos um bom tempo sem se falar direito depois daquela pequena discussão que tivemos. O raiva que eu senti dele não cabia dentro de mim, mas então vimos que nenhum dos dois pediria desculpas, porque somos orgulhosos de mais, porém reconhecemos que erramos. É impossíveis conviver na mesma casa que Hacker e ignorar ele para sempre.

Demorou uns três dias para eu voltar a correr com ele às manhãs, exercício físico me ajudou a desestressar um pouco, deve ser por isso que ele corre com frequência, está sempre irritado ou com a cabeça quente.

Estou no meu quarto entretida lendo o livro cinquenta tons de cinza. E eu até agora estou morrendo de vergonha alheia. Sério, ele disse "eu não faço amor, eu fodo com força"? Que frase de merda é essa? Quem consegue ler ou ouvir isso e ficar exitada? Caramba que vergonha!

Ouço barulho de alguém batendo na porta.

- Posso entrar? - Hacker pergunta.

- Entra. - Confirmo. Ele abre a porta até encontrar meu olhar. - Vim tirar seus pontos. - Diz, eu abro um sorriso na hora.

- Finalmente. - Dou um pulo da cama. - Não estava mais aguentando ficar inválida. - Nós dois caminhamos para o banheiro. Ele coloca a maleta do kit em um canto.

- Você vai ter que sentar. - Ele olha para mim, olho para ele depois para minha mão com os pontos.

- Não consigo. - Mostro-a para ele. Hacker me olha com tédio, eu entendo seu olhar, ele quer me colocar em cima da pia.

Reviro os olhos e levanto os braços para que ele possa me erguer. Sua mão vai até a minha cintura e me levanta com facilidade me colocando em cima da enorme pia do meu banheiro. E estranhamente eu gostei. Por que caralhos eu gostei disso?

- Você tem vestido de festa? - Ele me pergunta enquanto mexe na minha mão.

- Que pergunta aleatória. - Franzo a testa.

- Tem ou não? - Ele diz curto.

- Vou te responder quando você me perguntar educadamente, sem essa sua arrogância desnecessária. - Ergo uma sobrancelha.

- Eu gostava mais de você quando falava menos. - Ele diz.

- Eu gostava mais de você quando não tinha que ver essa sua cara de peixe morto todos os dias.

- Segunda vez que me chama assim, qual é a sua com peixes?

- Não gosto muito de frutos do mar, sabe como é? Sou alérgica. - Dei um sorriso falso.

 𝓥𝓮𝓷𝓭𝓲𝓭𝓪 𝓐𝓸 𝓒𝓪𝓹𝓸     ✞༒𝖁𝖎𝖓𝖓𝖎𝖊 𝖍𝖆𝖈𝖐𝖊𝖗༒✞Onde histórias criam vida. Descubra agora