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• Lisa •
"A única frase que você ouvirá sair de meus lábios é: NÃO PARA"
Acordo com o sol queimando meu rosto, esqueci de fechar a cortina ontem a noite. Por que será, né? O lençol branco cobre meu corpo nu, forço para minha visão voltar ao normal. Olha para o lado da cama e não o vejo deitado ali. Está vazio.
Sento na cama e esfrego os olhos. Olho para o chão vendo minha roupa jogada ali. Levanto e vou até lá, catando-a do chão. Não estou planejando sair hoje, então coloco um shorts de pijama, que aparece mais a minha bunda que qualquer outra coisa e uma regata, que é o conjunto.
Escovo meus dentes, e lavo o rosto, desfazendo aquela cara de acabada que eu estava. Faço um coque no cabelo. E voilá, uma nova mulher.
Vou para a sacada ver a bela vista que sou presenteada. Fico ali pensando no dia de ontem. Foi tão bom. Estou nas nuvens. Apesar da ardência no meio das pernas e na bunda, valeu muito a pena. Muito apena.
Cinco minutos depois ouço alguém abrir a porta do meu quarto e adentrar no mesmo. Olho para trás e vejo Hacker vestido todo de preto. Aí é golpe baixo. Ele segura uma sacola na mão. Sorrio, ele sorri de volta.
Ele vai até a escrivaninha fazer alguma coisa que não consigo ver, pois ele está de costas. Volta a observar a paisagem, enquanto uma brisa fresca bate em meu rosto, fazendo alguns fios de cabelo sair do coque.
- Toma isso aqui. - Hacker aparece do meu lado segurando uma garrafa de água e um remédio pequeno, que eu imagino ser uma pílula do dia seguinte.
- Eu já estava pensando em comprar. - Digo, depois pego a pílula e a garrafa.
- Essa responsabilidade é minha. Quem fez sem camisinha foi eu.
Céus, acho que a vida finalmente está me presenteando com algo bom. Eu não poderia ter pedido homem melhor.
Tomo o remédio junto com a água.
- Obrigada. - Agradeço e dou um sorriso gentil.
- Desculpe ter saído sem avisar. Eu acordei cedo e depois passei em uma farmácia. - Ele se explica.
- Tudo bem.
- Como está? - Ele pega a garrafa de água da minha mão e tampa ela, deixando-a em um cantinho da sacada.
- Um pouco dolorida... mas estou bem.
- Me desculpe. - Ele parece culpado.
- Não se desculpe... - Vou até ele e faço um carinho do seu cabelo, depois no seu rosto. - Eu amei, foi muito bom. - Sorrio fazendo seu semblante mudar totalmente. Ele me abraça pela cintura e me traz mas para perto dele.
- Eu teria feito isso a muito tempo, só bastava você dizer sim.
- Eu estava confusa, não sabia se seus sentimentos eram reais ou não. Não quero me fazer de vitima, mas eu nunca tive o amor de um homem, nem mesmo do meu pai.
- Eu sei. Não estou reclamando, princesa. Sempre tive paciência. E... Carlos é um filho da puta, esquece ele. - Hacker me da um selinho demorado.
- Ah... não sei. Acho que vou precisar mais disso para poder esquecer. - Dou um sorriso fraco depois mordo os lábios.
