The boy is mine

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Justin não queria mais que Rachel sequer pisasse aqui, ele realmente estava com muito ódio dela, mas os meninos insistiram que precisavam dela para terminar os serviços que eles estavam planejando. E como eles ainda estavam sem um galpão novo e seguro para planejar os últimos detalhes, estavam todos hospedados aqui. Tinha certeza que Rachel não faria nada contra mim, estava tranquila depois de toda a verdade despejada, até porque Justin estava perto de mim sempre que podia. Ele já havia deixado avisado que não queria nem que ela passasse perto de mim.

Acordei no meio da noite com a garganta seca. Olhei no relógio ao lado e ainda eram três da manhã. Levantei-me para ir à cozinha pegar um copo d'água, mas quando abri a porta do quarto, me deparei com Rachel também saindo de um dos quartos de hóspedes. Eu tenho um azar que puta que pariu.

- O que faz acordada? Crianças devem estar dormindo a esta hora – ela disse para me provocar, aproveitando-se de que eu estava sozinha, mas eu não ia ceder para ela tão fácil.

- É que eu fiquei com sede depois de uma longa noite com Justin, na cama quentinha ao lado dele. E você, está confortável no quarto de hóspedes? – respondi alfinetando e ela me olhou surpresa com minha resposta e rosnou. – Tá rosnando, cachorra? Que dó.

- Não me provoca, garota!

- Você não pode fazer nada, Rachel, se tocar em mim, Justin mata você! Só está aqui por causa dos meninos, ele não quer nem olhar na sua cara e eu não estou te provocando, só estou conversando – sorri cínica. – Agora se me der licença, eu gostaria de ir até a cozinha e beber um pouco de água, essa noite me cansou, sabe? – eu tinha que cutucá-la, agora que ela não podia fazer nada comigo, eu estava livre para falar o que quiser sem medo do que ela poderia fazer comigo.

Fui em direção à escada e percebi que Rachel estava me seguindo. Isso me fez estremecer, engoli a seco e apertei os passos. Ela começou a correr e então eu corri também. Cheguei na escada e parei antes que eu pudesse cair, mas antes que eu pudesse recuperar o fôlego, Rachel me empurrou. Caí e desci rolando a escada, incapaz de me segurar em algum dos corrimões. Caí de cara no chão do primeiro andar. Todo o meu corpo doía e eu me sentia sem forças, incapaz de levantar. Rachel desceu as escadas e parou na minha frente.

- Piveta, você caiu! – ela disse, tentando conter a risada para não acordar ninguém da casa. – É isso o que acontece quando você tenta mexer comigo, então tenta tomar cuidado da próxima vez.

- Sua vagabunda, você me paga – rosnei com dor e raiva.

Ela colocou o pé sobre minhas costas e forçou para baixo, pisando em mim e me deixando com ainda mais dor e dificuldade para respirar.

- Isso é só o troco! Por causa de você, Justin encostou a mão em mim, me bateu! Mas saiba que eu não vou desistir de Justin. Esse homem é meu! – disse enquanto continuava a pisar em mim com força, eu mal conseguia responder suas palavras, eu só gemia de tanta dor. Ela parou de pisar em mim e me deu as costas, indo até a cozinha. Fechei os olhos e minha respiração estava voltando ao normal, mesmo com toda a dor no corpo, eu deixei a raiva me levar e com muita dificuldade, levantei e fui atrás dela.

- Não. Ele é meu! – disse quando cheguei na cozinha, olhando-a com toda a raiva existente dentro de mim. Ela me olhou surpresa, sem acreditar que eu havia conseguido me levantar.

- Como é que é? Repete se tiver coragem, projeto de vadia – ela me desafiou ao terminar de beber sua água. Andando e ignorando as dores presentes em meu corpo, me aproximei dela e segurei em seu braço, apertando com força.

- Ele. É. Meu – repeti pausadamente, quase rosnando, com raiva transparecendo em minha voz. – Agora além de vadia é surda também?

Pegando-me de surpresa, Rachel quebrou em minha cabeça o copo que estava em suas mãos. Fiquei tonta por alguns segundos, mas lutei para voltar ao normal rapidamente.

Criminal MindsWhere stories live. Discover now