Não vou mentir dizendo que te amo também

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Claire's POV

Desde que eu confessei, sem querer, para Justin que o amo e depois de praticamente ter-lhe suplicado para que me deixasse ir embora, eu não o vi mais. Depois de minha conversa com Pattie, ela voltou e me acomodou em outro quarto enquanto ela mandava arrumar o meu. Além de ter destruído o quarto, Justin ainda rasgou umas duas ou três peças de roupa que estavam em cima de minha cama. Eu pouco liguei, tudo foi comprado com o dinheiro dele.

Pattie trouxe meu jantar no quarto, pois imaginou que eu não teria vontade de descer para comer no andar de baixo, e pudemos conversar um pouco. Contei-lhe minha história e ela ficou horrorizada por meu pai ter me dado como pagamento de uma aposta.

Já era quase noite do dia seguinte. Tinha ido até meu quarto pegar uma muda de roupa e quando voltei para o quarto de hóspedes em que eu estava, havia um vestido em cima da cama. O peguei e o ergui em minha frente. Era lindo, mas por que e pra que ele estava ali? Respondendo minha pergunta, Justin entrou no quarto.

– É do seu gosto? – ele perguntou. Me virei para ele.

– Foi você? – ele assentiu. – Então pode levar de volta! – joguei o vestido em cima dele. – Não quero nada vindo de você – ele respirou fundo e colocou o vestido em cima da cama outra vez.

– Quero você pronta em meia hora, será que consegue?

– Pra quê? Não vou a lugar nenhum com você! – ele passou a mão no cabelo e respirou fundo. Pelo visto estava tentando controlar a impaciência.

– Me encontre em meia hora na sala – ele saiu e fechou a porta. Bufei. Eu odeio quando ele faz isso!

Como eu não tinha opção, fui pro banho e me aprontei. O vestido era realmente lindo. Fiz uma maquiagem simples e deixei meu cabelo solto naturalmente, estava pronta em meia hora, como ele havia ordenado. Desci até a sala de estar e ele estava lá, me esperando. O vi engolir de uma vez só uma dose de whisky enquanto descia as escadas. Com o barulho do salto batendo nos degraus anunciando minha chegada, ele se virou pra mim e me encarou enquanto eu descia.

– Estou pronta.

– Você tá linda...

– Pra onde vai me levar? – perguntei, o cortando e ignorando seu elogio.

– Você vai ver – ele ia passar o braço por minha cintura para me conduzir e eu me afastei, saindo na frente. Seu carro esperava no jardim. Ele abriu a porta para que eu entrasse e depois de eu ter me acomodado, tomou seu lugar no volante. Aquilo estava me incomodando, ele não era assim normalmente.

Ficamos em silêncio durante todo o caminho. Eu olhava pela janela as ruas passarem por nós como um borrão, ele corria com o carro a mais de 100 km/hr. A curiosidade me corroía, eu queria saber para onde ele estava me levando e o que faria comigo. Ele parou o carro em frente a uma marina, mais ou menos trinta ou quarenta minutos depois de termos saído de casa. Quando desligou o motor e saiu, eu saí também.

– Por que estamos aqui?

– Você já vai ver, vamos – ele estendeu a mão para mim.

– Posso andar sozinha – eu disse com rispidez. Ele balançou a cabeça e começou a andar pelo píer, comigo logo atrás, o seguindo. Paramos em frente a uma lancha e ele me ajudou a subir. – Você alugou uma lancha? – perguntei, surpresa. Ele assentiu, dando de ombros, e me guiou para dentro. Aquilo estava começando a me assustar. Não prestei atenção no caminho, apenas o seguia. Deparei-me com um salão todo iluminado a luz de velas, com uma mesa posta para dois, havia também pétalas de rosas espalhadas pelo lugar. Justin puxou uma cadeira para que eu me sentasse. – Viemos jantar aqui? – perguntei, me sentando, ainda admirando o lugar.

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