Criminal Minds

Confusão

Depois de fazer o curativo em meu ombro fui tomar um banho, precisava disso para tentar relaxar um pouco depois daquela confusão toda. Claire devia estar descansando, então não fui incomodá-la. Os últimos dias foram difíceis pra ela, como se não bastasse tomar um tiro ainda passou por toda aquela situação. Mas como eu já disse, essa é minha vida, se ela quer ficar comigo vai ter que aprender a conviver com isso.

Passei o resto do dia planejando alguns detalhes sobre um serviço com os caras, não podíamos parar tudo por causa do pequeno incidente. Eles insistiam em envolver Rachel nos planos, eu me recusava porque sabia que isso ia dar problema com Claire, mas no fim das contas tive que ceder. Eles tinham argumentavam que Rachel poderia ser útil, pois ela era inteligente e boa com negociações por ter boa lábia, o que era verdade. Eu não tive saída a não ser ceder.

- Bom, se vocês quiserem passar a noite aqui de novo, por mim tá de boa. Vou ali falar uma parada com a Maria rapidinho – falei, me levantando.

- Falar o quê? – perguntei Chaz, curioso.

- Nada demais.

- Se não é nada demais então conta pra gente! – Chris insistiu.

- Vai, Drew, conta! – Ryan reforçou. Bando de mariquinhas fofoqueiras da porra.

- Ah... É só...

- FALA LOGO, CARALHO – disseram os três em coro.

- Café da manhã pra Claire – soltei tudo de uma vez em tom baixo.

- O QUÊ? Fala mais alto que eu não ouvi bem – Chaz debochou.

- CAFÉ DA MANHÃ PRA CLAIRE, PORRA! SATISFEITOS? – eles caíram na gargalhada.

- Isso é porque ele não tá apaixonado, né?

- "Ah, eu só gosto dela, gosto de estar com ela, nunca mais vou me apaixonar por ninguém" – debochou o viadinho do Ryan, tentando me imitar. – Aqui no teu cu, Justin – ele mostrou o dedo do meio e os três começaram a zombar de mim fazendo piadinhas ridículas.

- Na boa, vão se foder que eu tenho mais o que fazer. Vejo vocês depois.

Fui falar com Maria e ela rapidamente se prontificou em fazer o que pedi e depois fui até o quarto de Claire ver como ela estava. Ela dormia serenamente. Seu braço estava ralado pela queda quando saltamos do carro, mas minha mãe já havia cuidado do ferimento. Sentei na beira da cama, acariciei levemente seu rosto e ela se mexeu um pouco, depois abriu os olhos vagarosamente.

- Justin?

- Desculpa, não queria te acordar.

- Tá tudo bem – ela disse com voz rouca ainda de sono.

- Só vim ver como você está. Tá sentindo dor ou algo assim?

- Não, estou bem.

- Mesmo? – ela assentiu. – Quer alguma coisa?

- Que você deite aqui comigo – Claire sorriu e eu revirei os olhos soltando uma risada fraca. Me despi, ficando apenas de cueca, e deitei ao lado dela, a abraçando. Claire se agarrou a mim e rapidamente adormeceu novamente.

No dia seguinte acordei um pouco mais cedo. Levantei com movimentos leves e lentos para não acordar Claire, fui até meu quarto e fiz minha higiene matinal, troquei de roupa e fui até a cozinha. Maria já estava com tudo pronto, aquela velha era bastante eficiente. Segundo minha mãe, as flores chegariam em pouco tempo. Pedi até para que trouxessem as flores favoritas dela, não sei o que deu em mim, mas acho que não vai matar eu ser pelo menos um pouquinho romântico com a Claire, depois do que ela passou por minha causa, não custa nada.