Primeiro Cliente

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– Oi! – levantei a cabeça e me deparei com um cara que era totalmente o oposto do que eu já tinha visto no pouco tempo em que estava naquele lugar. Era jovem, bonito. Olhos castanhos claro, lábios bem desenhados e cabelo bem arrumado em um topete, de uma tonalidade clara. Ele estava sorrindo e sendo simpático.

– O-O que você quer? – perguntei com medo.

– Nada, eu só estou dizendo oi! – riu. – Qual é o seu nome?

– Claire, e o seu? – tentei me soltar um pouco, vendo que Erick me olhava de longe, o que me fazia lembrar que aquele era meu atual "trabalho". Além do mais, o cara parecia ser legal.

– Justin Bieber. Mas muitos me chamam de Bieber, ou Drew... E quantos anos você tem? – seu hálito com frescor de menta e álcool adentrou minhas narinas, fazendo-me ficar tonta.

– Tenho dezessete – sorri envergonhada. "Tão nova e já trabalhando nisso", ele iria pensar.

– Vi você toda desengonçada ali no palco – ele disse rindo, tentando puxar assunto.

– Pois é, sou nova do ramo... – tentei rir de meu desastre.

– Percebi. Nunca vi você por aqui antes. Posso te pagar uma bebida?

– Ahn... A-Acho que sim – sorri tímida.

Justin pediu dois martinis e o papo fluía naturalmente entre nós, um papo agradável. Estava até quase me esquecendo de onde estava e o que havia acontecido esta noite. O tempo passava, ele me oferecia mais bebidas e eu aceitava. Quando dei por mim, nossos lábios estavam colados. Um beijo quente e meio selvagem, ao mesmo tempo em que era meio doce, se é que era possível. Enquanto nos beijávamos eu me esqueci por completo de onde estávamos. Paramos o beijo quando o ar começou a nos faltar.

– Vamos para um lugar mais privado? – ele perguntou, alisando meu braço com o dedo indicador.

– Vamos – sorri.

Eu não estava com medo, quero dizer, não até o momento em que pensei no que viria a seguir. Senti meu estômago se contorcer de nervosismo, eu não estava preparada para isso, por mais que estivesse me sentindo bem e confortável ao lado de Justin.

Chegamos a um quarto vago, que ele disse ser o melhor da casa. Assim que entramos, rapidamente voltamos a nos beijar. Justin foi me puxando aos poucos para a cama e deitou-se sobre a mesma, deixando-me ficar por cima dele. Sentia suas mãos acariciando minhas costas e ele começaria a desamarrar meu top minúsculo, mas fui mais rápida e me levantei, trêmula.

– O que foi? – ele arqueou uma das sobrancelhas, me fitando.

– É-É que eu não estou preparada, desculpe. Pode sair e falar com Erick, obviamente você vai fazer isso. Eu nunca fiz isso e não vai ser agora que eu vou fazer, ainda mais com um desconhecido. Pode ir reclamar com ele – eu falava tão rápido que embolava as palavras. Fui em direção à porta para abri-la para Justin e então ele falou.

– Espera! Você tá com medo, é isso? Por quê?

– Eu não estou com medo! – respondi rápido, a voz trêmula. – Tá, eu estou sim, um pouco. Eu fui forçada a vir pra cá, não quero entrar em detalhes, até porque você não se importa. É só mais um entre aqueles caras que vem até que se divertir com o corpo dessas mulheres.

Ele tornou a arquear as sobrancelhas.

– Calma! Esse papinho aí... CARALHO, VOCÊ É VIRGEM!?

– Sim, eu sou. E por isso não posso fazer isso agora, não nessa circunstância, me desculpe. Agora já pode ir escolher alguém mais experiente – falei, o encarando séria, totalmente certa de que seria aquilo que ele faria.

Criminal MindsWhere stories live. Discover now